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terça-feira, 30 de julho de 2013

Missão Maratona (M_M) - 3º Treino 30 Km

Mais um Domingo, mais um treino em "profundidade"!

Nota-se mais tensão no ar, semblantes mais determinados, passadas mais concentradas.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Carlos Sá: uma pessoal normal que corre muito, mesmo muito!


 
Nascido na Freguesia de Vilar do Monte no concelho de Barcelos, Carlos Sá iniciou a sua prática desportiva aos 12 anos, na modalidade de atletismo. Iniciou-se no Núcleo Desportivo da Silva, clube que chegou a ocupar o pódio dos campeonatos Nacionais de atletismo. Correu como federado da região de Braga e participou em diversos campeonatos de pista e corta-mato.

domingo, 21 de julho de 2013

#7 - Breaking Barriers e flatulência!


Várias consideração poderiam ser feitas em relação ao treino de hoje, mas fico-me por estas:

sábado, 20 de julho de 2013

PÁRA! Pubalgia

Inicio de Pubalgia diagnosticada.

Quem me conhecesse à 20 anos é que iria pensar que eu teria uma lesão por excesso de corrida?

E que o mais chato da lesão era ter que ficar parado a descansar?


Nova avaliação daqui a uma semana.

Todos os objectivos do 2º semestre postos em causa. Primeiro tenho que a curar.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Foi-se o Squash!


E pronto. Está feito o torneio 2013 de Squash da CGD. Tal como na edição de 2012 - a primeira em que participei - fiquei em 12º lugar, uma posição bastante respeitável, na minha opinião, e que penso representar bem o meu valor dentro do torneio que este ano contou com 20 jogadores classificados.
Em termos gerais melhorei. Fiz 41 pontos face aos 40 pontos de 2012, tive mais uma vitória, mas, acima de tudo, melhorei face aos mesmos adversários. Analisando apenas os resultados contra os 14 jogadores que participaram nestas duas edições, em 2012 fiz 25 pontos e agora fiz 30. No entanto apenas consegui inverter duas derrotas e transformá-las em vitória...
Agora é tempo de arrumar a raquete. Não será no fundo do baú, pois conto voltar a jogar, mas não será uma prioridade. Outros valores desportivos se levantam. Começo nos próximos dias os meus treinos na piscina e tenho depressa de retomar o ritmo na corrida, pois há a célebre maratona daqui por três meses.
E sim... já me inscrevi na Maratona de Lisboa...
Como já referi, trabalho melhor se tiver um objetivo definido na minha cabeça. E neste momento andava sem objetivos desportivos. E andava meio-relaxado, coisa que não pode ser. Por isso, tratei de inscrever-me já na distância máxima e não se fala mais nisso. Agora é puxar pelo físico!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

10 kms de Vila Nova de Santo André

O Ocaso de Zé&Mi?

(diálogo entre duas metades de um ser imperfeito*)


*Para entenderem este texto tenho que fazer uma introdução ao meu petit nom. Nasci José Emílio, típico português, o primeiro nome de herança hebraico-cristã e o segundo de tradição romana (momento Canal História). No dia do meu nascimento o meu avô paterno “batizou-me” logo de Zémi, street name que usei até ao final do ciclo, 11 anos. Portanto, e pese embora hoje em dia quase ninguém me chame assim, Zémi sou eu! 

Depois de ultrapassar o exército de Sobreiros e Azinheiras que se encontra acantonado na Serra de Grândola, a zona de Santo André e Melides recebe o visitante com um forte abraço verde do pinhal que o envolve e desemboca nas suas múltiplas lagoas, separadas de praias infinitas por dunas de vegetação autóctone coroadas. É um dos últimos locais em Portugal onde se consegue fazer praia num ambiente praticamente intocado pelo homem.

Mas não se pense que a paisagem humana parou no tempo. As vilas e aldeias não são meia-dúzia de casebres caiados povoadas por alguns sexagenários semiabandonados, como noutras zonas do país. O dinamismo ao redor da “terra da fraternidade” trata bem do “povo que mais ordena”. O progresso também chegou a este local, quer nos bens e serviços oferecidos pelo comércio local, mas também nas zonas de apoio balnear que se encontram perfeitamente enquadrados na paisagem. Utilizando materiais…

Mi: “Oh… oh… oh… Zé pára lá com isso! Eu sei que és um lírico, mas isto não é o canal Odisseia nem estamos no momento National Geographic. Queres fazer documentários? vai para a RTP2! (ias)”

Zé: “Está bem, está bem, eu vou avançar. Bom continuando…”

Tinha planeado trazer a família para um fim de semana calmo nesta zona do país, aproveitar para fazer a corrida, ir à praia e provar algumas das pérolas gastronómicas nativas, não necessariamente por esta ordem. Tinham-me recomendado o restaurante Tia Rosa dos Patos em Melides, mas o adiantado da hora no dia de chegada fez-me interromper a sua procura, no centro de Melides, quando encontrei… “O Melidense”.

“O Melidense” é um restaurante… bom, não é bem um restaurante, é atascado, com decoração de tasca, com bancos e cadeiras de tasca, com um atendimento muito informal, à tasca, mas com um menu de pratos tradicionais que apetece experimentar e saborear lentamente, como se fossem os longos capítulos saborosos de um livro de verão.

Desde a sopa de beldroegas, à sopa de tomate com ovos escalfados (ambos por provar), passando pelo arroz malandrinho de frango com hortelã até às febras de coentrada… e as farófias… Bom, por alguma razão o Alentejo, para além de ter inquestionavelmente das melhores paisagens, é indubitavelmente a zona do país onde se come melhor.

Mi: “Mau! Estás a dar uma de guia turístico? ZÉ, olha para o cabeçalho desta folha! Vês algo referente a gastronomia? Não vês, pois não? Isso é porque isto não é um blog de culinária mas sim sobre actividade desportiva! PERCEBESTE?”

Zé: “Então também não posso falar nos pequenos-almoços triplos do hotel? Com croissants recheados…”

Mi: “NÃO! …mas espera tu comeste pequenos-almoços TRIPLOS, quando andas a querer perder peso para correr mais longe e mais depressa?!?!?!?”

Zé: “Bom, e mudando de assunto…(sai de fininho)”

A prova de Santo André, efectuada todos os anos sob uma luz crepuscular de verão, encerra o troféu anual da CGD, onde participo sem qualquer ambição competitiva, e por esse motivo nem mesmo a distância de Lisboa impediu que cerca de 20 colegas estivessem presentes.





No dia da corrida, fui o último a chegar para levantar os dorsais, tendo sido recebido com um olhar misto de desilusão e desaprovação do André (não o Santo, o Noronha). Logo na primeira prova depois de ter recebido o guia de boas práticas da secção de atletismo a recomendar que os praticantes cheguem ATÉ uma hora antes da partida (e não 45 minutos antes). Autorrecriminei-me…

Arranquei para o aquecimento, mas não fui capaz de pôr o GPS a funcionar por falta de bateria no relógio. Ajuntei-me com os outros corredores e… Partida.

Os 2 primeiros kms, a saída da praia até ao pinhal a subir cerca de 50 metros, foram feitos em 10’15’’, com intensidade, pois sabia que fazer aqui um ritmo forte era essencial para conseguir um bom tempo final. Ainda tive que correr em cima do passeio lateral, a fazer sinais com os braços, para que a Susana (minha mulher) me visse e tirasse uma foto.

Pelo que sabia que o 3º km seria para recuperar um pouco o esforço da subida, ainda assim sentia-me bem até que um colega corredor chama a minha atenção para o meu pé esquerdo.

Mi: “Que erro estúpido de iniciado! Tiveste que parar uns cinco a dez segundos para atar os atacadores. Para a próxima dá dois nós!”

Zé: “Mi… tu também paraste! E isso só aconteceu porque o menino Mi é um impulsivo e quando viu tanta gente a aglutinar-se junto ao portal de partida esqueceu-se de tudo o resto.”

Mi: “Zé, estás-te sempre a desculpar…”

Zé: “E tu Mi pareces uma mulher, sempre a reclamar, reclamar, reclamar…”

Bom, para o 4º km ia com boa média (para o meu ritmo claro), e passo pelo Marcolino, o primeiro da Caixa a passar já no sentido da chegada, resolvo gritar o nome dele para o motivar, mas ele antecipa-se e a motivação acaba por ser mútua.

Ao 5º km dá-se a viragem de uma descida para relaxar os ombros, para o regresso numa subida ingreme com abastecimento. Se no início da subida vejo o André a descer do outro lado, na subida, o André com uma passada naturalmente mais leve, passa por mim. Depois da rampa…



Mi: “Zé, lembra-me de quando voltarmos aos treinos irmos fazer rampas, para não perdermos o ritmo nas subidas. Desculpa a interrupção, podes continuar.”

Depois da rampa, o 6º e 7º km devem ter sido o período mais difícil para mim, sem tempo para recuperar o folego, logo a seguir entrámos pelo pinhal de terra batida com uma camada de areia, o suficiente para os ténis deslizarem um bocadinho. As vozes dentro da minha cabeça pediam-me para parar de correr, mas por orgulho não o fiz.

Dispensei o segundo abastecimento de água, e ao 8º km tinha cerca de 40’50’’. Estava acessível um bom tempo final, mas não podia ir agora abaixo se o quisesse atingir. Aumento a intensidade da passada, em grande parte motivado por um cão/cavalo que se encontrava solto a ladrar e a correr, mas que felizmente não conseguia decidir qual dos corredores iria morder.

Continuo a forçar a passada para fazer o 9º km com bom tempo, mas a respiração torna-se difícil de controlar. Pese embora ainda os tenha utilizado como lebre durante uns trezentos metros, um casal de sexagenários ultrapassa-me a bom ritmo, e atenção, era ela a liderar as operações.

O último quilómetro começa com uma dezena de populares aos gritos com placares a dizer “Força Zé, és o nosso campeão!”, o que me encheu o ego e acelerei outra vez.

Mi: “Mas afinal o Zé era outro… ou eles gritavam a todos… enfim chapéus há muitos.”

Zé: Por fim, a longa descida até ao portal de chegada torna mais fácil, não só manter um bom ritmo, como também a libertação da adrenalina acumulada durante a corrida através de um sprint final.

Chegado ao carro a Susana nota que tenho duas manchas de sangue à volta dos mamilos, resultado da fricção da camisola durante uma hora, para cima e para baixo.

Mi: “Segundo erro de iniciado!!! Mas eu não te ensinei a usar pensos rápidos ou a pôr vaselina nos mamilos???”

Resultado final, 51’55’’ no relógio e 52’12 no chip, a diferença são os 17 segs. que levei a passar a partida. Novo record pessoal numa prova que, pela irregularidade do terreno, não tem perfil de ser das mais rápidas. A ser assim, foi um excelente tempo com premonições de novos records em pistas planas. Venha o início de uma nova temporada em Setembro!

Notas finais:

1 - FIQUEI À FRENTE DA SOFIA NO TROFÉU CGD!!!! (resultados não oficiais)
MUAHAHAHAHA (ler com entoação de riso maquiavélico de um cientista maluco com o cabelo em pé...conhecem algum? Eu conheço.) Toma toma toma.

Não, não, não, agora a sério, longe de mim ser assim competitivo e comportar-me assim de forma infantil...estava a brincar evidentemente.

2 - Espero que o meu estilo a correr não seja este.





3 – Depois da corrida, nos dias seguintes, fiquei com uma dor persistente na zona da cintura. Será que tenho uma lesão prolongada?

Não percam os próximos capítulos da telenovela Zé&Mi – duas metades de um ser imperfeito… que eu também não.

Operação Carlos Lopes - Treino #5


Mais um mini-treino a preparar o próximo treino longo (domingo). Confesso que hoje, uns meros 8 Kms pareceram bem mais com uma paella em cima... :)

6ª feira há mais!

Frase do ano

“Nós portugueses vivemos num clima quase depressivo. Temos de ter objetivos muito fortes no nosso dia a dia. É esta mensagem que quero deixar aos portugueses, que acreditem, que lutem, porque sem trabalho, sem sacrifício, nunca vamos conseguir mudar este país.”

Carlos Sá
Ultra Maratonista português, depois de vencer a Badwater
a corrida mais dura do mundo

domingo, 14 de julho de 2013

Início de época



E pronto. Quando muitos portugueses, atletas ou não, ainda se preparam para ir de férias, já eu estou prestes a regressar ao trabalho. Mas não me posso queixar. Passei duas semanas fantásticas, com muito calor, muita praia, muita piscina, muita diversão. Amanhã é dia de regressar à rotina.
 
Este regresso quer também dizer que vou voltar à rotina de treinos, bem mais fácil de cumprir fora do período de férias. Nestas duas semanas fiz tudo aquilo que um atleta não deve fazer. Comi muito - muito mesmo - relaxei em demasia e até os treinos que fiz foram em modo de preguiça.

À mesa foi fantástico, por um lado, mas uma desgraça por outro. Comi bem e bastante. Bolas de Berlim - sempre com creme - perdi-lhes a conta, gelados foram alguns, muito peixe e muita carne, mas, acima de tudo, muito pão, o meu maior pecado. Tudo isto junto deve ter "custado" entre 1 a 2 kgs a mais, mas esse é um balanço que só posso fazer ao certo daqui por uma semana, quando o organismo voltar, também ele, à rotina.
 
Para as férias levei os ténis de corrida e aproveitei para fazer alguns treinos. Foram cinco ao todo, com uma média de 5 kms. Nos dois últimos estive para ir até aos 10 kms, mas a preguiça levou a melhor e acabei em ambos por encurtar o caminho para casa. Aproveitei também para fazer alguns treinos de natação na piscina que tinha à porta. Não foram rigorosos, mas cheguei a estar 15 minutos a nadar sem parar, o que deu ao menos para ter uma pequena ideia de como serão os treinos que se aproximam.
 
Agora é tempo de olhar em frente. Nas próximas semanas começarei esses treinos na piscina com vista à minha entrada no mundo do triatlo. Em termos de provas só acontecerá em 2014 - isso é ponto assente -, mas quero começar a minha preparação o mais depressa possível. Afinal de contas o objectivo é grande e exige rigor.
 
Tenho também de voltar à corrida. Desde o último treino dos 30 kms que relaxei um pouco e agora tenho de retomar depressa o ritmo que já tinha adquirido. Está praticamente decidido que vou à Maratona de Lisboa, em Outubro, falta só confirmar a inscrição que farei logo a seguir ao próximo treino longo.
 
A bicicleta também já está pendurada há algum tempo. Tenho andado a pensar muito no que quero em relação às duas rodas. Adoro o BTT que faço atualmente com o grupo d'Os Metralhas, mas o treino para o Trialo poderá não se conjugar com manhãs fantásticas e de convívio - é verdade -, mas nas quais faço apenas 30 ou 40 kms em 5 horas, quando podia ter feito 80, 90 ou ainda mais.
 
Por isso agora é tempo de voltar a dar ao corpo. Vamos a isso e sempre na companhia do team JRR & Amigos.

Operação Carlos Lopes - Treino #4


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Operação Carlos Lopes - Treino #3


2ª Corrida D. Dinis - Tardou, mas aqui vai o post...

Ora bem... Já estive para escrever sobre esta corrida várias vezes, mas nunca se proporcionou. Falta de vontade, falta de tempo, falta de inspiração... tudo serviu. Tive que levar com o Cromo para finalmente escrever a crónica.

Aqui vai:

No quente dia 30 de junho de 2013 a Xistarca decidiu fazer uma corrida de 10 Km, cuja primeira edição tinha sido no último trimestre de 2012 (julgo eu), num dos dias mais quentes do ano, com início às 10h30m. Será que era assim tão imprevisível que o calor pudesse vir a chatear? Será que a PSP estaria a xonar até mais tarde e só podia fazer o policiamento a partir dessa hora? Será que a Sra. Presidenta da Câmara não autorizou que a prova se fizesse mais cedo? Será que o pessoal da Xistarca queimou o piston? Não faço ideia. Tal como não sei o que passou na cabeça daquela gente para fazer o pessoal correr com aquele calor... Adiante.

Às 10h já estava na posse do meu dorsal, e esperava pelo meu cunhado junto da malta dos SSCGD. Quando ele apareceu, tirámos umas fotos com o resto da malta e fomos umas quantas vezes molhar a careca e os chapéus junto de um repuxo que estava por perto. Ás 10:33 soou o "tiro" de partida.

A corrida em si não teve muita história. O percurso era tramado por ser bem acidentado (nunca tinha corrida em Odivelas - em casa - num percurso tão acidentado), mas o problema foi sempre outro: o calor.

Os 2 abastecimentos foram feitos com água... quente... que serviu mais para molhar o pessoal do que propriamente para hidratação. Até ao 8º/9º Km, fiz a corrida juntamente com o meu cunhado, mas quando veio a subida da Abreu Lopes, deparei-me com uma situação que me fez pensar e tomar uma decisão diferente. Apareceu à minha frente um colega dos SSCGD, que eu não conhecia, que começou a andar no início da subida. Como o meu cunhado estava mais fresco que eu, e sobe muito melhor do que eu, decidi deixá-lo seguir e acompanhar o colega que, claramente, estava a atravessar muitas dificuldades. Comecei a andar com ele para saber como estava e ele disse-me que estava de rastos. Para além dos 2 abastecimentos, tinha tido um familiar a dar-lhe mais água, mas nem assim... Foi para ele um daqueles dias em que não dava mais.

Andámos uns 300 metros naquela subida, e quando o terreno começou a ficar mais plano comecei a puxar por ele. Lá recomeçámos a correr, devagar, mas com companhia é mais fácil e lá fomos nós a caminho da meta...

Não sei se foi por orgulho, se foi por ter recuperado com a paragem, ou se foi apenas por ter companhia, mas os últimos metros foram num sprint desenfreado, o que me fez pensar que num dia normal eu não teria hipótese de acompanhar o meu colega... Mas lá acabámos a prova em esforço, e no fim ele agradeceu a companhia.

De facto ter alguém a puxar por nós faz toda a diferença. Mas nesta prova deu para perceber os danos que o sol e o calor podem fazer.

Tendo em conta a irregularidade do clima este ano, até tremo ao pensar que a Maratona em outubro começa às 10h...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Estive em Navacerrada e encontrei uma prova de Trail


No final de Junho estive uns dias em Espanha e num Sábado à noite fui jantar à localidade de Navacerrada (fica na zona de montanha perto de Madrid). Quando estávamos a chegar à localidade reparámos que estavam muitos carros estacionados, muita gente, algum evento estava a acontecer na localidade.
Depois de estacionar o carro, fomos até ao centro da localidade. Vi que existia uma meta mas não percebi logo de que prova se tratava. Vi que havia 2 placards electrónicos, sendo que um deles marcava 21 horas e tal e o outro treze horas e tal. Na altura pensei um deles diz as horas no momento (sem me lembrar que ainda eram 8 e tal da noite) e o outro o tempo de prova. Depois aproximei-me da envolvente da meta e após algumas questões percebi que se tratava de uma prova de Trail.
Mais tarde percebi que o placard que dizia 13 horas e qualquer coisa dizia respeito à prova de 60 kms e o tal das 21 horas era relativo à prova de “apenas” 110 kms, ou seja, a partida para esta prova tinha acontecido às 23h do dia anterior! Que loucura!
A prova tratava-se do Grand Trail Peñalara, uma das principais provas do género em Espanha.
 
Jantei na praça principal de Navacerrada com vista para a meta e para os últimos metros da prova. Foi um jantar divertido e ao mesmo tempo foi bonito assistir à chegada de atletas à meta, depois de muitos quilómetros percorridos. Claro que notava-se o cansaço dos atletas mas ao mesmo também havia satisfação pelo objectivo alcançado! A chegada dos atletas era também acompanhada por (alguns) merecidos aplausos, sobretudo quando chegavam grupos de atletas!
Na minha perspectiva, é bonito participar em grupo em provas de trail. É o ultrapassar de dificuldades em conjunto, o dar e receber palavras de incentivo, é o partilhar da experiência J!
Apenas participei em uma prova de trail e gostei da experiência. Passamos por locais que não conhecemos e que habitualmente de outra forma não passamos por lá e normalmente o cenário é bastante bonito.
Por acaso, fui pela 1ªvez a Navacerrada no dia em que havia a prova de Trail.
Fiquei com vontade de, um dia, participar no Trial de Peñalara de 60kms. No trail de 60 kms a partida já acontece de dia e depois serão umas quantas horas a caminhar/correr! E gostava de participar com o pessoal do Team (JRR e amigos)!
Quando será pouco importa, apenas importará estar em plenas condições para percorrer 60 kms em montanha. Acredito que é possível… daqui por alguns anos J

segunda-feira, 8 de julho de 2013

The Color Run Lisboa - Morangos com Açúcar e topping Pó de Milho

As primeiras edições têm sempre coisas para afinar.
E esta Color Run Lisboa não é excepção.

Se por um lado foi uma grande apontaria escolher (talvez) o dia mais quente do ano (o São Pedro não foi meiguinho não senhor), por outro lado a extensão de 5 km provocava uma procissão que se estendia pelo parque das nações a dentro.

A ideia da prova é excelente, a serio!

Para a geração dos trintões, como eu, pensem bem: Se tivéssemos oportunidade na nossa adolescência, de pegar nos nossos amigos, formar uma equipa e dar um passeio, ao mesmo tempo que nos pintávamos e nos “afogávamos” em cores vivas e pó mágico, não seria uma tarde espectacular? Claro que sim!

Mas não havia necessidade de chamar a este “passeio colorido”, uma corrida!
Não foi uma corrida!

Basicamente, a Color Run Lisboa está virada para o público adolescente, não se trata de uma corrida! Os primeiros namoros, o grupo de amigos da discoteca, a boleia do papá que pagou os 23 euros e que ficou á espera no Vasco da Gama para depois voltar para casa com o rebento (que queria ficar mais um bocado), tudo isto cabe nesta actividade vespertina.

A coisa começou logo a correr mal quando a protecção civil “obrigou” ao adiamento da partida para as 19h (inicialmente 17h30). Logo aqui perdemos a companhia do Zé, que já tinha coisas combinadas para o final da tarde.

Segui então com o Eduardo R para o local de partida (que seria o local de chegada). Mas como a organização já tinha fechado as estradas próximas, tivemos que fazer quase 2 km a andar, na torreira do calor, desde o carro e o início da corrida.

Ora então como despachar 23.000 pessoas para o passeio? A opção da organização foi utilizar "as vagas". Portanto mais 40 minutos para chegar ao início da partida.
Éramos a vaga 12!

Com a partida efectuada, sinceramente apetecia-me tudo menos andar. Mas os pórticos das cores estavam com distância de 1 km entre elas, portanto metemo-nos a caminho.

A passagem nos pórticos coloridos de facto era engraçada, muita música, animação e muita muita cor! Mas a organização devia ter percebido que a pintura corporal que toda a gente queria ganhar, tem que ser feita com uma certa humidade na vestimenta e pele. De outra forma o pó colorido, abundantemente distribuído nas várias fases da prova, não pega e não fica agarrado nos participantes. Pensei que a situação seria ultrapassada no pórtico 2 (A cor azul), mas o chuveiro estupidamente pequeno e pouco intenso deu apenas para molhar a ponta do nariz.

E assim lá fomos nós por aquele “caminho abaixo”. Já tínhamos passado pelos pórticos 1 (laranja) e 2 (azul). A caminho do pórtico amarelo, um dos pontos altos da procissão. De repente do meio do nada,  a onda adolescente pôs-se a cantar a musica do Dragon Ball, literalmente de fio a pavio. Temi o pior! Temi que enveredassem pelos Sábados de manhã da SIC, com a Ana Malhoa e o seu tema sopa de letras (“ ….primeiro vem o A …..A A A, e a seguir vem o E…..E E E, e depois vem o I…….), acho que quando vi toda aquela cor amarela e o respectivo pórtico a aproximar-se….respirei fundo e agradeci aos deuses tal ajuda divina. Ou se calhar não fiz nada disso e corri que nem um louco para o meio daquela cor. Já nem me lembro!

Entretanto “o coro de Santo Amaro de Oeiras” revoltado por não conseguir ficar “embutido” com tal cor…..manda-se para o chão e começa-se a espojar naquele pó! Por momentos pareceu-me estar num qualquer acto de exorcismo conjunto! Fugi dali.

E assim chegámos ao último pórtico antes da “meta”, recebi o banho cor-de-rosa e cansados lá fomos para o final.

Estava combinado uma apoteose no final. Tinham-nos pedido para guardar o nosso saco de pó colorido para o podermos usar nesse altura.

Acho que não merecíamos isto.  Quando chegamos ……como descrever o que vimos??!!
O espaço combinado para o “ajuntamento” estava quase deserto, alguns jovens na barraca das farturas, outras na barraca de um patrocinador. Ao fundo uma cantora qualquer cantava e era acompanhada por um guitarrista que devia estar a pensar que estava a tocar xilofone!

Muito mau. Olhei para o relógio. 21h15. Olhei para o saco que continha o pó. Apeteceu-me sufocar-me com aquele pó demoníaco (e ainda por cima verde, se fosse vermelho ainda poderia usar numa qualquer noite no Marquês de Pombal).

Mas porquê 5 km´s?  tinham feito uma distância menor, com os mesmos pórticos, menos estradas cortadas, e o grupo estaria completo para a parte final!

Precisava de tirar toda aquela desilusão dentro de mim!

Sem problemas, tinha mais 2 km de volta ao carro! E lá fomos nós fazer o processo de recalcamento em passo apressado porque bem vistas as coisas ……….ainda nem sequer tínhamos jantado!  


 Felizmente ainda era Sábado!

500 metros a nadar

 
É só o que tenho a dizer sobre o treino de hoje

Treino de 16 kms na Quinta das Conchas



Aproveitando o facto do Ricardo andar a treinar para a Maratona, acompanhei-o num treino de longa duração.

Realizo poucos treinos e recentemente os que estou a fazer estão a ser mais longos. Desta forma treina-se a resistência, bastante necessária para participar, de forma confortável, em provas mais longas.

Neste Domingo o cenário foi a Quinta das Conchas, que considero um belo local para correr. Junta-se a prática desportiva a um belo cenário J!

O treino foi de 16 kms numa média aproximada de 6min/km que totalizou aproximadamente 1h36m. Mais relevante do que imprimir grande andamento foi realizar uma maior distância. O objectivo é ficar mais confortável a percorrer distâncias maiores.

Bons treinos e boas corridas!!!

domingo, 7 de julho de 2013

Treinos bidiários - Uma pequena introdução


Estar de férias não é sinónimo de ter mais tempo para treinar. Longe disso, até. Mas não é só isso. Come-se mais, descansa-se mais, o corpo está mole, as pernas pedem é descanso, etc, etc.
 
Mas a cabeça tenta contrariar isso e já saí quatro vezes para correr de manhã cedo, logo às 7h30m, quando ainda o resto do pessoal cá de casa ainda dorme. Treinos curtos, em distâncias entre os 5 e os 6 kms, mas que servem acima de tudo para estas férias não serem uma paragem completa.
 
E hoje, já depois de ter feito uma corrida de 5 kms, decidi aproveitar a piscina que tenho - literalmente - à porta para dar um cheirinho de treino tri...diário. Fiz cerca de 400 metros de manhã e outros 400 metros à tarde de natação nesta piscina de 9 metros de comprimento. É claro que não foi um treino rigoroso, não foram 400 metros exatos e as 40 viragens que fiz fazem com que o ritmo não seja contínuo, mas deu para ter uma pequena ideia do que serão os treinos bidiários daqui por uns meses. Dei-me bem na natação, não fiquei cansado acima do que seria esperado e, por isso, fiquei satisfeito.

Agora é aproveitar estas facilidades por mais uns dias, antes do regresso à rotina, de trabalho, mas também de treinos. E em breve começarei os de natação a sério.

Operação Carlos Lopes - Treino #1


terça-feira, 2 de julho de 2013

Corremos (mesmo) com a Greve...

Já passaram vários dias, é verdade, e até parece que entrámos em greve, mas não. Na verdade fui eu mesmo que entrei em modo férias logo no final desse dia 27 de Junho, de Greve Geral, e desde então tenho estado afastado do computador. E, claro está, os restantes meninos também se abstiveram e escrever...



Foi então dia 27 de Junho que corremos com a Greve. Sem transportes para nos deslocarmos para o local de trabalho e sem vontade de nos metermos em engarrafamentos e despesas de gasolina e parquímetro, decidimos partir à aventura e correr desde Odivelas até ao centro de Lisboa, de manhã, e fazer o percurso inverso à tarde. Claro que a aventura começou no dia anterior, com toda a logística de roupa a ter de ser deixada no local de trabalho...

Quanto ao dia de greve, tudo correu na perfeição. Funcionassem os transportes públicos com a precisão de horários com que este trio da JRR funcionou e tudo correria pelo melhor em Lisboa. Não falhámos nos horários e ninguém ficou à espera de ninguém. Ou melhor... ficámos nós! Às 7h30 lá estávamos, à porta do Metro de Odivelas, a ver se alguém respondia ao desafio, mas nada...

Partimos então rumo a Lisboa. Levámos com a primeira ronda de tubos de escape logo no Senhor Roubado, que antecedia à Calçada de Carriche, a fase mais difícil da manhã. Fizemos a subida com calma, mas sem parar de correr, e em pouco tempo chegámos ao Lumiar. A partir daqui foi sempre a direito até ao Campo Pequeno, local da nossa "meta."

À tarde a precisão dos horários foi igual. Às 17h15 já eu arrancava do Marquês, onde trabalho, e às 17h30 já estava junto do Ricardo e do Pedro, que me esperavam no Campo Pequeno. Seguimos o caminho, praticamente plano, até chegarmos a Odivelas, altura em que nos esperava a Av. Abreu Lopes, uma subida respeitável, ainda para mais tendo em conta que já tínhamos quase uma meia-maratona nas pernas e um dia de trabalho em cima, e esta corrida da tarde tinha ainda o factor do calor em cima... Mais uma vez sem parar de correr chegámos ao topo e logo a seguir estava a "meta".

O balanço do dia foi bom e será um exercício a repetir em futuras greves. Mas para fazer numa base diária não é fácil. a logística de ter de deixar roupa no local de trabalho dificulta as coisas, ainda para mais se alguém tiver de usar fato. E, já agora, o monóxido de carbono que se respira em plena hora de ponta também não é das coisas mais agradáveis do mundo...