quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
5 pontos no saco
Ao quinto jogo da época, eis que surge a primeira vitória no campeonato da CGD. Merecida e bem trabalhada, pois na época anterior tinha apanhado um susto e só tinha conseguido ganhar 3-2, deitando assim dois pontos ao lixo.
Desta vez não facilitei. Entrei muito concentrado e decidido a bater cada bola com determinação. Aproveite algumas fraquezas do adversário, como as bolas de esquerda, e fui massacrando-as sempre que podia. Controlei os sets e consegui vencer por 3-0, garantindo assim todos os pontos em disputa neste jogo.
Situação actual
5 jogos
1 vitória
4 derrotas
8 pontos
8 pontos
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
E ao 5º jogo... mais do mesmo!
Acabei de chegar de mais um jogo de squash pouco memorável. Resultado: 0-3 (3-11; 7-11; 8-11).
Foi um jogo com pouca história, com um resultado mais do que previsível, tendo em conta o adversário:
- O primeiro set foi o pior que alguma vez joguei.
- O segundo set foi bem melhor, com muitas trocas de bola interessantes, mas não tenho dúvida de que o meu adversário controlou o jogo como quis.
- O terceiro set foi o melhor que consegui. Mais uma vez cheguei aos 8 pontos em vantagem, e mais uma vez perdi o set…
Não foi um resultado de que me orgulhe, mas também não me sinto nada envergonhado. Só me chateia a prestação no primeiro set.
Já depois do jogo, em conversa com o campeão em título, ele disse-me uma coisa que eu concordo plenamente. As pessoas normalmente querem começar os jogos quase sem efetuar um aquecimento como deve ser, e depois acontece aquilo que no meu caso é mais do que certo: começar mal. Eu, tal como ele disse, quando faço um set para aquecer antes do jogo propriamente dito (para além dos alongamentos), noto uma diferença brutal. Nunca fiz isso nos jogos do torneio, mas vou fazer essa experiência já no próximo. E esse é para ganhar!
Duatlo do Jamor 2013... finalmente o report!
Depois de tanto andar a falar do Duatlo do Jamor, eis que chegou finalmente o dia da prova. Era algo em que já pensava há cerca de um ano. Sou um bttista convicto que, por força de um projecto pessoal, acabei por começar a correr também. E a verdade é que a corrida tornou-se também numa pequena paixão. Não tão viciante como o BTT, mas sim, é uma paixão.
Foi no final de 2011 que comecei a ter ideias de as juntar numa só prova, os duatlos. O do Jamor foi o primeiro que vi e fiquei de imediato obcecado por esta prova. Mas para 2012 nem pensar. Não tinha preparação para tal, pelo que se tornou no primeiro grande objectivo de 2013.
Como em todas estas aventuras, a emoção começa ainda em casa, com os preparativos. Sendo a minha estreia andei um pouco aos papéis. O que devo levar? Armei-me em "gaja" - lá vou eu levar nas orelhas - e decidi levar tudo. E que trabalheira que isso dá! Até tive de fazer uma checklist para ver se não me esquecia de nada. Para piorar o tempo estava incerto, pelo que tinha de levar roupa para chuva e ainda roupa seca para poder vestir caso ficasse encharcado.
A logística no local também seria novidade para mim. O companheirismo da malta da CGD veio ao de cima, mais uma vez, e em poucos dias foi-me apresentado um triatleta que ia participar na prova. Entrámos em contacto um com o outro e predispos-se de imediato a ajudar-me no que foi preciso. Desde já um obrigado ao Carlos Albano por isso. Encontrámo-nos no dia da prova e ele orientou-me no que foi preciso. Dorsais levantam-se ali, mete o chip, o capacete, etc. Notei logo o facto de ser uma prova oficial, da Federação Portuguesa de Triatlo. Não podia haver falhas, estava uma competição em causa. Era tudo verificado ao pormenor. No parque de transição lá instalei a bicicleta, com a preocupação de não me esquecer de onde estava. No meio da prova, com toda a confusão, enganar-me no corredor podia significar alguns segundos ao lixo. Já com tudo instalado no parque de transição, estava pronto para começar-
A prova começou com 5 kms de corrida. Deixei os atletas mais rápidos partirem à frente e arranquei logo cá para trás. O Carlos Albano ganhou-me logo alguns metros pois preferi não colocar um ritmo muito alto. O primeiro percurso de corrida não era fácil. Tinha 3 ou 4 subidas, duas delas - a mesma, mas feita duas vezes - eram mesmo muito complicadas. Mas senti-me bem e fiz um tempo bom, com 26 minutos à passagem para a bicicleta.

Os trilhos de lama finalmente acabaram e voltei ao parque de transição. 1h10 no percurso de BTT não era um tempo famoso, mas depois de tudo o que tinha passado, já me dava por satisfeito por não ter caído nem me ter magoado. Com lama por todo o lado, arranquei para a estrada, desta vez a correr. O percurso era semelhante ao do primeiro segmento, mas já sem incluir a tal subida. Mas tinha outra, da estrada que liga o estádio às piscinas. Até à pista de canoagem senti-me bem, mas assim que comecei a subir notei o peso do esforço de tanta lama na prova de BTT. Consegui fazer a subida toda a correr, mas a um ritmo muito lento. Havia quem estivesse pior e ainda ultrapassei uns quantos atletas nesse último quilómetro. Quando entrei na pista de atletismo do Jamor senti-me triunfante. Olhei para o relógio e vi 1h50m... Calculei logo que seriam uns 400 metros muito longos... E foram, mas muito saborosos também. Quando acabei a prova sentia-me um verdadeiro campeão, um Duatleta!
Fiz 1h52m14s, uns 15/20 minutos a mais do que tinha planeado. Foi a prova de BTT que deu cabo de tudo. Aquela lama não estava nos planos, mas já percebi que é a imagem de marca deste Duatlo do Jamor. Para o ano cá estarei, sem dúvida!
Até lá tenho um ano inteiro pela frente, mais de 300 dias que servirão para melhorar ainda mais a forma e ganhar experiência nestas provas de Duatlo. A começar já a 10 de Fevereiro, no Duatlo das Lezírias.
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Antes do banho de lama... |
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Durante o banho de lama... |
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A bicicleta, depois do banho de lama... |
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O jersey, depois do banho de lama... |
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Corrida Fim da Europa, by Ricardo
Hoje foi a minha estreia na prova de atletismo que dizem ser das mais bonitas em Portugal.
Mas antes houve tempo para umas fotos com o pessoal dos SSCGD e até para uma entrevista para a Sintra TV!!! :)
À hora prevista, lá começámos a prova.
Só para terem uma pequena ideia do percurso, eis o que nos reservava os primeiros 3 Kms:
Uma subida única que parecia interminável!!!! E esta foto não faz mesmo justiça às dificuldades que o pessoal teve....
O percurso foi muuuuuuuuuuito acidentado, e por isso muito exigente.

Houve tempo para ver e fotografar atrações turísticas locais, como o Castelo dos Mouros (lá ao fundo na foto), e com mouros de gorro incluídos... lol
Tempo também para realizar uma prospecção ao mercado imobiliário da zona. Com mouro incluído.
E até passámos pelo Chalet da Condessa...
Apesar do percurso ser bonito, isto foi o que custou mais ver. Inúmeras árvores caídas e arrancadas pela raíz. Vários muros que desabaram com o vento e com a queda das árvores. Foi duro de ver.
Já mais para a frente, isto foi o que se viu. Muito nevoeiro, típico de Sintra, mas felizmente sem chuva e sem vento. Só mesmo o frio e o nevoeiro apareceram. Abençoada camisola térmica!
Poderá ser discutível, mas que não deve nada à beleza isso é indiscutível.
Começando pelo ínicio: 07:30 toca o despertador. Olho lá para fora e só vejo é chuva! Preparei-me e lá fui a caminho de Sintra, para o local combinado com o Pedro. Ia convicto de que a prova não se iria realizar, tendo em conta o dilúvio que apanhei no caminho para Sintra. Mas quando cheguei e encontrei o Pedro, apenas caíam alguns chuviscos.
Lá chegámos ao local da partida e fomos tentar levantar os dorsais. Esta foi a primeira aventura. Não encontrámos ninguém, e soubemos que os dorsais dos SSCGD tinham sido levantados no dia anterior. Lá tivemos que esperar até encontrar o colega que os tinha. Sempre debaixo de chuva. Esta era a tenda onde o pessoal ia levantar os dorsais. Quando a chuva caiu mais forte, não cabia lá uma formiga...
A prova estava bem organizada, e até havia transporte para as mochilas que cada um levou com uma muda de roupa e coisas do género. Previa-se uma prova molhada... no mínimo. Estas eram as camionetas usadas para o transporte das malas até à meta.
Entretanto, os chuviscos desapareceram e já perto das 10h o pessoal começou a aquecer:
Mas antes houve tempo para umas fotos com o pessoal dos SSCGD e até para uma entrevista para a Sintra TV!!! :)
À hora prevista, lá começámos a prova.
Só para terem uma pequena ideia do percurso, eis o que nos reservava os primeiros 3 Kms:
Uma subida única que parecia interminável!!!! E esta foto não faz mesmo justiça às dificuldades que o pessoal teve....
O percurso foi muuuuuuuuuuito acidentado, e por isso muito exigente.
Houve tempo para ver e fotografar atrações turísticas locais, como o Castelo dos Mouros (lá ao fundo na foto), e com mouros de gorro incluídos... lol
Tempo também para realizar uma prospecção ao mercado imobiliário da zona. Com mouro incluído.
E até passámos pelo Chalet da Condessa...
Apesar do percurso ser bonito, isto foi o que custou mais ver. Inúmeras árvores caídas e arrancadas pela raíz. Vários muros que desabaram com o vento e com a queda das árvores. Foi duro de ver.
Já mais para a frente, isto foi o que se viu. Muito nevoeiro, típico de Sintra, mas felizmente sem chuva e sem vento. Só mesmo o frio e o nevoeiro apareceram. Abençoada camisola térmica!
Quanto ao relato da prova propriamente dito, os primeiros 3 quilómetros foi seeeeeeempre a subir. Ao segundo o Pedro adiantou-se, e só o voltei a ver na meta.
Quando a subida finalmente parou, já estávamos em plena Serra e já o grupo estava bem esticado.
Não tinha qualquer objectivo estabelecido para esta prova. A minha perspectiva era sempre a de um passeio, e de facto foi o que aconteceu. No entanto, fazer 17 Km em +/- 1h:48m foi muito bom, tendo em conta as vezes que parei de correr para andar rápido.
Ao quilómetro 6 fui apanhado por dois colegas dos SSCGD. Um mais velho e uma rapariga já experiente nestas andanças. Ela, que já conhecia a prova, foi dando dicas para dosear o esforço e quando chegámos ao quilómetro 9 ela avisou que iríamos encontrar uma subida muito íngreme. Resultado, ela continuou a correr e eu e o colega mais velho decidimos fazer a subida a andar. Quando a subida acabou, sabíamos que a partir daí seria sempre a descer.
Antes de começar a descida, aproveitei um ponto de abastecimento para usar o gel que levei comigo. Devo dizer que pela primeira vez senti o efeito do gel em provas de longa duração. Deu um jeitaço!
Depois de devidamente hidratado, lá fomos nós. O velhote parecia doido a descer. Tive indeciso entre acompanhar e ficar para trás, meramente como precaução, pois ainda faltavam 7 Km e eu tinha receio que a minha tendinite voltasse a fazer das suas. Decidi acompanhar.
Parecíamos possuídos pelo espírito Bolt. Perdi a conta aos atletas que ultrapassámos, mas sem a menor dúvida que foram bem mais os que passámos do que os que passaram por nós na subida. Foi de tal maneira o ritmo que a 2 quilómetros do final voltámos a apanhar a colega que tinha seguido a correr na subida.
Mas depois, não consegui acompanhá-los e acabei por terminar a prova uns 15 segundos atrás deles os dois.
No final, apanhámos a boleia do Eduardo que teve a paciência de nos ir buscar de propósito para voltarmos a Sintra. Ficam os meus agradecimentos, apesar de a chatice dele poder ter sido evitada, pois haviam autocarros de regresso (mas nem eu nem o Pedro sabíamos disso).
Resumindo, fiquei muito contente pela experiência, e principalmente por não sentir quaisquer dores, mesmo enquanto escrevo este texto!
Foi uma prova muito fixe! A repetir, sem a menor dúvida.
domingo, 27 de janeiro de 2013
4ª Jogo, 4ª Derrota...
Eu sei eu sei... começo a parecer o Sporting, não é? :)
Na sexta-feira tive o meu 4º jogo do torneio de squash. Foi um jogo intenso, bem jogado, mas que apesar de considerar a minha prestação positiva, acabou da mesma forma: 0-3 (8-11; 7-11; 7-11).
No ano passado perdi da mesma forma contra este adversário. Desta vez, fui jogar sem qualquer tipo de pressão e entrei bastante descontraído. O jogo podia ter caído para qualquer dos lados, tal como admitiu o meu adversário, mas mais um vez quando chego aos 7 ou 8 pontos (em vantagem) não consigo ter a calma/concentração necessária para acabar com os sets.
O jogo foi de tal maneira intenso que, no final, o meu adversário disse que se tivesse que jogar mais um set acabaria por perder o jogo. Recebi bastantes elogios "evoluiste muito desde o ano passado", "jogaste bem", etc etc, mas o que é facto é que o que fica para a história é: 0-3!...
Analisando friamente as minhas prestações no squash, globalmente só posso concluir o seguinte:
1. Não tenho, com toda a certeza, espírito competitivo. Ou melhor, se tivesse que avaliar a minha predisposição para a competição, de 0 a 100, acho que daria um.... 9. Este é, para mim, o meu principal problema neste torneio.
2. O factor psicológico está de rastos. Os constantes 0-3 fazem com que, inconscientemente, entre logo a perder em qualquer jogo. Até conseguir vencer este problema, não vou com certeza conseguir fazer nada de jeito...
3. O factor físico continua a limitar o meu jogo. Não tanto pela tendinite, que curiosamente não me afecta nem no squash nem no futebol, mas mais pela falta de descanso. Ossos do ofício paterno.
4. Acho que continuo a evoluir... mas muito lentamente. É claro que a falta de tempo de jogo não ajuda.
Enfim. Próximo jogo é contra um potencial vencedor do torneio (pelo menos parece, pois já conseguiu derrotar o campeão em título). Nem vou comentar as perspectivas... :)
Na sexta-feira tive o meu 4º jogo do torneio de squash. Foi um jogo intenso, bem jogado, mas que apesar de considerar a minha prestação positiva, acabou da mesma forma: 0-3 (8-11; 7-11; 7-11).
No ano passado perdi da mesma forma contra este adversário. Desta vez, fui jogar sem qualquer tipo de pressão e entrei bastante descontraído. O jogo podia ter caído para qualquer dos lados, tal como admitiu o meu adversário, mas mais um vez quando chego aos 7 ou 8 pontos (em vantagem) não consigo ter a calma/concentração necessária para acabar com os sets.
O jogo foi de tal maneira intenso que, no final, o meu adversário disse que se tivesse que jogar mais um set acabaria por perder o jogo. Recebi bastantes elogios "evoluiste muito desde o ano passado", "jogaste bem", etc etc, mas o que é facto é que o que fica para a história é: 0-3!...
Analisando friamente as minhas prestações no squash, globalmente só posso concluir o seguinte:
1. Não tenho, com toda a certeza, espírito competitivo. Ou melhor, se tivesse que avaliar a minha predisposição para a competição, de 0 a 100, acho que daria um.... 9. Este é, para mim, o meu principal problema neste torneio.
2. O factor psicológico está de rastos. Os constantes 0-3 fazem com que, inconscientemente, entre logo a perder em qualquer jogo. Até conseguir vencer este problema, não vou com certeza conseguir fazer nada de jeito...
3. O factor físico continua a limitar o meu jogo. Não tanto pela tendinite, que curiosamente não me afecta nem no squash nem no futebol, mas mais pela falta de descanso. Ossos do ofício paterno.
4. Acho que continuo a evoluir... mas muito lentamente. É claro que a falta de tempo de jogo não ajuda.
Enfim. Próximo jogo é contra um potencial vencedor do torneio (pelo menos parece, pois já conseguiu derrotar o campeão em título). Nem vou comentar as perspectivas... :)
sábado, 26 de janeiro de 2013
ROAD TO MANCHESTER 2013
Já algum tempo que andava a procura de um pretexto para fazer uma corrida no estrangeiro.
Com o Amigo Tó, a trabalhar em Manchester e com a companhia do corredor Eduardo R., achei que deveria aproveitar a oportunidade para ver como se corre lá fora.
Assim sendo, a 26/05 o ponto de encontro será no centro de Manchester.
É claro que o diário do evento será narrado aqui!
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Os Verdadeiros Campeões
Numa altura em que se fala de mitos do desporto e da sua
queda, lembrei-me da seguinte questão: quem são afinal os verdadeiros campeões?
A minha resposta será que os verdadeiros campeões são simples
seres humanos que fazem coisas simples, que se superam e alcançam coisas
simples mas cheias de significado. No desporto também há muitos campeões, não é
só aquele que chega em 1ºlugar que é um campeão. Às vezes vemos que aquele que
ganha não se comporta com um campeão logo talvez não seja um verdadeiro
campeão.
Na minha perspectiva, um Campeão inspira, um Campeão faz com
que o seu resultado signifique algo, um Campeão faz com que o seu comportamento
contribua para um mundo melhor. Podem me dizer que no dicionário campeão é aquele
que fica em 1ºlugar mas eu estou a falar de verdadeiros Campeões, com C
maiúsculo.
Será que a sociedade em geral através da veneração daqueles
que ganham “títulos” não contribui para que hajam pessoas a querer ganhar a
todo o custo? Não será altura de olharmos de forma diferente para as
competições? Há bastante tempo que se fala de fair-play mas não será altura de
o colocar verdadeiramente em prática?
No desporto há atletas talentosos, com desempenhos notáveis
e há que admirar o seu talento. Mas se depois de expor o seu talento os
atletas não tiverem a capacidade de tornar isso significante de que é que
serve?
Como um Amigo meu diz: “Não é preciso vencer para ser um
campeão”!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Derrota natural
Depois de um bom jogo na semana passada - ainda que com derrota - entrava para a partida de hoje animado e optimista. Ia jogar contra um dos mais fortes do campeonato, e isso fazia com que estivesse descontraído, sem qualquer pressão, mas ao mesmo tempo entusiasmado depois do bom jogo que fiz na última semana.
E isso viu-se no primeiro set. Comecei muito bem, ganhei vantagem de 1 ou 2 pontos e mantive-me sempre assim, ou empatado, até aos 7-7. Até que, com três jogadas muito bem conseguidas cheguei ao 10-7.
10-7
10-7
10-7
Não me canso de o repetir. 10-7! Claro está que ainda fui perder isto, né??!!! Precisava apenas de um ponto para vencer o set contra um dos 3 ou 4 melhores jogadores do torneio e o que é que fui fazer? Perder. Falhei 2 ou 3 bolas sem sequer lhe acertar e as outras foram mérito do adversário. Parecia um jogador completamente diferente daquele que tinha feito o resto do set e perdi 5 pontos seguidos, dando o set ao adversário. Até ele me disse que nunca poderia ter perdido o set daquela forma...
Os sets que se seguiram foram perfeitamente normais. Não posso dizer que tenha jogado mal, mas ele tem um nível de jogo muito superior ao meu.
Antes do jogo nunca achei possível ganhar-lhe um set, mas agora o sentimento de frustração de não ter conseguido aquele ponto é grande. Seriam dois sets ganhos a dois dos melhores do torneio em dois jogos consecutivos...
É a vidinha.
Para a semana há mais.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Regresso aos 10 Km com sabor agridoce...
Hoje foi o dia em que regressei à "competição" individual, desde a malfadada Meia Maratona de Portugal, realizada em Setembro de 2012. Malfadada, quero eu dizer, por ter resultado na tal tendinite que me vem a atormentar desde então.
Foi uma corrida para a qual não me preparei particularmente bem, pois já não corria há +/- semana e meia, e também por isso não tinha definido qualquer meta ou objectivo.
Para mim, o resultado foi excelente. Ao que parece, bati o meu recorde pessoal por uns segundos, sendo o anterior 55m11s e o atual 55m00s. Só aqui já ganhei o dia...
No entanto, o resultado ganha maior destaque dado o cansaço acumulado pelas últimas noites, pela "carga extra" que levava da festa do meu aniversário no dia anterior, e pela constipação que não me larga desde a semana passada.
Assim, só posso estar contente com a minha prestação, até porque o percurso da prova de hoje não é propriamente plano:
Eis o resultado final:
Os tais 41s que estão ali foi o tempo que demorei desde o tiro de partida até passar a linha de partida.
Quanto à prova em si, senti-me bem desde o ínicio, tendo inclusivamente andado intercaladamente a um ritmo abaixo dos 5 minutos por quilómetro nos primeiros 2 quilómetros. Depois, a minha falta de frescura física e de preparação obrigou-me a abrandar, pois percebi que não conseguiria continuar a correr daquela maneira (ainda para mais porque a primeira parte da corrida foi a subir!!). Passei os 5 Km aos 27 minutos certos, altura do reabastecimento, e até ao 8º quilómetro senti-me bem. Estava confiante na minha corrida e na minha passada e foi então que... senti algo na minha perna esquerda. Era ela, a p*** da tendinite estava de volta... Tive que abrandar bastante o ritmo, para não piorar o que já sabia que estava a acontecer. E assim, algo frustrado cheguei ao fim, com um bom tempo sim senhor, mas com a certeza de que não fosse a minha limitação presente e o meu recorde pessoal seria outro...
Segue-se a recuperação novamente. Sinto-me um bocado desanimado...
Foi uma corrida para a qual não me preparei particularmente bem, pois já não corria há +/- semana e meia, e também por isso não tinha definido qualquer meta ou objectivo.
Para mim, o resultado foi excelente. Ao que parece, bati o meu recorde pessoal por uns segundos, sendo o anterior 55m11s e o atual 55m00s. Só aqui já ganhei o dia...
No entanto, o resultado ganha maior destaque dado o cansaço acumulado pelas últimas noites, pela "carga extra" que levava da festa do meu aniversário no dia anterior, e pela constipação que não me larga desde a semana passada.
Assim, só posso estar contente com a minha prestação, até porque o percurso da prova de hoje não é propriamente plano:
Eis o resultado final:
Os tais 41s que estão ali foi o tempo que demorei desde o tiro de partida até passar a linha de partida.
Quanto à prova em si, senti-me bem desde o ínicio, tendo inclusivamente andado intercaladamente a um ritmo abaixo dos 5 minutos por quilómetro nos primeiros 2 quilómetros. Depois, a minha falta de frescura física e de preparação obrigou-me a abrandar, pois percebi que não conseguiria continuar a correr daquela maneira (ainda para mais porque a primeira parte da corrida foi a subir!!). Passei os 5 Km aos 27 minutos certos, altura do reabastecimento, e até ao 8º quilómetro senti-me bem. Estava confiante na minha corrida e na minha passada e foi então que... senti algo na minha perna esquerda. Era ela, a p*** da tendinite estava de volta... Tive que abrandar bastante o ritmo, para não piorar o que já sabia que estava a acontecer. E assim, algo frustrado cheguei ao fim, com um bom tempo sim senhor, mas com a certeza de que não fosse a minha limitação presente e o meu recorde pessoal seria outro...
Segue-se a recuperação novamente. Sinto-me um bocado desanimado...
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O que fazer com isto?
Pois que à luz dos recentes desenvolvimentos já passei largos momentos a pensar no que havia de fazer com ela. E já decidi.
Lance Armstrong, a morte de um herói
Hoje acordei triste, decepcionado, com um sentimento de traição. Estive acordado até às 4h da manhã a ver a entrevista que Lance Armstrong deu a Oprah Winfrey, na qual confessou que era um dopado. Para mim foi a morte de um herói.
Sempre gostei de heróis. Quando era pequeno idolatrava o Super-Homem, o Batman, o Homem-Aranha, Zorro, entre muitos outros. Lia os livros, via os desenhos-animados e os filmes criados à volta destas personagens imaginárias. Mas um tipo vai crescendo e aquilo que parece natural aos 10, 12 ou 14 anos, começa a ser ridículo quando se atinge uma certa idade. Sim, continuava a gostar deles, mas eram apenas histórias. Precisava de encontrar um herói real. Em 1999 ele apareceu. Lance Armstrong regressava, depois de uma batalha pela vida e aparecia triunfante. Vencido o cancro ele não se contentou em viver com humildade e agradecer o facto de ter sobrevivido. Ele queria mais e foi à procura disso. Chegou e venceu, não uma ou duas, mas sete vezes. Estava encontrado o herói. Agora, mais de uma década depois, esse herói morreu... Não, morreu não é a palavra mais adequada... Ele afinal nunca existiu. Assim é que é.
Lance Armstrong, como herói, só existiu devido ao imaginário de Lance Armstrong, a fraude desportiva. Ele construiu uma história de sucesso em seu redor e levou-nos a todos a acreditar. Eu acreditei. Eu pedalava com ele, curvado nos contra-relógios, em busca dos segundos necessários à vitória; eu punha-me em pé na bicicleta com ele, determinado a vencer as mais duras subidas nos Alpes franceses. Eu via-me ali, em cima daquela bicicleta. Sofria com Lance como se cada gota de suor que ele deitasse do corpo fosse também minha. Hoje, afinal, sei que as minhas pequenas gotas de suor nos meus treinos são mais valiosas que as dele.
O argumento que deu a Oprah foi que as regras assim o permitiam. Todos sabiam as regras e todos sabiam como as contornar. Quem não o fez foi porque não quis. Isso não serve de desculpa para nada. NADA. Lance Armstrong tomou de assalto uma das competições mais espectaculares do planeta e tornou-a numa fraude. Quem era o justo vencedor do Tour entre 1999 e 2005? Quem? o 2º classificado? o 56º? Quem, afinal?
Mas Armstrong não se limitou a vencer e a fazer fortuna com essas vitórias. Ao longo de todos estes anos, em que todos lhe apontavam dedos, ele abriu processos judiciais, insultou pessoas, destruiu carreiras a profissionais que, afinal, falavam a verdade.
Para mim Lance morreu na madrugada de ontem, mais exactamente às 2h03 minutos, quando respondeu SIM à primeira pergunta de Oprah, sobre se tinha consumido substâncias dopantes proibidas. Agora só espero que seja perseguido em todas as medidas da lei, desportiva e criminal. Se outros foram para a prisão, espero que também ele vá fazer flexões no chão de uma cela. E durante sete anos, no mínimo, um por cada um dos Tours de ludribiou.
Mas não sei se tal irá acontecer. Sinceramente o passo seguinte será um dia alguém encontrar Lance morto, com uma bala na cabeça ou uma corda enrolada à volta do pescoço. Para mim é o passo natural a dar. E pode fazê-lo aqui, no meio de todos os seus troféus imaginários.
Que grande FDP!
MENTIROSO, VIGARISTA, FRAUDE, TRAIDOR
Estou a ver a entrevista de Lance Armstrong e não consigo deixar de estar revoltado. Aquele que era, até há alguns minutos, o meu herói no desporto, é agora a pessoa que mais odeio no desporto.
Acabou de admitir tudo. Que sim, se dopou, que sim, geria um sistema de dopagem. Disse que todos os outros faziam e que as regras funcionavam de forma diferente. Quero lá saber disso!
Disse também que parou de se dopar em 2005 e que o terceiro lugar no Tour de 2009 foi obtido sem doping. NÃO ACREDITO. Não acredito em mais uma palavra que saia da boca deste homem. É uma vergonha. Para mim só lhe resta uma coisa. Sacar de uma pistola e espetar uma bala na testa.
Disse também que parou de se dopar em 2005 e que o terceiro lugar no Tour de 2009 foi obtido sem doping. NÃO ACREDITO. Não acredito em mais uma palavra que saia da boca deste homem. É uma vergonha. Para mim só lhe resta uma coisa. Sacar de uma pistola e espetar uma bala na testa.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Objectivos desportivos para 2013
Em 2013 tenho como objectivo realizar pelo menos 10 provas de atletismo,
nas quais se incluem a participação em uma meia-maratona e se possível um trail.
Em termos de resultados, o objectivo é baixar a fasquia dos
50 minutos aos 10 kms.
Além da corrida pretendo continuar a prática da natação.
O mais importante é o convívio entre Amigos e praticar
desporto de forma salutar J
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
0-3... Outra vez...
Hoje estou extremamente cansado. A falta de sono tem sido uma constante há já bastante tempo, mas ainda assim comecei o jogo de hoje (3ª jornada do torneio de squash) com a expectativa de conseguir pontuar, já que me sentia bem. Deu tudo o que tinha, fisicamente, mas não chegou.
Foi um jogo contra um adversário bem mais experiente, melhor tecnicamente do que eu, mas bem mais velho, logo a táctica teria que ser um jogo mais físico. Deveria ter ganho, mas ele esteve bem no controlo do jogo e sempre que foi preciso deu a volta. Prova disso é que no 1º set cheguei aos 7 pontos à frente, e ele deu a volta e ganhou 11-7. No segundo set, cheguei aos 8 pontos à frente, e ele deu a volta e ganhou 11-8. No último set... 11-8 da mesma forma... Irra, que irritante! Sempre com o jogo na mão (pensava eu) e o velhote deu sempre a volta...
Teve mérito sim senhor, e ele foi um justo vencedor, mas que fica um amargo na minha boca... isso fica.
Foi um jogo contra um adversário bem mais experiente, melhor tecnicamente do que eu, mas bem mais velho, logo a táctica teria que ser um jogo mais físico. Deveria ter ganho, mas ele esteve bem no controlo do jogo e sempre que foi preciso deu a volta. Prova disso é que no 1º set cheguei aos 7 pontos à frente, e ele deu a volta e ganhou 11-7. No segundo set, cheguei aos 8 pontos à frente, e ele deu a volta e ganhou 11-8. No último set... 11-8 da mesma forma... Irra, que irritante! Sempre com o jogo na mão (pensava eu) e o velhote deu sempre a volta...
Teve mérito sim senhor, e ele foi um justo vencedor, mas que fica um amargo na minha boca... isso fica.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Sabor a vitória
Depois de dois jogos muito maus, eis que mostrei finalmente um nível interessante de jogo. Não fosse estar a jogar contra um dos melhores do torneio e teria, certamente, ganho o jogo. Assim ganhei só um set.
Mas é um ponto que sabe a vitória. No ano passado, contra este mesmo adversário, não tive nem sequer perto de pontuar, mas hoje ganhei um set e estive na disputa, até à negra, de outro. É verdade que posso ter sido beneficiado de algum cansaço da parte dele - admito isso -, mas não foi isso que me fez ter calma, não inventar, bater as bolas certinhas e para o sítio que deviam ir.
Apesar de ter começado mal, recompus-me e ganhei uma vantagem grande logo a abrir o 2º set. Depois no terceiro o jogo foi mais disputado e veio ao de cima a qualidade superior do adversário, mas no 4º set a coisa voltou a ser muito disputada. Cheguei a ter tudo perdido, com 10-7, mas recuperei para 10-10. Depois não deu mais, mas acabei o jogo com sensação de missão cumprida.
Situação actual
3 jogos
3 derrotas
3 pontos conquistados
Mas é um ponto que sabe a vitória. No ano passado, contra este mesmo adversário, não tive nem sequer perto de pontuar, mas hoje ganhei um set e estive na disputa, até à negra, de outro. É verdade que posso ter sido beneficiado de algum cansaço da parte dele - admito isso -, mas não foi isso que me fez ter calma, não inventar, bater as bolas certinhas e para o sítio que deviam ir.
Apesar de ter começado mal, recompus-me e ganhei uma vantagem grande logo a abrir o 2º set. Depois no terceiro o jogo foi mais disputado e veio ao de cima a qualidade superior do adversário, mas no 4º set a coisa voltou a ser muito disputada. Cheguei a ter tudo perdido, com 10-7, mas recuperei para 10-10. Depois não deu mais, mas acabei o jogo com sensação de missão cumprida.
Situação actual
3 jogos
3 derrotas
3 pontos conquistados
sábado, 12 de janeiro de 2013
Como é, Lance?
Dia 17, 5ª feira, Lance Armstrong vai dar a primeira grande entrevista depois de ter sido condenado por doping e ter visto toda uma carreira apagada dos registos. Em especial, claro, as sete vitórias no Tour. Perdeu patrocinadores, parceiros e até a Fundação LiveStrong teve de abandonar. Resta-lhe, por agora, o apoio dos fãs... como eu.
Mas o que vai Armstrong dizer a Oprah Winfrey?...
Hip A - Conforme correm os boatos, admitir que, sim senhor, se dopou durante a carreira ou, pelo menos, a melhor parte dela.
Hip B - Dizer que é inocente e revelar os traços da conspiração que o envolveu nos últimos meses.
Para já a hipótese A ganha força e nem quero acreditar que isso vá acontecer. A inocência, aos olhos dos fãs, é a única coisa que lhe resta. Para esses os sete tours são dele e de mais ninguém. Se confessar o doping, tudo isso vai por água abaixo. Mas o que ele tem a ganhar com essa confissão? Não vejo o quê, sinceramente. Perde toda a credibilidade, ninguém se vai querer associar ao seu nome e arrisca-se a ter de indemnizar, fortemente, quem investiu nele e o patrocinou. Será a ruína total!
Caso seja a hipótese B, tudo continuará como está, a não ser que apresente provas de tal forma fortes que o caso dê uma reviravolta total...
Seja como for a escolha da entrevista foi a dedo. Em qualquer dos casos Lance vai fazer-se de vítima. Ou porque se dopou, devido a seu passado e historial clínico, ou porque não se dopou e está a ser tramado.
Da parte que me toca espero que seja a segunda hipótese. Porque se ouvir da boca de Lance a frase "Dopei-me, sou um batoteiro" vai-me ser muito difícil voltar a acreditar em heróis no desporto. Bolts, Phelps, Cristianos Ronaldos, Messis, Rosas Motas, Carlos Lopes... de hoje, de ontem ou de amanhã, olharei para todos com enorme desconfiança.
E o que é o desporto sem heróis? Por isso, cuidado com o que dizes, Lance!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Mail Genial
ATENÇÃO: Este texto NÃO é da minha autoria, e chegou-me hoje à minha caixa de correio eletrónico. Sem saber se o autor foi o remetente do mail ou outra pessoa qualquer, vou aqui replicá-lo por achar que vale a pena partilhar. Muito interessante mesmo. Feita esta ressalva, aqui vai:
"Há três mistérios relacionados com a corrida que ainda ninguém conseguiu explicar.
Primeiro: o que faz do ser humano o animal terrestre com mais endurance à face da terra, conseguindo mais facilmente cobrir longas distâncias do que qualquer outro? Em termos de velocidade, o ser humano é um aselha: cães, esquilos, leões, cavalos, burros, esquilos, lobos, coiotes, elefantes, girafas, avestruzes, veados, linces, antílopes, cabras, gazelas, gnus, ursos, rinocerontes, javalis, gorilas, chitas… são todos mais rápidos do que o ser humano. A chita, o animal mais rápido à face da terra, consegue atingir velocidades máximas de 120 km/h, enquanto que o ser humano – aqui representado pelo recordista do mundo dos 100 metros Usain Bolt – se fica pelos 44km/h. Agora no que toca a longas distâncias, aí, meus amigos, aí ninguém nos bate. Peguem no Scott Jurek, peguem num animal à vossa escolha, coloquem-nos lado a lado às portas do Mosteiro dos Jerónimos, dêem o tiro de partida e depois vamos ver quem primeiro consegue chegar ao estádio do dragão e nele dar uma volta de honra… ah, esperem, é verdade, o estádio do dragão, assim como todos os demais estádios construídos aquando do Euro 2004, foram concebidos sem pista de atletismo… enfim, vocês percebem onde eu quero chegar. Aposto o que quiserem que primeiro chegaria o Homem; não porque o Homem é mais forte, não porque o Homem é mais rápido, não porque o Homem é mais inteligente, mas apenas porque o Homem transpira mais. Não há paralelo no reino animal de uma outra espécie dotada com tão grande capacidade sudorífera, capaz de regular a temperatura corporal melhor do que qualquer outra. Imaginemos, por momentos, para efeitos comparativos, que o adversário do Scott Jurek é um cavalo: aconteceria que o cavalo, embora mais rápido, teria, ao contrário do Scott, de parar de tempos a tempos de maneira a diminuir a sua temperatura corporal, que no seu caso é apenas possível – tanto no cavalo como na maioria dos animais terrestres – por meio da respiração; e apenas através da respiração não é possível regular a temperatura corporal em movimento, pelo que o animal (qualquer outro animal) teria obrigatoriamente de parar sob pena de morrer por exaustão. Para que não restem dúvidas, resta-me dizer que esta experiência já foi levada a cabo – não em Portugal – e que o Homem levou a melhor sobre o cavalo. No sentido de tout de suite eliminar a dúvida que neste momento assola o vosso cérebro, quero-vos assegurar (com a máxima convicção com que alguém pode assegurar seja o que for) que o tal do Scott seria capaz de correr – correr, não caminhar – entre Lisboa e Porto sem parar e que fá-lo-ia, tendo em conta que são 300 e poucos km, em cerca de 24 horas. No que às longas distâncias diz respeito, daqui pode-se portanto concluir que a rapidez dos outros animais não compensa o facto destes se verem obrigados a parar para regularizar a sua temperatura corporal – pois quando param, param mesmo, e durante longos períodos de tempo, nomeadamente se a temperatura ambiente for elevada.
Segundo: como explicar o facto das mulheres se aproximarem dos homens em termos competitivos à medida que a distância aumenta? Falando de velocidade pura e crua, a mulher é uma aselha em comparação com o homem: faça-se uma corrida entre os campeões olímpicos masculino e feminino dos 100 metros e o macho, sem apelo nem agravo, dá uma banhada à mulher, deixando-a a quase 1 segundo e meio – o que, em termos de distância, corresponde a cerca de 15 metros. No entanto, se ao invés dos 100 metros estivermos a falar de uma Ultramaratona, nomeadamente daquelas para cima de 100 milhas (160 km), nesse caso o caso muda radicalmente de figura: não é a regra, é certo, mas já por mais de uma vez mulheres houveram que ganharam provas deste calibre – e desconfio que só não ganham mais porque os seus níveis de participação neste e noutros tipos de eventos desportivos é consideravelmente inferior ao dos homens – sendo que regularmente as podemos encontrar no top 10 das Ultramaratonas mais cotadas do mundo.
Terceiro: como explicar a gradual porém diminuta perda de performance que um atleta experimenta ao longo dos anos em provas de longa distância? Explicando de outro modo, através de um exemplo: em termos estatísticos, se uma pessoa – homem ou mulher – com 19 anos e sem passado de prática desportiva começasse hoje a treinar com vista a uma Maratona a realizar daqui a 4 meses, o mais provável é que o resultado que ele ou ela obteria seria o mesmo que ele ou ela conseguiria eventualmente obter com 67 anos de idade, à condição de que durante esse tempo (entre os 19 e os 67) ele ou ela tivesse regularmente continuado a treinar e a participar em Maratonas. Estudos mostram que os atletas que começam a treinar para a Maratona à volta dos 19 anos atingem o seu pico de performance desportiva por volta dos 27, 28 anos, e que só cerca de 40 anos depois voltam ao ponto onde estavam aos 19 anos. Pondo as coisas de uma forma mais simples e ao mesmo tempo mais rural e sofisticada, a pergunta a fazer é a seguinte: porque raio é que os velhos são tão bons when it comes to provas de longa distância?
Agora imaginem que há uma teoria recente, que dá pelo nome de “A hipótese da corrida de endurance”, capaz de explicar os três mistérios acima brilhantemente expostos. A “hipótese da corrida de endurance” sustenta que – e aqui vou citar a wikipedia – “antes da invenção da lança, a primeira arma de projéctil, há 200.000 anos atrás, os humanos antigos usariam a caça de persistência (também conhecida como caça por exaustão), em que, ao invés de tentar superar os animais pela velocidade, estes seriam perseguidos ao longo de grandes distâncias até entrarem em sobreaquecimento, sendo depois mortos por meio de um objecto pontiagudo. Assim, as adaptações que favoreçam a capacidade de correr longas distâncias teriam sido favorecidas nos seres humanos. Depois das armas de projéctil terem sido desenvolvidas – em tempos evolutivamente recentes – a importância da corrida de longa distância diminuiu, mas as características permaneceram. A descrição da teoria explica, por si só, o primeiro dos mistérios. Quanto ao segundo e terceiro, estes decorrem simplesmente do facto de toda a comunidade ter obrigatoriamente de se deslocar atrás da caça, o que inclui os velhos e as mulheres. Como é fácil de perceber, não faria qualquer sentido perseguir um veado até à exaustão durante 100 km e depois ter de voltar com o veado às costas para alimentar a família; tivessem telemóvel e enviariam um sms com a localização do jantar, mas naquela altura apenas os homens caçavam e, como se sabe, os homens detestam mandar sms. É sabido, por outro lado, que as mulheres com crianças lactantes são as que mais beneficiam das proteínas da carne; e que é perfeitamente natural pressupor que a experiência dos indivíduos mais velhos fosse indispensável durante a caça com vista a, por exemplo, escolher qual presa perseguir ou, segundo exemplo, indicar a direcção que a caça deve tomar através da leitura de pistas, como seja o caso de pegadas. Aquilo que para mim, no entanto, melhor sustenta esta teoria são as características directamente associadas ao acto de correr que ainda hoje podemos encontrar no corpo humano e que pouco ou nada têm a ver com o simples acto de caminhar. Eis umas quantas:
(1) ausência de pêlo e a abundância de glândulas sudoríferas como mecanismo de perda de calor;
(2) dedos dos pés pequenos;
(3) músculos dos glúteos enormes (que ajudam a manter o equilíbrio durante a corrida);
(4) a conhecida capacidade humana para a endurance em provas tais como as Ultramaratonas;
(5) a tendência para armazenar gordura corporal (que funciona como reserva energética aquando da realização de esforços prolongados);
(6) pernas compridas e tendões que funcionam como molas;
(7) intolerância por um estilo de vida sedentário, no que toca à obesidade, diabetes e outras doenças;
(8) capacidade de respirar pela boca enquanto se corre.
E agora imaginem que há uma tribo de superatletas no México que atestam grande parte do que foi dito anteriormente. Os “Tarahumara” são uma tribo que remontam à época dos Azetecas e que, ao invés destes, decidiram fugir quando os conquistadores espanhóis apareceram para tomar o seu território. Os Azetecas ficaram, lutaram e acabaram dizimados; os Tarahumara, por seu lado, ainda hoje podem ser encontrados ao longo de uma rede de cordilheiras recônditas do norte do México. E o mais incrível é que ainda hoje conservam o estilo de vida seguido pelos seus antepassados: já não caçam por exaustão, é certo, mas ainda mantêm um nível de actividade física fora do comum que lhes permite, por exemplo, cobrir quase 700km em 2 dias. Descalços. Se não acreditam, vejam com os vossos próprios olhos o vídeo abaixo publicado. Parte do seu segredo tem a ver com a alimentação – de entre a qual se destaca uma espécie de cerveja caseira com baixo teor em álcool e elevado teor em hidratos de carbono – e com o facto de, justamente, correrem descalços. Correr descalço não é uma desvantagem, muito pelo contrário: correr descalço é a forma mais natural de correr. Explico-me melhor repetindo algo que já disse aqui: em corrida e ao contrário do que se possa pensar, não é correcto iniciar os apoios pelo calcanhar, uma vez que o pé é depois obrigado a rodar sobre si próprio até que a sua ponta entre em contacto com o solo, de maneira a desencadear a impulsão para a passada seguinte. Além do esforço suplementar envolvido nesta acção, isto resulta em tempo perdido. Aliás, nem é correcto nem tão-pouco é natural. Basta caminhar meia dúzia de metros descalço para o comprovar, pois logo nos apercebemos de que não é o calcanhar que primeiro toca o solo; mas antes – e aqui corrijo o que antes havia escrito – a parte da frente da planta do pé, entre o metatarso e os dedos. E o que o calçado faz – sobretudo o mais pesado, aquele que promete mais amortecimento – é justamente forçar o atleta a iniciar os apoios pelo calcanhar. E isto, acrescendo às desvantagens atrás apontadas, expõe o atleta a mais lesões devido ao maior impacto que este movimento produz. Por outras palavras, digamos que o último local dos vossos pés com que vocês quererão aterrar depois de saltarem de um muro são os vossos calcanhares – e, desconfio, que vocês não precisam sequer de levar a cabo tal experiência; todos sabemos de que forma a mesma acabaria: com muitas dores, certamente. Exemplo: reparem, na imagem acima publicada, como o pé do Scott está prestes a apoiar primeiro o calcanhar no chão enquanto que o corredor Tarahumara, pelo contrário, está prestes a fazê-lo com a parte da frente do pé. Hoje em dia, à luz destas novas evidencias, há quem enverede pelo caminho mais fundamentalista e proponha o boicote total ao calçado de corrida, advogando que a única forma saudável de correr é correr descalço. Eu até era capaz de concordar caso tivesse à minha disposição um percurso de terra fofinha ou, melhor ainda, relvado, onde pudesse correr à vontade e não me sujeitar a ver a minha planta do pé constantemente perfurada por pedras ou cacos de garrafas de cerveja. A minha posição, parece-me a mim, fica a meio caminho entre os aludidos fundamentalistas e aqueles ligados ao lobby das empresas de material desportivo que dizem que isto de correr descalço só está ao alcance de alguns predestinados com características biomotoras fora do normal. Daí a minha procura de calçado cada vez mais minimalista que proporcione a corrida mais natural possível sem o risco, repito, de ver a minha planta do pé constantemente perfurada por pedras ou cacos de garrafas de cerveja.
Resta dizer – e isto é o mais bonito de entre todas as coisas bonitas escritas neste texto – que os Tarahumara são um povo pacífico e imunes a doenças cujos sintomas incluam o stress, diabetes e colesterol. Será por correrem? Não sei, mas mal não deve fazer.
Quanto ao resto, vai-se andando."
"Há três mistérios relacionados com a corrida que ainda ninguém conseguiu explicar.
Primeiro: o que faz do ser humano o animal terrestre com mais endurance à face da terra, conseguindo mais facilmente cobrir longas distâncias do que qualquer outro? Em termos de velocidade, o ser humano é um aselha: cães, esquilos, leões, cavalos, burros, esquilos, lobos, coiotes, elefantes, girafas, avestruzes, veados, linces, antílopes, cabras, gazelas, gnus, ursos, rinocerontes, javalis, gorilas, chitas… são todos mais rápidos do que o ser humano. A chita, o animal mais rápido à face da terra, consegue atingir velocidades máximas de 120 km/h, enquanto que o ser humano – aqui representado pelo recordista do mundo dos 100 metros Usain Bolt – se fica pelos 44km/h. Agora no que toca a longas distâncias, aí, meus amigos, aí ninguém nos bate. Peguem no Scott Jurek, peguem num animal à vossa escolha, coloquem-nos lado a lado às portas do Mosteiro dos Jerónimos, dêem o tiro de partida e depois vamos ver quem primeiro consegue chegar ao estádio do dragão e nele dar uma volta de honra… ah, esperem, é verdade, o estádio do dragão, assim como todos os demais estádios construídos aquando do Euro 2004, foram concebidos sem pista de atletismo… enfim, vocês percebem onde eu quero chegar. Aposto o que quiserem que primeiro chegaria o Homem; não porque o Homem é mais forte, não porque o Homem é mais rápido, não porque o Homem é mais inteligente, mas apenas porque o Homem transpira mais. Não há paralelo no reino animal de uma outra espécie dotada com tão grande capacidade sudorífera, capaz de regular a temperatura corporal melhor do que qualquer outra. Imaginemos, por momentos, para efeitos comparativos, que o adversário do Scott Jurek é um cavalo: aconteceria que o cavalo, embora mais rápido, teria, ao contrário do Scott, de parar de tempos a tempos de maneira a diminuir a sua temperatura corporal, que no seu caso é apenas possível – tanto no cavalo como na maioria dos animais terrestres – por meio da respiração; e apenas através da respiração não é possível regular a temperatura corporal em movimento, pelo que o animal (qualquer outro animal) teria obrigatoriamente de parar sob pena de morrer por exaustão. Para que não restem dúvidas, resta-me dizer que esta experiência já foi levada a cabo – não em Portugal – e que o Homem levou a melhor sobre o cavalo. No sentido de tout de suite eliminar a dúvida que neste momento assola o vosso cérebro, quero-vos assegurar (com a máxima convicção com que alguém pode assegurar seja o que for) que o tal do Scott seria capaz de correr – correr, não caminhar – entre Lisboa e Porto sem parar e que fá-lo-ia, tendo em conta que são 300 e poucos km, em cerca de 24 horas. No que às longas distâncias diz respeito, daqui pode-se portanto concluir que a rapidez dos outros animais não compensa o facto destes se verem obrigados a parar para regularizar a sua temperatura corporal – pois quando param, param mesmo, e durante longos períodos de tempo, nomeadamente se a temperatura ambiente for elevada.
Segundo: como explicar o facto das mulheres se aproximarem dos homens em termos competitivos à medida que a distância aumenta? Falando de velocidade pura e crua, a mulher é uma aselha em comparação com o homem: faça-se uma corrida entre os campeões olímpicos masculino e feminino dos 100 metros e o macho, sem apelo nem agravo, dá uma banhada à mulher, deixando-a a quase 1 segundo e meio – o que, em termos de distância, corresponde a cerca de 15 metros. No entanto, se ao invés dos 100 metros estivermos a falar de uma Ultramaratona, nomeadamente daquelas para cima de 100 milhas (160 km), nesse caso o caso muda radicalmente de figura: não é a regra, é certo, mas já por mais de uma vez mulheres houveram que ganharam provas deste calibre – e desconfio que só não ganham mais porque os seus níveis de participação neste e noutros tipos de eventos desportivos é consideravelmente inferior ao dos homens – sendo que regularmente as podemos encontrar no top 10 das Ultramaratonas mais cotadas do mundo.
Terceiro: como explicar a gradual porém diminuta perda de performance que um atleta experimenta ao longo dos anos em provas de longa distância? Explicando de outro modo, através de um exemplo: em termos estatísticos, se uma pessoa – homem ou mulher – com 19 anos e sem passado de prática desportiva começasse hoje a treinar com vista a uma Maratona a realizar daqui a 4 meses, o mais provável é que o resultado que ele ou ela obteria seria o mesmo que ele ou ela conseguiria eventualmente obter com 67 anos de idade, à condição de que durante esse tempo (entre os 19 e os 67) ele ou ela tivesse regularmente continuado a treinar e a participar em Maratonas. Estudos mostram que os atletas que começam a treinar para a Maratona à volta dos 19 anos atingem o seu pico de performance desportiva por volta dos 27, 28 anos, e que só cerca de 40 anos depois voltam ao ponto onde estavam aos 19 anos. Pondo as coisas de uma forma mais simples e ao mesmo tempo mais rural e sofisticada, a pergunta a fazer é a seguinte: porque raio é que os velhos são tão bons when it comes to provas de longa distância?
Agora imaginem que há uma teoria recente, que dá pelo nome de “A hipótese da corrida de endurance”, capaz de explicar os três mistérios acima brilhantemente expostos. A “hipótese da corrida de endurance” sustenta que – e aqui vou citar a wikipedia – “antes da invenção da lança, a primeira arma de projéctil, há 200.000 anos atrás, os humanos antigos usariam a caça de persistência (também conhecida como caça por exaustão), em que, ao invés de tentar superar os animais pela velocidade, estes seriam perseguidos ao longo de grandes distâncias até entrarem em sobreaquecimento, sendo depois mortos por meio de um objecto pontiagudo. Assim, as adaptações que favoreçam a capacidade de correr longas distâncias teriam sido favorecidas nos seres humanos. Depois das armas de projéctil terem sido desenvolvidas – em tempos evolutivamente recentes – a importância da corrida de longa distância diminuiu, mas as características permaneceram. A descrição da teoria explica, por si só, o primeiro dos mistérios. Quanto ao segundo e terceiro, estes decorrem simplesmente do facto de toda a comunidade ter obrigatoriamente de se deslocar atrás da caça, o que inclui os velhos e as mulheres. Como é fácil de perceber, não faria qualquer sentido perseguir um veado até à exaustão durante 100 km e depois ter de voltar com o veado às costas para alimentar a família; tivessem telemóvel e enviariam um sms com a localização do jantar, mas naquela altura apenas os homens caçavam e, como se sabe, os homens detestam mandar sms. É sabido, por outro lado, que as mulheres com crianças lactantes são as que mais beneficiam das proteínas da carne; e que é perfeitamente natural pressupor que a experiência dos indivíduos mais velhos fosse indispensável durante a caça com vista a, por exemplo, escolher qual presa perseguir ou, segundo exemplo, indicar a direcção que a caça deve tomar através da leitura de pistas, como seja o caso de pegadas. Aquilo que para mim, no entanto, melhor sustenta esta teoria são as características directamente associadas ao acto de correr que ainda hoje podemos encontrar no corpo humano e que pouco ou nada têm a ver com o simples acto de caminhar. Eis umas quantas:
(1) ausência de pêlo e a abundância de glândulas sudoríferas como mecanismo de perda de calor;
(2) dedos dos pés pequenos;
(3) músculos dos glúteos enormes (que ajudam a manter o equilíbrio durante a corrida);
(4) a conhecida capacidade humana para a endurance em provas tais como as Ultramaratonas;
(5) a tendência para armazenar gordura corporal (que funciona como reserva energética aquando da realização de esforços prolongados);
(6) pernas compridas e tendões que funcionam como molas;
(7) intolerância por um estilo de vida sedentário, no que toca à obesidade, diabetes e outras doenças;
(8) capacidade de respirar pela boca enquanto se corre.
E agora imaginem que há uma tribo de superatletas no México que atestam grande parte do que foi dito anteriormente. Os “Tarahumara” são uma tribo que remontam à época dos Azetecas e que, ao invés destes, decidiram fugir quando os conquistadores espanhóis apareceram para tomar o seu território. Os Azetecas ficaram, lutaram e acabaram dizimados; os Tarahumara, por seu lado, ainda hoje podem ser encontrados ao longo de uma rede de cordilheiras recônditas do norte do México. E o mais incrível é que ainda hoje conservam o estilo de vida seguido pelos seus antepassados: já não caçam por exaustão, é certo, mas ainda mantêm um nível de actividade física fora do comum que lhes permite, por exemplo, cobrir quase 700km em 2 dias. Descalços. Se não acreditam, vejam com os vossos próprios olhos o vídeo abaixo publicado. Parte do seu segredo tem a ver com a alimentação – de entre a qual se destaca uma espécie de cerveja caseira com baixo teor em álcool e elevado teor em hidratos de carbono – e com o facto de, justamente, correrem descalços. Correr descalço não é uma desvantagem, muito pelo contrário: correr descalço é a forma mais natural de correr. Explico-me melhor repetindo algo que já disse aqui: em corrida e ao contrário do que se possa pensar, não é correcto iniciar os apoios pelo calcanhar, uma vez que o pé é depois obrigado a rodar sobre si próprio até que a sua ponta entre em contacto com o solo, de maneira a desencadear a impulsão para a passada seguinte. Além do esforço suplementar envolvido nesta acção, isto resulta em tempo perdido. Aliás, nem é correcto nem tão-pouco é natural. Basta caminhar meia dúzia de metros descalço para o comprovar, pois logo nos apercebemos de que não é o calcanhar que primeiro toca o solo; mas antes – e aqui corrijo o que antes havia escrito – a parte da frente da planta do pé, entre o metatarso e os dedos. E o que o calçado faz – sobretudo o mais pesado, aquele que promete mais amortecimento – é justamente forçar o atleta a iniciar os apoios pelo calcanhar. E isto, acrescendo às desvantagens atrás apontadas, expõe o atleta a mais lesões devido ao maior impacto que este movimento produz. Por outras palavras, digamos que o último local dos vossos pés com que vocês quererão aterrar depois de saltarem de um muro são os vossos calcanhares – e, desconfio, que vocês não precisam sequer de levar a cabo tal experiência; todos sabemos de que forma a mesma acabaria: com muitas dores, certamente. Exemplo: reparem, na imagem acima publicada, como o pé do Scott está prestes a apoiar primeiro o calcanhar no chão enquanto que o corredor Tarahumara, pelo contrário, está prestes a fazê-lo com a parte da frente do pé. Hoje em dia, à luz destas novas evidencias, há quem enverede pelo caminho mais fundamentalista e proponha o boicote total ao calçado de corrida, advogando que a única forma saudável de correr é correr descalço. Eu até era capaz de concordar caso tivesse à minha disposição um percurso de terra fofinha ou, melhor ainda, relvado, onde pudesse correr à vontade e não me sujeitar a ver a minha planta do pé constantemente perfurada por pedras ou cacos de garrafas de cerveja. A minha posição, parece-me a mim, fica a meio caminho entre os aludidos fundamentalistas e aqueles ligados ao lobby das empresas de material desportivo que dizem que isto de correr descalço só está ao alcance de alguns predestinados com características biomotoras fora do normal. Daí a minha procura de calçado cada vez mais minimalista que proporcione a corrida mais natural possível sem o risco, repito, de ver a minha planta do pé constantemente perfurada por pedras ou cacos de garrafas de cerveja.
Resta dizer – e isto é o mais bonito de entre todas as coisas bonitas escritas neste texto – que os Tarahumara são um povo pacífico e imunes a doenças cujos sintomas incluam o stress, diabetes e colesterol. Será por correrem? Não sei, mas mal não deve fazer.
Quanto ao resto, vai-se andando."
Assim não vou lá...
Ao segundo jogo do torneio veio a segunda derrota. Muito mau. Pela
derrota e pelo facto de ter perdido um ponto face ao jogo do campeonato
anterior em que, contra este adversário, consegui fazer dois pontos.
O
jogo até não começou mal. Num set muito disputado, consegui nunca estar
em desvantagem. Estive sempre à frente por um ponto ou, na pior das
hipóteses, estávamos empatados. Mas nunca consegui manter um vantagem de
2 pontos. Até ao 12-10.
Se o primeiro set foi bom, os dois que
se seguiram foram catastróficos. Falhei todas as bolas possíveis e
desmotivei. Sem confiança, melhorei no quarto set, mas nessa altura era o
meu adversário quem estava em alta. Batia bem as bolas e não me deu
hipóteses.
O balanço é negativo, claro, não só por não ter
melhorado face ao campeonato anterior - algo que achava ser possível -
mas ainda piorei. E é algo que vai voltar a acontecer se não subir o meu nível de jogo. Estou a bater muito mal na bola, fora do centro da raquete, o que resulta em falhar bolas fáceis e as difíceis, que aos
poucos já ia fazendo, nem pensar.
Tenho de rever estes pormenores
depressa e subir também os meus níveis de concentração. Os próximos jogos,
contra dois adversários de grande qualidade, podem servir para isso. Sem
a pressão de ganhar, vou jogar com calma e, acima de tudo, tentar
aprender alguma coisa.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Demasiado evidente...
Hoje foi o meu segundo jogo no campeonato de Squash da CGD. Infelizmente, tudo decorreu como previsto: uma derrota clara por 0-3 (4-11, 5-11, 4-11) contra um jogador tecnicamente uns furos - uns furos não, uns buracos enormes - acima do meu nível atual. Se no ano passado eu o ia surpreendendo, este ano nem me deu hipótese...
Enfim, quando for grande também vou jogar assim... lol
Amanhã é dia de regresso às corridas. Vamos ver como corre (literalmente)!
Se isto começar a entrar nos eixos, pode ser que lá mais para o meio do ano eu pense em voos mais altos... :)
Enfim, quando for grande também vou jogar assim... lol
Amanhã é dia de regresso às corridas. Vamos ver como corre (literalmente)!
Se isto começar a entrar nos eixos, pode ser que lá mais para o meio do ano eu pense em voos mais altos... :)
sábado, 5 de janeiro de 2013
O Regresso de Jedi... ou talvez não...
Como estou numa de ver os 6 episódios do Star Wars (4 já estão, faltam 2...), inspirei-me na saga para o título do post...
No primeiro dia de prática desportiva em 2013, lá voltei ao Squash depois de uma pausa de uns 4 meses, no mínimo. Infelizmente foi logo para contar para o campeonato, o que aliado ao meu estatuto atual de "coxo" - segundo o Cromo - resultou, como seria de esperar, numa derrota por 0-3 (3-11, 5-11 e 6-11).
Comecei o jogo algo apático, mas depressa entrei no ritmo (apesar do parcial do 1º set não o sugerir). O meu jogo definitivamente não encaixa no do meu adversário, mas ainda assim não tenho dúvidas que se estivesse bem fisicamente, e com mais rotina de squash, conseguiria ganhar um ou outro set e pontuar no campeonato...
O jogo do meu adversário consistiu em colocar bolas altas, cirúrgicas, para o fundo do court. O meu, obviamente consistiu em obrigá-lo a ficar atrás e pôr bolas lá na frente. Quando conseguia, ele não tinha hipótese nenhuma. Nem sequer tentava lá chegar. No entanto, também a falta de confiança a bater a bola não me permitiu fazer melhor.
Resumindo, fiquei satisfeito com o regresso, mas sei que foi uma oportunidade perdida...
E ao segundo dia de desporto em 2013, segundo round no squash, desta vez com a companhia do Rui.
E hoje sim, foi o Regresso de Jedi!! A Força esteve comigo, e o Cromo levou uma lição... ;)
Tive até uma jogada que o deixou completamente atordoado, tal o brilhantismo... LOOOOL
Adivinhem lá, qual vai ser o Round 3?
2ª Jornada do Torneio de Squash... É já na segunda-feira, contra outro dos históricos do Squash da CGD. Também me parece uma tarefa algo complicada... No ano passado tive perto de o surpreender e conseguir pontuar, mas este ano não me parece que ele me dê essa hipótese. A ver vamos.
No primeiro dia de prática desportiva em 2013, lá voltei ao Squash depois de uma pausa de uns 4 meses, no mínimo. Infelizmente foi logo para contar para o campeonato, o que aliado ao meu estatuto atual de "coxo" - segundo o Cromo - resultou, como seria de esperar, numa derrota por 0-3 (3-11, 5-11 e 6-11).
Comecei o jogo algo apático, mas depressa entrei no ritmo (apesar do parcial do 1º set não o sugerir). O meu jogo definitivamente não encaixa no do meu adversário, mas ainda assim não tenho dúvidas que se estivesse bem fisicamente, e com mais rotina de squash, conseguiria ganhar um ou outro set e pontuar no campeonato...
O jogo do meu adversário consistiu em colocar bolas altas, cirúrgicas, para o fundo do court. O meu, obviamente consistiu em obrigá-lo a ficar atrás e pôr bolas lá na frente. Quando conseguia, ele não tinha hipótese nenhuma. Nem sequer tentava lá chegar. No entanto, também a falta de confiança a bater a bola não me permitiu fazer melhor.
Resumindo, fiquei satisfeito com o regresso, mas sei que foi uma oportunidade perdida...
E ao segundo dia de desporto em 2013, segundo round no squash, desta vez com a companhia do Rui.
E hoje sim, foi o Regresso de Jedi!! A Força esteve comigo, e o Cromo levou uma lição... ;)
Tive até uma jogada que o deixou completamente atordoado, tal o brilhantismo... LOOOOL
Adivinhem lá, qual vai ser o Round 3?
2ª Jornada do Torneio de Squash... É já na segunda-feira, contra outro dos históricos do Squash da CGD. Também me parece uma tarefa algo complicada... No ano passado tive perto de o surpreender e conseguir pontuar, mas este ano não me parece que ele me dê essa hipótese. A ver vamos.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
2013... Let the games begin!
Pois é, após os excessos do Natal e da Passagem de Ano lá vou eu iniciar o ano desportivo amanhã. Era para ser hoje, com uma futebolada, mas não havia quórum... tss tss...
É o regresso ao squash, e logo com a 1ª jornada do torneio da CGD a marcar o início de 2013. Já não jogo há uns 3 ou 4 meses, o que aliado à ainda recuperação da minha tendinite e aos quilitos a mais, não augura nada de bom... De qualquer forma, é contra um adversário com quem perdi 3-0 no ano passado. Pior do que isso não pode ser.
Amanhã vem o relato...
É o regresso ao squash, e logo com a 1ª jornada do torneio da CGD a marcar o início de 2013. Já não jogo há uns 3 ou 4 meses, o que aliado à ainda recuperação da minha tendinite e aos quilitos a mais, não augura nada de bom... De qualquer forma, é contra um adversário com quem perdi 3-0 no ano passado. Pior do que isso não pode ser.
Amanhã vem o relato...
São Silvestre 2012
São Silvestre 2012
Uma espécie de Amor-Ódio.
Afinal foi aqui que tudo começou.
Em 2010 fazia a primeira corrida oficial. Aceitando um convite
do Cristiano, fiz a São Silvestre ainda com o itinerário antigo (inicio e final
no Terreiro do Paço, a subida ainda ia só até ao Marquês de Pombal). Nessa
prova o Cristiano deixou-me para trás nessa mesma rotunda. Ele e um gel Isostar. Parece que passou um século!
Este ano mais uma oportunidade para pisar a “Subida Detestável”.
Todo o começo foi um desencontro: Não encontrei o Joel, não
encontrei o Cristiano, não encontrei o Filipe. Cheguei atrasado para a
fotografia da equipa, comecei no pelotão dos +60 minutos. Tive que passar os “Turistas
da Corrida”, os “Jet Set´s do Jogging” e os “Bolt´s de 2 Km”.
As únicas mesas de abastecimento pareciam um drive in do McDonald´s.
Fiquei sem agua. Pouco importa!
Era o que vinha a seguir que eu queria!
Queria calcar aquele alcatrão sujo e entranhado de borracha
e CO2.
A subida Restauradores-Saldanha permite separar a diversão
do sacrifício. E a justeza do esforço é bem premiada. “Tu dás aquilo que tens,
a subida dá-te uma descida completamente louca!”. O segredo é continuar na
descida com a mesma dinâmica da subida. É justo, recebes aquilo que entregas! Por isso a relação amor-ódio que eu tenho com
esta corrida (sobretudo com esta parte do itinerário). Acho que se não tivesse
uma barreira logo a seguir à meta, era bem capaz de ir parar ao Rio Tejo.
Fiz a corrida sem relógio, nunca soube o tempo intermédio e
no final da prova, logo junto à meta oiço 48,27 do meu colega do lado. Um final
bem melhor que o inicio. Sobretudo porque ainda encontrei a dupla do Clube de
Corrida e acabamos o final da tarde a comer pizza e a ver futebol Inglês numa Telepizza da Baixa.
Um GRANDE final portanto …..
UM EXCELENTE ANO DE 2013 PARA TODOS
4000... e Facebook!
No último dia de 2012 este blog recebeu o visitante 4000. Quem foi que se acuse!!
Creio que é um bom número para este diário pessoal que começou por ser de apenas três atletas, mas que já é de quatro. É uma brincadeira que serve de motivação para mais altos voos.
Dezembro foi também o nosso mês mais dinâmico - 30 posts - e com mais visitas - 846.
Para 2013 prometemos muitos quilómetros, suor e, se for preciso, sangue e lágrimas.
Porque, como alguém disse, "vai doer, mas vai ter de acontecer"
Abraço e, já agora, sigam-nos no Facebook...
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