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sexta-feira, 29 de março de 2013

Lawrence Lemieux : um campeão do ideal e espírito olímpico


Em 1988, durante uma prova de Vela nas Olimpíadas de Seul, Lemieux abandonou temporariamente a prova em que competia quando estava em segundo lugar para socorrer dois companheiros de regata de outro barco que haviam caído ao mar. Depois da “operação de resgate”, Lemieux continuou a corrida mas a perda de tempo colocou-o fora da disputa dos primeiros lugares. Ele terminou em 22º lugar numa prova que iniciou-se com 32 participantes.
Embora Lemieux não tenha conquistado uma medalha pela sua classificação na prova, ele foi escolhido para participar na cerimónia de medalhas. Juan Antonio Samaranch, presidente do Comité Olímpico Internacional, entregou a Lemieux a Medalha Pierre de Coubertin, com elogios de desportivismo e coragem, por personificar o ideal e espírito olímpico.
Grande campeão!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Troféus...


Pena que as maratonas de BTT e dos Duatlos não deêm, também, direito a medalhas de participação.
A "montra" já estaria bem mais composta.

Mas não está mal, mesmo assim

Por ordem:
GP Olival de Basto 2011 - 5 kms - 29m 39s
1ª Corrida D.Dinis, Odivelas 2011 - 10 kms - 1h 03m 26s
5ª Corrida Luzia Dias, Lumiar 2012 - 10 kms - 59m 02s
GP Olival de Basto 2012 - 5 kms - 23m 35s
1/2 Maratona de Portugal 2012 - 21,1 kms - 2h 01m 36s
Corrida do Sporting 2012 - 10 kms - 50m 34s
Maratona de Lisboa 2012, por Estafetas #2 - 10,9 kms - 56m 18s
1/2 Maratona de Lisboa 2013 - 21,1 kms - 1h 46m 33s
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Regresso ao Squash.

Após umas semanas sem jogar, e apesar das quantidades industriais de gosma que ando a expelir a um ritmo alucinante nos últimos dias (bonita esta imagem, não?!), ontem joguei mais uma partida para o campeonato da CGD.

Foi uma partida bem disputada, e na qual me vi obrigado a gerir o esforço o melhor que pude. E então foi assim:

1º set: 11-9 para mim. Cheguei aos 8-3 facilmente, pelo que abrandei o ritmo da mesma forma que faz o mestre A.F.. A diferença é que ele é o campeão em título e eu ia lixando o set por culpa própria.

2º set: 9-11. Este set foi taco a taco. Nunca houve uma diferença de mais de 1 ponto até final. Muito bem jogado, mas caiu para o outro lado.

3º set: 9-11. Perdi este set na minha tentativa de gerir o esforço. Aquilo que ia acontecendo no 1º set aconteceu mesmo no 3º. Não se pode perder um set quando se está a ganhar 8-4...

4º set: 12-10. Mais um set extremamente bem disputado. Desta vez a vitória não fugiu, mas teve quase. Estive a perder 8-10.

5º set: A NEGRA. Para contar a história deste set é preciso rebobinar uns minutos... 8-10, 9-10, 10-10, 11-10, 12-10 e PUM! Rebentou.

Resultado final: 2-3 (11-9, 9-11, 9-11, 12-10, 3-11)

O próximo duelo é contra o Cromo. Vale o campeonato! lol
 

terça-feira, 26 de março de 2013

WACKY RACES - MEIA MARATONA LISBOA 2013

MEIA MARATONA DE LISBOA 2013 – WACKY RACES
 

Tinha que dar record pessoal!

E a organização do evento foi a culpada!

A 5 minutos da partida, com o aquecimento já feito, com umas risadas pelo meio, tudo se encaminhava para uma prova agradável e descontraída.

Fiz ponto de situação:

a)      Olhei para baixo – Os ténis estavam nos pés e os atacadores bem atados;
b)      Olhei para cima – Céu nublado, mas não chovia;
c)      Olhei para a direita – WC´s com filas significativas;
d)     Olhei para esquerda – Rui T, o meu “wing man”;
e)      Olhei para trás – Uma multidão (Mini), separada por uma fila de seguranças, a dançar “Harlem Shake”;
f)       Olhei para a frente – Uma corredora, cheia de saúde, de nacionalidade Polaca;
g)      Ainda mais a frente – A Partida

Nesta edição da Meia Maratona, fui dominado pelo pânico!

Basicamente, quando foi dado o tiro de partida da Meia Maratona, não houve qualquer movimentação do pelotão. E de repente, vindo de trás, um grito em uníssono! Uma onda de milhares de pessoas!

Quem foi a “alminha” que deu ordem de marcha à Mini?

Será que esta organização ainda não entendeu, que esta prova só tem a ganhar se se optar por um intervalo entre as duas distancias?

Se o intervalo temporal for de 2 ou 3 minutos, o mesmo não terá qualquer efeito na fluidez da partida, pois o pelotão da Meia Maratona não tem tempo suficiente para sequer passar a linha de partida!

Portanto é fácil de imaginar o que aconteceu. O pelotão da Meia Maratona foi inundado por vagas de participantes da Mini. E de repente, a prova transformou-se numa “Wacky race”. Da esquerda fui “esmagado” por umas avozinhas cheias de pressa. A atleta polaca foi rodeada por uns cavalheiros cheios de testosterona. Ao fundo, já via um grupo com mochilas nas costas e maquinas fotografias “em punho”. Só faltava a Penélope no seu carro cor de rosa com sombrinha e a maquina malvada com o Muttley e a sua risada!

Muttley…………..DO SOMETHING!
 

Eu e o Rui olhámos um para outro e disparámos em sucessivos slaloms dali para fora!

Foi sem duvida um dos factores para termos feito a prova abaixo de 1H50 minutos.

Ao longo da prova as coisas ficaram mais fáceis e só o cansaço não permitia melhores “fellings”.

Ao 17º Km, em plena Algés, virei para a parte final da prova, o Rui tinha dado ordem para “içar vela” e alargar passo.

Ao Km 19, ainda tentei colar-me a uma dupla do Clube Maratona de Badajoz, mas não consegui.

O último Km, foi esforçado e sabendo que iria conseguir fazer um tempo entre 1H45 minutos e 1H46 minutos, ergui o braço bem alto e gritei “Grândola, vila morena….”……….estou a brincar, estava tão cansado que só conseguia respirar!

Meti a medalha no bolso e segui para a relva.

“Esta já ninguém m´a tira!”
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

A Meia-Maratona. Agora a frio

Já passaram cerca mais de 24 horas sobre a Meia-Maratona de Lisboa, tempo mais que suficiente para analisar a frio tudo o que se passou ontem. Realmente foi tudo fantástico, mas há muito mais a contar do que aquilo que escrevi ontem.

A minha paixão por estas provas, sejam de corrida ou btt, vai muito além da parte da "competição". Gosto da adrenalina que se sente nos dias antes, da ansiedade da noite mal dormida e do convívio antes e depois da prova. E foi tudo isso que aconteceu.

O grupo que se reuniu para a Meia-Maratona era fantástico. Alguns já conhecia, outros não, mas ali parecíamos todos amigos há anos. Ali não havia quem corresse mais ou menos, havia o sentido de diversão e isso, para mim, é o principal. A partir do momento em que me deixar de divertir, seja a correr ou a pedalar, está arrumada a questão.

Mas é claro que quando se dá o tiro de partida o objectivo é fazer o melhor possível. "Amigo não empata amigo", já o disse ontem. Aliei-me ao Pedro T. numa escolha lógica, pois treinamos juntos e temos um ritmo mais ou menos semelhante, uma parceria que resultou bem, logo a partir do 1º km. Quem lá esteve sabe que atravessar a ponte 25 de Abril nesta ocasião pouco tem de agradável. Da parte que me toca, não foi muito bom. Não sou adepto de alturas e passei a maior parte do tempo a correr sobre o gradeamento, sem olhar para baixo. O zigue-zague que se faz para ultrapassar os mais lentos que teima em partir à frente também não torna a coisa fácil. Só ao km5, depois da separação Meia/Mini começou a haver mais espaço para correr.

Por essa altura já tinha começado a tratar de cumprir o meu lema. Beber antes de ter sede, comer antes de ter fome. Logo no primeiro abastecimento bebi um pouco de água, o suficiente para ficar com a boca molhada. Íamos a um bom ritmo, abaixo dos 5 mins/km, e comuniquei ao Pedro um objectivo que tinha definido no momento. Passar os 10 kms abaixo dos 50 minutos, o que seria um recorde para mim. Antes disso, ao km8, ingeri o meu 1º gel, mas depois aquela passagem pela recém-inaugurada Ribeira das Naus, obrigou-me a baixar o ritmo. Muita confusão e uma avenida mais estreita deixavam pouco espaço para correr à vontade. Assim foi até dar a volta e voltar a passar o Cais do Sodré. Para trás já tinha ficado o balão das 2 horas sinal de que, salvo algum episódio imprevisto, teria o primeiro objectivo cumprido. Mas o ritmo continuava bom, assim como as forças. Talvez por isso tenha ignorado um pouco a minha regra e, no abastecimento dos 11 kms, não recolhi água o que me poderia ter custado caro, pois pouco depois fiquei com a boca seca. Por sorte foi por essa altura que choveu um pouco, ajudando o corpo a arrefecer. Sem atravessar dificuldades, mantive um ritmo estável até ao km13 (+-), altura em que recebi uma garrafa de Powerade, que conservei quase até ao fim.

À entrada da Avenida da Índia, voltamos ao encontro do pessoal da Mini, e o percurso fica mais estreito outra vez. Menos mal que entretanto já houve tempo para os atletas da Meia dispersarem e, apesar de tudo, houve espaço para todos. À passagem por Belém, e pela Meta, vemos o paraíso, mas apenas por uns instantes, ainda faltam uns kms para lá chegarmos. Mas sentia-me bem. Ingeri o segundo gel, mais um pouco de Powerade e, a cerca de 4 kms do fim, estava na altura de queimar os últimos cartuchos. O Pedro T. também achou e lá fomos. Ele à frente e eu a tentar acompanhar. Mas eis que ele ganha alguma distância. Cinco metros... depois 10, 50... E eu que não o conseguia apanhar. "Será que ataquei cedo demais e agora vou rebentar a 1 ou 2 kms da meta?, pensei eu. Para ajudar o retorno em Algés não foi onde pensava, mas apenas uns bons 500 metros mais à frente. No sentido contrário passa o balão da 1h45m e eu penso que já não o consigo apanhar.

Entretanto passo também pelo Tiago e vejo-o aflito, sentado no chão com dificuldades. "Está tudo bem, segue", disse ele. Por essa altura já tinha esquecido o Pedro. Já o tinha perdido de vista e também já tinha recuperado a minha moral e as minhas forças. Acelerei ao máximo para tentar entrar na casa da 1h45m. O CCB nunca me pareceu tão grande e tão comprido, mas logo a seguir estava a meta, com vista para os Jerónimos, a "casa" onde disse o SIM mais importante da minha vida. Estava feita a prova, com 1h46m33s, muito acima dos meus melhores sonhos.

E agora, o que vem a seguir? Sinceramente não sei. Já me falam em "saltar" para a prova rainha, a Maratona, ou baixar da 1h45m, mas não consigo pensar em nada disso por agora. Dei um salto muito grande em apenas seis meses e a única coisa de que tenho a certeza é que ainda tenho margem de progressão.
Para já só quero continuar os meus treinos, cumprir um objectivo de cada vez. Sinceramente não penso saltar já para a Maratona. Talvez para o ano, em 2014. Quero, antes, consolidar bem esta distância, fazer mais treinos longos em corrida, começar a treinar para o triatlo, conseguir andar mais de bicicleta. Mas nunca se sabe. Faltam seis meses até Outubro e não digo que não vá fazer a Maratona de Lisboa. Só que não está nos meus planos.

 

The rookie experience - De um tipo que não conseguia correr 10 minutos quando estava na escola




"Era o grande dia, para o qual me tinha preparado nos últimos meses. Com a ansiedade dormi mal, acordei às 5:20 e já não consegui adormecer. Às 7:45 cheguei ao ponto de encontro. Como estava calor deixei o corta-vento no carro decisão que me viria a arrepender mais tarde, com algumas peripécias apanhamos o autocarro, depois o comboio e chegámos ao tabuleiro da ponte.

Como era o único que ia para a minimaratona, fui sozinho, submergi numa multidão de 35.000 pessoas em ambiente de festa, quase tão apertado como as festas afro-latinas no espaço 20 (ninguém vai perceber a piada). Uma vez que faltava uma hora em meia para o início tentei encontrar uns colegas do trabalho para ajudar a passar o tempo. Furei, furei mas não os encontrei.

Quando dei por mim estava em frente a um palco com monitores da Holmes Place a tentarem que o pessoal todo empacotado fizesse o Harlem Shake e uma aula de aquecimento, aos saltos e aos pontapés, e com uma energia e alegria na voz que não é natural. Ninguém na vida consegue ser assim tão feliz.

Olhei para baixo e só vi sapatos de corrida à volta dos meus pés, olhei para a frente, vi a ponte e reparei que 5 metros à frente estava uma linha de seguranças da Prosegur. Estava no sítio certo, ao pé da linha de partida e rodeado de gente que ia correr, sem o pessoal que vem passear para me bloquear o caminho.

10:30 em ponto, o pessoal da meia maratona começa a correr, dois minutos depois as pessoas à minha frente também. Falsa partida, depois de tropeçar em corta ventos e camisolas e lixo que os porcos dos meio maratonistas deixaram para trás pararam-nos na linha de partida. 3 minutos depois finalmente a partida.

Ao início, no tabuleiro da ponte, foi uma prova de slalom entre as pessoas que vieram passear, só se conseguia correr na faixa da esquerda com gradeamento, a lutar contra o vento intenso que vinha de baixo e com a falta de aderência dos ténis naquele piso foi uma experiencia desagradável. A meio da ponte passei para o conforto da faixa do meio, sem vento e com pessoas a correr à minha velocidade. Comecei a controlar a respiração e resolvi meter os fones para me motivar.

Decidi correr atrás de umas raparigas italianas (de uma equipa de Ostia) que iam à minha velocidade, descobri que correr atrás de raparigas tem as suas vantagens. A saída da ponte num ramal que sobe por cima da estrada antes da descida para o Calvário acabou por ser um obstáculo menor, a descida foi um alívio. As italianas tinham ficado para trás.

Em Alcântara resolvi aceitar a garrafinha de água, mas descobri que tenho que tirar um curso para aprender a beber água enquanto corro, parecia um tótó ia perdendo o controlo da respiração.

Ao longo da antiga FIL, a respiração estava controlada, sentia-me bem, mas comecei a achar estranho continuar a ultrapassar uma série de pessoas que marchavam. Já tão perto da meta e desistiram de correr? Ou teriam partido antes de nós? À minha esquerda reparei pela primeira vez nos profissionais das meias maratonas a passarem por nós como se fossem setas.

Enquanto passava pelo edifício da cordoaria, comecei a ter a certeza de que conseguiria fazer a corrida toda sem parar, devem ter começado a bater as endorfinas, sentia-me claustrofóbico por ter aquela gente toda à minha frente e ao meu lado. Apetecia-me alargar a passada mas não conseguia.

No jardim do império a situação era pior, mais gente, um segurança passou à minha frente a placar um corredor que não tinha dorsal, não conseguia passar ninguém, até que no final a pista abre e via a meta pela primeira vez. Não sei o que me deu, talvez quem ler isto me possa dar uma explicação, sei que explodi por dentro e desatei a sprintar durante duzentos metros em aceleração completa até cortar a meta. Chamem-me de drogado.

A banana e a água no final souberam-me muito bem. O gelado e o leitinho ofereci a “uma rapariga muito simpática” que me estava a tirar fotografias no alongamento. No fim, fiquei com a sensação de que me apetecia e conseguia correr mais uns kilometros… Talvez uma prova de 10 km."


Texto escrito por José M., um amigo do Team JRR e uma promessa das corridas.
 

Meia-Maratona: O troféu!

O troféu da Meia-Maratona de Lisboa tardou, mas chegou mesmo. Pastéis de Belém, comprado pelo grande José M. que, acabada a sua Mini-Maratona, se fez à fila na mais tradicional pastelaria de Lisboa, para abastecer o resto do team que participava nos 21 kms. Só o frio o "levou" para casa antes de chegarmos. Mas promessa feita é promessa cumprida e hoje, ao almoço, a sobremesa foi especial.
Um grande abraço ao José M. uma promessa nisto das corrida.



 

domingo, 24 de março de 2013

Meia-Maratona. Chegar ao céu e ir mais além!

Esta já está. Seis meses depois da minha estreia na distância da Meia-Maratona, repeti a experiência, desta vez com objectivos bem definidos, de baixar das duas horas e tentar chegar perto da 1h50m.

Comecemos então pelo início. A logística desta prova é mais complicada que a da Ponte Vasco da Gama. A organização não tem transportes próprios e tivemos de apanhar o autocarro e depois o comboio para chegarmos ao outro lado do Tejo. Assim como nós, milhares e milhares de pessoas fizeram o mesmo, o que gerou uma enorme confusão no Pragal. Ultrapassada essa fase e chegados ao garrafão da ponte, as coisas até foram melhores do que eu pensava. As pessoas estavam dispersas e não havia muita confusão. Mesmo a partida foi relativamente tranquila.

Quanto à prova, tinha as coisas mais ou menos estudadas. Pensava manter um ritmo a rondar os 5'30'' mins/km até aos 10 kms e depois começar a aumentar o ritmo, sempre com o objectivo das duas horas em mente. Mas também sabia que os primeirs kms, até chegar a Alcântara, eram uma incógnita. Tanto podiam ser muito lentos, como muito rápidos. Foram rápidos. Devo ter feito os primeiros 5 kms com uma média abaixo dos 5 mnts ao km, muito mais rápido que o planeado.

A meu lado tinha o Pedro T.. Tinhamos falado mantermo-nos juntos o máximo tempo possível, sempre com o lema de "amigo não empata amigo." Se um tivesse mais pernas que o outro teria liberdade para acelerar à vontade. Mas acertámos os dois um ritmo confortável, a rondar os 5 minutos ao km. Assim foi até aos 5 kms, depois aos 10... depois aos 15 kms. Para meu espanto sentia-me confortável a esse ritmo alto e percebi depressa que o meu objectivo máximo, de chegar à 1h50m, seria alcançado e superado.

À passagem do km 17 vi que estava cheio de força e perguntei ao Pedro como era. Vamos acelerar? Vamos, disse ele! E lá fomos. Mas ele acelerou mais que eu e quando vi que não o conseguia acompanhar, ao fim de 1 km, pensei que talvez tivesse arriscado cedo demais. Mas não. As forças voltaram e fiz os últimos 2 kms a acelerar, em busca da 1h45 minutos. Falhei esse objectivo por muito pouco. Tempo final de 1h46m33s. Fantástico para mim.
  


 

sábado, 23 de março de 2013

Tudo a postos!

 
A 12 horas do início da Meia-Maratona de Lisboa, tenho tudo a postos para a prova. Dorsal colocado já na camisola - que stress - ténis prontos, alimentação arrumada, telemóvel, miCoach, etc, etc. O ponto de encontro está combinado, o trajecto também. Mais preparado que isto não posso estar.
 
Agora é só esperar que as horas passem, de preferência com uma boa noite de sono... que já sei que não vai acontecer. Nunca acontece. Nunca durmo o que é suposto em vésperas destas provas desportivas. Digo sempre que me vou deitar cedo, mas nunca o faço, e acordo sempre uma boa meia-hora antes do despertador tocar. Portanto das 7 horas de sono que estava a pensar fazer já sei que só devo fazer umas 5. Não faz mal, a adrenalina trata do resto.
 
Só duas coisas me preocupam neste momento. A possibilidade de chover, mais antes do que durante a prova. Estar 2 horas em pé à chuva não agrada a ninguém. A outra é uma dor que tenho na perna direita. Espero que não seja nada e que, com o repouso da noite, passe. De qualquer forma acho que, mesmo que não passe, não será impeditiva de fazer uma boa prova.
 
O meu objectivo principal passa por baixar das 2 horas, mas creio que tenho condições para chegar muito perto da 1h50m. Espero bem que sim. Amanhã cá estarei para contar como foi.
 
Boa prova a todos. E, acima de tudo, divirtam-se. É o que vou fazer.

 

sexta-feira, 22 de março de 2013

O grande dilema... Boost ou não Boost!


A apenas três dias da Meia-Maratona de Lisboa, eis que me deparo perante um dilema inesperado. É verdade que os novos Adidas Energy Boost já estavam a caminho há algum tempo, mas já tinha arrumado na minha cabeça a ideia de que eles não chegariam a tempo de treinar nem que fossem apenas 5 kms com eles, pelo que não os levaria para a prova.
 
Mas eles chegaram hoje e apenas após o último treino para a prova. E agora estou aqui num dilema que não sei o que faça. Levo-os para a Meia-Maratona ou não? Estreio-os em prova e logo numa de 21 kms?
 
O bom senso diz-me para não o fazer. Os meus velhos Adidas Supernova Glide 4 têm-se portado com nota 20, estou habituado a eles e a possibilidade de ter surpresas com eles é mínima.
Por outro lado está a parte emocional. Os Energy são novos, têm a tal tecnologia Boost que, nem que seja psicologicamente, me pode ajudar a ter uma merlhor perfomance durante a prova, parecem superconfortáveis - já os tive nos pés durante... 5 minutos - e, sinceramente, também não creio que vá ter surpresas desagradáveis com eles.
 
Estou muito dividido confesso. Acho que só vou tomar essa decisão domingo de manhã, quando me calçar para sair de casa.

Uma coisa é certa. Se estiver a chover - ou tiver chovido durante a noite e o piso estiver molhado - levo os velhos Adidas. Vou lá sujar os novos logo no primeiro dia...
 
 

quarta-feira, 20 de março de 2013

A meia-maratona está a chegar

E eis que, como não quer a coisa, estamos a menos de cinco dias da Meia-Maratona de Lisboa, a próxima aventura aqui do team JRR - à excepção do Joel, que não pode ir.

Da parte que me toca já começo a sentir aquele nervoso miudinho. Na minha primeira vez nisto das meias-maratonas só soube que ia correr a dois dias da prova, pelo que não tive oportunidade de sentir esta parte da ansiedade pré-prova. Pessoalmente gosto. Sempre gostei. Nos tempos em que jogava hóquei em patins, e depois futsal, gostava das horas que antecediam os jogos, do ritual de preparação, de sentir a adrenalina a crescer para depois a libertar na hora certa. Claro que nessa altura os jogos eram semanais e ocupavam um lugar bem alto na minha lista de prioridade. Agora estas "competições", sejam as corridas, duatlos ou provas de btt, acontecem meia-dúzia de vezes por ano e o desporto é apenas uma ocupação e um prazer.

Ainda assim não deixo de gostar voltar a sentir isto. Já foi assim aquando dos Duatlos - especialmente o do Jamor - e volta a sê-lo agora. E por uma razão simples: objectivos. Em Setembro de 2012, aquando da prova da Ponte Vasco da Gama, além de não me ter preparado com antecedência, não fazia ideia do que seria capaz de fazer. Assim vivi tudo no momento, praticamente. A preparação aconteceu em cima do joelho e a corrida, propriamente dita, foi feita km a km, sem saber do que me reservava o que km que vinha a seguir. A minha prestação, com 2h01m foi excelente e, admito, deixou-me com água na boca para a prova deste domingo.

Há algum tempo que ando a pensar nesta meia-maratona. Já estou em pleno processo de preparação mental e só a possibilidade, praticamente certa, de chover me está a deixar um bocadinho preocupado. Mas pronto...

Espero, acima de tudo, sentir-me bem durante toda a prova. Vou cumprir o mesmo plano de alimentação que me correu bem em Setembro, com um bom jantar de massa, um bom pequeno almoço, reforço a meio da manhã com fruta e uma barra de chocolate, hidratação com Goldrink e depois, durante a prova, fazer também o mesmo, beber água/isotónica sempre que possível, nem que seja só um gole para molhar a boca, tomar gel energético aos 7,5 e aos 15 kms.

Quanto a objectivos, desta vez já tenho uma meta com que trabalhar. Vou apontar para um tempo a rondar 1h50m, o que já seria uma evolução fantástica para mim. A ver vamos...
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

….VENHAM MAIS 1000, QUE EU TENHO QUEM ME LEVE!



Fez no passado dia 13/03/2013, 1000 Km´s com os actuais ténis.

(eu sei que começa a ser usual textos sobre ténis neste blog. O objectivo deste texto não é promover uma marca, nem me identificar como cliente fiel da mesma. Este texto,  pretende apenas congratular e “honrar” os meus fieis companheiros de estrada.)

A 1 de Maio de 2012, com uma temperatura razoável mas nublado, iniciei um treino ao pé de casa.

Devido ao grande desgaste dos meus antigos ténis e com a proximidade da ½ Maratona do Sado, a “Patroa lá de casa” decidiu oferecer-me umas “sapatilhas de jeito”. Quando começou a olhar para os preços da prenda, ia caindo para o lado!

Com rasgos de amarelo florescente, os ténis foram postos á prova em 8.3 Km de espanto!
Os ténis eram muito leves, super estáveis (a minha passada é neutra) e arejados.

Apartir dessa primeira corrida, nunca me falharam, quer estivesse calor, frio, chuva ou sol intenso, lama ou gravilha.

Quando corro, considero-os uma extensão de mim mesmo.

Valeram o preço que foi pago.

É surpreendente! Os ténis com 1000 Km´s, não apresentam qualquer desgaste significativo, quer na sola, biqueira, calcanhar ou palmilha.

E mesmo com outros ténis a caminho (de outra marca e mais baratos), os meus “Yellow Mustangs” estarão sempre guardados para as provas oficiais e treinos mais longos.

Mais uma vez…………Obrigado Ragazzi!
 

Aproveitar as oportunidades


Em mais um jogo do torneio de squash da CGD consegui a minha segunda vitória da época, mais uma vez diante de um adversário do "meu" campeonato. Na última edição tinha-lhe vencido por 3-1, mas este ano esperava arrebatar os cinco pontos. Mas é sempre uma incógnita, pois depende de como começa o jogo. Se perder o primeiro set é meio caminho andado para perder o jogo!

Mas não. Comecei bem e ganhei uma vantagem tranquila no primeiro set. Fui gerindo o jogo para não me cansar muito, garantindo assim que tinha forças para uma fase mais difícil no jogo, que só chegaria no terceiro set, depois de uma segunda partida também tranquila.

A ganhar por 2-0 em sets, comecei o terceiro muito bem, conseguindo logo uma vantagem de 5-1. Porém, nessa altura, e pela primeira vez num jogo de torneio, facilitei. Ao fazer o serviço a bola não me saiu da mão bem como eu queria e, em vez de a voltar a agarrar para repetir o movimento, servi na mesma, ainda que sabendo que não o iria fazer bem. Naquele meio-segundo que levei a decidir deixei-me afectar com o jogo tranquilo que estava a levar e achei que servir aquela bola não tão bem não iria afectar o desfecho do jogo. Enganei-me. O adversário ganhou o ponto e os seguintes e quando dei por mim já estava a perder por 6-5. Depois estive sempre atrás do prejuízo, até estar prestes a perder o set por duas vezes, com 10-9 e 11-10. Voltei a concentrar-me e ganhei vantagem acabando por fechar o set, e o jogo, em 14-12.

Foi uma vitória importante que confirma a minha evolução neste torneio. É já o 4º ponto ganho em relação ao ano passado. Contra os mesmos adversários consegui 10 pontos no último torneio, agora vou com 14, resultado de 5 pontos conquistados e apenas 1 perdido face aos mesmos jogos.

E o próximo jogo é contra o Careca!!!
 
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quinta-feira, 14 de março de 2013

2000 kms nas pernas...

Hoje, 14 de Março de 2013, dia de aniversário da minha velhota - parabéns, mãe -, e durante um treino muito bom, superei a marca dos 2000 kms nas pernas.
De notar que esta contabilidade só começou a ser feita no Sports Tracker a 27 de Março de 2011, quando já há muito que andava de bicicleta e também já tinha começado a dar alguns passos na corrida. Mas o que interessa é o que está nos registos, portanto é disso que falarei.

Antes de mais é bom recordar o dia em que cheguei aos 1000 kms. Foi a 13 de Junho de 2012, tendo na altura feito um post sobre isso. Hoje, tal como nesse dia, a meta dos 2000 kms foi obtida a correr, num treino de 10 quilómetros no Campo Grande, muito bom por sinal, com um ritmo abaixo dos 5 mins/km.

Vamos lá então à análise destes últimos mil quilómetros, comparando-os também com os primeiros mil...

13 de Junho de 2012
14 de Março de 2013

Passaram-se 275 dias destes a marca dos 1000 kms, nos quais fiz 79 treinos. No total foram 114, mas os restantes foram em ginásio ou jogos de squash. Antes precisei de 444 dias, mas apenas 56 treinos. A diferença está nos treinos longos. Se a média até aos 1001 foi de 18,8 kms/treino, nos outros 1005 foi apenas 12,7 kms/treino. Menos quilometragem... mais treinos. Vamos ver já porquê.

13 de Junho de 2012
14 de Março de 2013

13 de Junho de 2012
14 de Março de 2013

Ora cá está a justificação para a descida da média de quilómetros por treino. Tenho feito muito menos saídas de bicicleta. Nestes 275 dias fiz apenas 11 treinos, divididos em ciclismo (4) e btt (7), com um total de 430 kms, 170 em estrada e outros 268 por trilhos... Nos primeiros 1000 kms a bicicleta tinha ocupado uma fatia superior a 800 kms. Agora nem chegou a metade...

13 de Junho de 2012
14 de Março de 2013
A corrida é, sem dúvida, a grande evolução. 68 dos meus 114 exercícios foram feitos a correr, ou em treino ou em provas. Foram 567 quilómetros nos últimos 275 dias, uma evolução notável. E tem uma justificação simples. Os treinos à hora de almoço. São, em média, 20 kms por semana que faço a correr à hora de almoço, enquanto a bicicleta só pode ter lugar ao fim-de-semana e as condicionantes da vida e, já agora, do São Pedro, nem sempre deixam oportunidade para me fazer à estrada e aos trilhos.

Bem... resumindo estes 1005 kms. Dividiram-se assim. 567 kms a correr; 268 kms de btt; 170 kms ciclismo.


O desafio continua. Creio que vou demorar ainda menos tempo a atingir a marca dos 3000 kms, até porque em Setembro - se tudo correr bem até lá - começarei os meus treinos para ser triatleta. Mas creio que por essa altura os 3000 kms serão coisa do passado e já estarei a caminho dos 4000!

Obrigado a todos os que me têm feito companhia nestes quilómetros. Não vou estar a enumerar todos, vocês sabem quem são. Não minto quando digo que tornam cada quilómetro mais fácil de fazer.

Sem vocês não seria a mesma coisa.
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Pump my Ride: D-Day!

 

Finalmente chegou o dia!

 

Depois de ontem, por motivos profissionais, não ter conseguido ir treinar conforme tinha planeado e combinado com o resto da malta, decidi não esperar mais tempo…

 

Apesar de hoje não ser dia de treino de corrida, e tendo em conta que amanhã tenho jogo do torneio de squash, decidi que hoje seria um bom dia para estrear os meus novos ténis e fui correr sozinho! 6ª feira estava demasiado longe… Não podia esperar.

 

Fiz 7 Km neste primeiro teste. Estive mais preocupado em perceber as diferenças e a olhar para os pés do que propriamente em treinar. Talvez tenha sido isso, ou o cansaço acumulado das últimas 2 noites, ou até o reajuste da minha passada ao novo calçado, mas o que é certo é que hoje… fui (ainda) mais lento do que é habitual. A causa para isso é uma dúvida a esclarecer no futuro, mas estou mais inclinado para o cansaço acumulado…

 

Adiante. Mal calcei os ténis notei logo a diferença. São novos, logo estão ainda algo apertados e precisam de “rodagem” para darem um pouco de si. Mas é impressionante a diferença para os ténis antigos. A melhor forma de ilustrar é dizer que os antigos são como aqueles jipes 4x4 em que qualquer pedra nos faz bater com a cabeça no tejadilho enquanto que os novos são mais tipo… BMW X3. Poderia dizer X5 ou X6 ou até o último modelo de topo da Jeep, mas certamente que há ténis ainda melhores que estes… No entanto, estes são meus! J

 

São muuuuuito mais suaves que os antigos, e não é por serem novos. Os ténis antigos nunca me deram esta sensação de apoio. Até a andar parece que se tem 2 almofadas debaixo dos pés. A correr então a diferença é monumental. Tanto no apoio à passada como na correção da minha pronação natural, os ténis pareceram-me excelentes. Quando olhei para os pés enquanto corria, já não via (nem sentia) os pés a rolarem para dentro, nem as pernas a desviarem-se do seu movimento natural. Apesar de terem muito suporte, são leves e “respiram” muito bem. Antes de começar a correr, e a aquecer, conseguia sentir o vento frio nos pés. Este é o único ponto que me deixa curioso/pensativo: como será correr à chuva com eles?!

 

Mas resumindo, foi um treino muito bom, pois tirou-me a ansiedade de experimentar os ténis. No entanto, em termos de resultado mais valia ter ficado a trabalhar… Não fosse o facto de ter ficado extremamente satisfeito com os ténis, teria sido uma boa oportunidade para ficar quieto.

 

Mal posso esperar por 6ª, por domingo, por 2ª, por 5ª e finalmente pela meia-maratona no dia 24/03!...

Fauja Singh, o corredor de maratonas mais velho do mundo

Recentemente um colega do blog deu-me a conhecer a existência deste atleta que podemos considerar um “herói” pelo facto de correr maratonas com mais de 100 anos e poder inspirar muita gente com o seu exemplo. Investiguei um pouco e partilho aqui alguns factos da sua história.
Fauja Singh, apelidado de "Tornado com turbante", tem 101 anos e começou a correr aos 89 anos, depois de ter passado uma fase difícil da sua vida em que perdeu entes queridos. Desde então, completou nove maratonas.
Há pouco tempo admitiu que está na hora de “parar” de correr em competições. O corredor de maratonas mais velho do mundo, afirmou este ano, dias antes de participar na sua última corrida enquanto atleta, em Hong Kong (10 kms), que se sente triste por ter que se reformar mas que vai continuar a correr por prazer.
Singh, nasceu na Índia, mas tem nacionalidade britânica. Singh, agricultor em seu estado natal de Punjab antes de imigrar para Inglaterra, participou em maratonas prestigiadas como a de Nova Iorque, Toronto e Londres.
Em Abril de 2012, concluiu a Maratona de Londres em 7h49m21s, batendo por 22 minutos o seu anterior máximo (alcançado no ano anterior em Toronto) dum atleta com mais de 100 anos. Simultaneamente, ampliou o seu record de homem mais velho do mundo a finalizar uma Maratona, tendo 101 anos e 21 dias.
Em 2003, em Toronto, ele bateu o recorde mundial dos mais velhos de 90 anos correndo em 5h40m01s.
É sem dúvida extraordinário um homem correr a maratona com esta idade.