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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014. O Balanço de um ano agridoce

Mais 365 dias que se passaram e cá estamos nós de novo a fazer balanços e a renovar projectos. O ano de 2014 foi muito bom, mas também teve elementos negativos. Mas foi uma boa forma de preparar um 2015 em grande.
Então este ano foi assim...
Foram 159 treinos, uma média de três treinos por semana, embora isso, na realidade, tenha estado muito longe de acontecer. Houve semanas excelentes, com cinco dias de treino, e houve outras – muito mais que o desejável, sem qualquer treino.
Em termos de quantidade, a corrida voltou a ficar à frente, destacada, logo seguida da natação (!!). Depois vêm os treinos “indoor”, que este ano ganharam destaque graças às aulas de spinning que comecei a ter. Só depois surge a bicicleta.


Em termos de qualidade, há que dividir o ano em dois... semestres. Até ao final de junho tudo estava bem. Foi um ritmo de treino fantástico. Aliás, se tivesse mantido o nível de treino no segundo semestre, teria chegado perto dos 190 treinos... De Janeiro a Junho tudo correu bem. Treinos intensos, longos ou curtos, na estrada, na piscina, no ginásio, em cima da bicicleta ou fora dela. Fazia dois treinos por dia e tudo corria bem. Estava em grande forma quando cheguei ao primeiro triatlo, e ao segundo... e ao terceiro.
Porém, depois deste terceiro triatlo, em Oeiras, rebentei. O corpo pediu descanso e eu dei-lhe, ainda para mais porque estava em altura de férias. Acontece que esse descanso durou praticamente sete semanas. Sim, continuei a treinar, mas não eram treinos de qualidade nem intensos. Era mais para dizer que ia...
A meio de julho, quando quis regressar, não correu bem. Estava com excesso de peso, tinha perdido o ritmo e a resistência. Estava já a treinar para a Maratona de Lisboa, em outubro, e fui intensificando os treinos. A velocidade aos poucos ia aparecendo a resistência estava quase no ponto. No final de Agosto, porém, veio a dor. Num treino – muito bom, por sinal – de 34 quilómetros, apareceu-me uma dor lateral no joelho esquerdo. Repousei uns dias, mas nos treinos seguintes ela voltou. E não mais me largou. Umas vezes mais forte, noutros dias mais ligeira, o que é certo é que ela por cá ficou até à Maratona e aí foi o descalabro. Sim, cheguei ao fim, mas praticamente coxo. Resultado... uma inflamação no ligamento lateral externo, o que me obrigou a uma paragem total de 1 mês e mais um mês de treinos ligeiros de recuperação. Só em dezembro voltei a correr e só este último mês, com o Natal pelo meio, foi decente ao nível de treinos. Daí que o segundo semestre não tenha sido, na realidade, muito positivo. Mas os maiores objectivos, os triatlos, já tinham ficado lá para trás, na primeira metade do ano.

Falando em objectivos, recapitulemos os que tracei para o ano que agora termina...

  • Acabar um triatloFeito. Foi o meu principal foco para o início da época. Direccionei os meus treinos para esse objectivo e consegui atingi-lo. Estive em Alpiarça, Estoril e Oeiras.
  • Correr 10 kms em menos de 45 minutosNão conseguido. Não vou dizer que foi um falhanço, porque não entrei em qualquer prova de 10 quilómetros. Em treinos não atingi essa marca, mas verdade seja dita que nunca tentei... Fica para outra ocasião.
  • Meia-Maratona em menos de 1h40 – Não conseguido. Só fiz uma Meia este ano, a da Ponte 25 de Abril, que não é a ideal para estes feitos. Muita confusão, pouco espaço para correr, etc. Tinha ideia de tentar esse objectivo na Meia-Maratona dos Descobrimentos, mas o meu joelho não o permitiu.
  • Maratona em menos de 4h – Falhanço. Até me dá vontade de rir ao ler isto... Terminar já foi bom – e doloroso – e nunca estive perto, nem em treinos, de chegar às 4 horas. Mas é um objectivo... para o futuro.
  • Baixar dos 75 kgs – Falhanço. O maior de todos. Pelo segundo ano consecutivo não consigo baixar desta barreira na balança. Durante metade do ano tive o peso bem controlado, com 76 / 77 quilos, mas depois, com as férias e o verão, foi o descalabro. Ainda assim consegui terminar o ano com 79 quilos. Podia ter sido bem pior...
  • 1000 kms de bicicleta – Não conseguido. Fiz muito mais quilómetros que em 2013 - 668 vs 420 – muito graças à bicicleta de estrada que permite optimizar melhor as saídas de bicicleta, mas fiquei ainda longe do objectivo dos 1000. Mais uma vez, graças à lesão no joelho que me manteve fora da bicicleta por quase dois meses. Teria sido o suficiente.
E assim foi 2014. Apesar de tudo, o balanço é bom. Aconteceram percalços, é verdade, mas aconteceu também muita coisa boa e que não vou esquecer tão depressa. Quanto aos objectivos para 2015, esses são simples...
  • Fazer melhor.
Melhorar em tudo. Na resistência, na velocidade, na quilometragem, na balança... etc. Divertir-me, acima de tudo. É só o que quero.

Venha de lá esse 2015 que estou ansioso com tudo o que está para vir.

Bom 2015 malta!

São Silvestre de Lisboa - 2014


 

Ao final da tarde a Lua lançava-me um sorriso frágil, erguendo-se no céu como uma pequena falua que me prometia levar numa viagem por um oceano estrelado. Tinha acabado a lua nova, aqueles 3/4 noites de escuridão total no céu e tinha acabado a minha fase de abstinência de corridas depois da pubalgia. Aquela Lua sorridente iria ser a minha madrinha na viagem de 10 quilómetros, tal como tem sido ao longo da minha vida.

São Silvestre recebeu-nos com uma tarde fria e ventosa onde só o calor humano das 10.000 pessoas ajudava a sobreviver. Sinceramente não sei como é que a Dulce Félix consegue correr com aquele top e com aqueles calções neste tempo, pelo menos eu (ainda) tenho uma camada adiposa para me proteger.
 

Encontrei-me com o Pedro e com o resto do Clube de Corrida nas arcadas do antigo Éden, juntamente com dezenas de outras camisolas em tom azul bancário que por lá pululavam. Depois de um longo aquecimento privilegiando os gémeos que se andam a queixar cada vez que correm, lá nos dirigimos para a partida.

Já não estava habituado a estas partidas em boxes, cada um no seu tempo, todos separados. Mas depois de um espera enjaulados lá arrancámos. Decidimos ir a um ritmo lento até que todos os do grupo se juntassem.

Hora de Ponta de São Silvestre com direito a engarrafamento

Fomos Restauradores e Rossio abaixo até que com 10.000 alminhas a tentar entrar na Rua do Ouro aconteceu o inevitável, toda a gente parou de correr e começou a andar... Com direito a alguns atropelamentos dos que não viram a travagem do da frente.

O troço até ao Cais do Sodré foi um mini trail no empedrado traiçoeiro de basalto. Cada lomba, que não se vê com milhares de pessoas, dava direito a 3 ou 4 tralhos... enfim não tralhei e sobrevivi.

 Chegados ao Cais do Sodré vimos o Cristiano na plateia e lá entre os 4-5 kms o resto do pessoal finalmente apanhou-nos. Virei os 5 kms aos 31:07 (tempo muito fraquinho) o resto do pessoal arrancou e eu fui com eles...
(esta foto não é a minha melhor face reconheço. Haviam de me ver quando deitei a língua de fora)

Não, não, não agora a sério, deixei-os ir porque não tenho andamento para aquilo. Vá quanto muito acelerei um bocadinho assim um tiquinho...

Aproveitei os quilometros seguintes para ir apanhando colegas e amigos, falando com eles, trocando umas piadas, até que na subida da Av. da Liberdade arreganhei os dentes e fui-me a ela como se não houvesse amanhã (sintam o efeito dramático). A meio da subida reparei porque é que muitos companheiros de corrida me falavam nesta dificuldade. Não é que a subida seja muito ingreme, mas nunca mais acaba.

Todavia, no final da subida reconheço uma touca amarela fluorescente 10 metros à minha frente... ERA O PEDRO!!! Ah, que bando de coxos! Deixaram-se apanhar por um pubálgico.  Mais um esforço e consegui apanhá-los no Marquês. E liderados pelo Pedro, foi desde aí que descemos juntos em grande velocidade Avenida abaixo.
Turismo Radical na Av. da Liberdade
Dado que havia um concurso para o melhor tempo no ultimo km, todos os corredores desatavam a correr como uns desalmados entre o Marquês e os Restauradores, tornando a descida numa manada de atletas num frenesim louco. Ainda assim, os turistas estrangeiros tentavam atravessar a Avenida de um lado ao outro sem serem atropelados. Era como se fosse um jogo de computador dos anos oitenta.
Sprint Final

Quando faltavam 200 metros para o final, agarrei na touca amarela fluorescente, arranquei-a da cabeça do Pedro (sem arrancar nenhum cabelo) e, em jeito de desafio, sprintei por ali fora. Ele, como bom amigo que é, quis terminar com o resto do grupo. Mas foi divertido.

Na confusão final perdi-me do Grupo junto às medalhas, mas ainda deu para ver à distância o Zé Calheiros.

Resultado final 56:40 os últimos 5 kms em 25:33 e o último km em 4:35, mas o mais importante um sorriso de orelha a orelha no final. I'm back

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Em Dezembro foi assim...

É certo que ainda falta um dia para este ês acabar, mas desportivamente, na parte que me toca, dezembro - e 2014, já agora - está feito. Foi um mês positivo, em que consegui retomar a quantidade de treinos que tinha vindo a fazer na primeira metade do ano. Foram 15, distribuídos por bicicleta, ginásio, natação e... corrida.
Já consegui voltar a calçar os ténis e sem dores... mas também sem ritmo. Aos poucos isto vai lá e espero em pouco tempo estar de novo com os mesmos níveis de intensidade e resistência.

E 2015 está aí à porta... Venha ele.


Será que é desta??




Em 2014, uma rutura de ligamentos no pé esquerdo tirou-me a hipótese de me estrear nesta prova.

Vamos ver o que vai acontecer em 2015…

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pai Natal visto a cruzar a marginal a Trote

 
Atenção aos frequentadores da Marginal, o Pai Natal versão Grinch foi visto a correr muito, muito, muito devagar algures na área da Parede. Será reconhecível pelo som tradicional dos guizos natalícios, mas não, não é um veado de natal.
 
Os condutores deverão buzinar de forma insistente para o assustar, pese embora a pessoa em causa seja basicamente uma criança no corpo que teima em crescer e parecer-se como o de um adulto.
 
De qualquer forma, e dado que hoje é um dia especial onde a família é o centro da nossas atenções, gostava de desejar a todos um Natal muito FELIZ(!!!) com os que vos amam e a quem vocês amam. Se houver muitos doces melhor.
 
Que esse calor humano vos aqueça durante o ano de 2015 e faço votos que não vos falte nada durante o próximo ano, comida saborosa, uma lar quente, muita alegria e alguém para dar a mão e dar e receber mimo.
 
E sim, continuem a correr, mas o mais importante não é andar por aí a bater records, é sim preservarem a criança dentro de vocês e fazer sorrir as que com vós caminham, se os records aparecerem melhor.
 
Feliz Natal e um excelente 2015!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Eu e as greves!

Há sete anos que trabalho no centro de Lisboa. No Marquês de Pombal, mesmo. Mais no centro do que isto era impossível. Depois de quatro anos em Cascais/Sintra, a pegar no carro todos os dias, a fazer 70 quilómetros, muitas vezes em fila, gastar rios de dinheiro em gasolina e portagens, quando vim trabalhar para Lisboa suspirei. Não só iria poupar dinheiro, como a minha paciência. Há poucas coisas melhores do que entrar no Metro à porta de casa e sair do Metro à porta do trabalho.
O pior é que em sete anos muita coisa mudou. O passe aumentou - custava 27€ e agora já vai em 42€ - e o Metro piorou o serviço. São perturbações, são avarias, atrasos, carruagens cheias e depois ainda há as... greves! E são cada vez mais. Antes era uma por mês, agora já fazem uma por semana. Estou farto. Na semana passada passei quase 3 horas dentro do carro, ora a chegar e a sair de Lisboa, ora a estacionar o carro. E ainda paguei quase 10€ em parquímetro. "Para a próxima venho de bicicleta." Dito e feito.
Perguntei no local de trabalho se podia entrar com a bicicleta - "Claro, sem problema", foi a resposta - e nesta segunda-feira fiz-me à estrada. Odivelas - Marquês de manhã; Marquês - Odivelas à noite. Nem tudo foi perfeito, mas foi muito bom
 
O dia estava frio - cerca de 10º -, mas estava Sol. Confesso que não sabia bem que roupa devia levar. Por um lado transpiro muito, mas por outro estava frio. E pedalar com roupa do dia-a-dia é diferente de pedalar com roupa desportiva. Mas também não era um treino, mas sim uma forma de chegar ao trabalho.

A ida para Lisboa foi muito boa. 12 kms com 184m de acumulado, feitos em 51 minutos. Sempre com muita calma, aproveitando as ciclovias e respeitando as regras de trânsito. Quando cheguei notei que talvez tenha levado muito roupa. Estava um pouco quente e a suar, mas tirei a tshirt que levava por baixo da camisola e fiquei bem.
 
 
O regresso a casa foi diferente. Sabia que em casa havia um chuveiro, pelo que podia "esticar-me", mas o percurso também era mais fácil. O inicio é que não. Subir ao alto do Pq. Eduardo VII a frio não foi fácil e quando cheguei lá acima já estava bem quente. Fiz o resto do caminho até à Pontinha sempre por ciclovia, até que comecei a aproveitar totalmente as vantagens da bicicleta. O trânsito entre a Pontinha e Odivelas era tal que devo ter ultrapassado mais de 100 carros. Cheguei a casa em 45 minutos, fruto de um percurso mais fácil, mas também porque acelerei um pouco.
 
 
O balanço é fantástico. Mas é uma experiência a repetir... poucas vezes. Quando se fala em andar de bicicleta em Lisboa, fala-se nas subidas e descidas. Eu prefiro falar do... clima! Com estes 10º, e com uns ajustes na roupa, acredito que conseguisse fazer isto mais vezes, mas - convenhamos - Portugal é um país com temperatura amena em 10 meses do ano. E, no que me toca, com temperaturas acima dos 15º chegaria ao trabalho a suar em fio. E isso não me parece muito viável. Seria um bom treino diário, é verdade - sempre foram 24 kms -, mas talvez não seja a opção mais prática. Ainda para mais feito com uma bicicleta de BTT. É verdade que me permitiu subir passeios à vontade, e até fazer um pouco de BTT para contornar carros em locais em que a berma era em terra, mas para levar para junto da secretária, subir escadas, entrar em elevadores, só uma bicicleta dobrável serviria.
 
Em termos de tempo... A viagem de metro são cerca de 20 minutos. Talvez espere entre 5/10 minutos em média pela chegado do metro, mais o tempo de estacionar o carro junto à estação, o caminho de e para a estação... calculo que tudo isto me custe uns 40 minutos. Se virmos que, com calma, demorei 51 minutos, a diferença não é grande.
 
Talvez repita na próxima greve. Já em Janeiro provavelmente...

sábado, 20 de dezembro de 2014

REDESCOBRIR A MEIA MARATONA DOS DESCOBRIMENTOS 2014

Este ano menos frio, mas de novo com muita gente!

A volta Belém-Algés-Santa Apolónia-Belém, foi a mesma que no ano passado. Ou seja, longas rectas pela zona ribeirinha, uma ajuda extra para todos aqueles que queriam melhorar tempos aos 21 km. E muitos conseguiram!

Eu não era um deles.
Depois das maratonas, o mês de Dezembro, era mês para reestabelecimento físico, psicológico e emocional. Por outras palavras é um mês de festividades. E foi num “rolanço amigável” que fiz esta meia maratona.

Coisas boas: Os abastecimentos!
Este ano tinham novidades, sempre bem vindas. Marmeladas e gel! Boas surpresas, quando normalmente as corridas organizadas pela Xistarca, não costumam ser assim tão “simpáticas”. Tudo bem organizado, muita agua, muitas palavras de apoio dos voluntários.

O que dizer da chegada? Acho que fica bem ser na calçada do planetário. É um bom local de chegada. Um termino com aspecto efectivamente ………….terminal! Agora esta “filosofia “ utilizada de afunilar quem chega, é sempre uma “dor de cabeça”, para quem chega com a multidão! Perder 10 minutos para receber a agua, maçãs e sair para o merecido repouso, é de “bradar aos céus”! Abram mais corredores de saída (mais 2 ou 3 voluntários e o assunto fica resolvido). Deixem o chá e as isotónicas (que são sempre de aceitar sobretudo nestas corridas de inverno), em local oposto á saída!
Penso que algumas destas alterações seriam importantes para a desobstrução da saída. E todos ficaríamos com mais tempo para alongar e descansar.

Esta edição deixou a satisfação um pouco mais baixa, porque mais tarde soubemos, que os chips, utilizados para a medição de tempo, não tinham funcionado. E assim ficámo-nos pelo tempo bruto e pelas medições pessoais no GPS (para quem tinha).

Fomos assim chegando a conta gotas (e acumulando na saída). E e a Sofia  (desde blog), o Fernando e o Eduardo, o Paulo C, Pedro R e o Filipe do Clube de Corrida e uma pista cheia de amigos e conhecidos das lides das corridas.

A conversa era tanta quanto o frio que entretanto surgia em forma de aragem.
Vistas privilegiadas para o rio, traz por vezes estes ambientes frios.
Foi da maneira que chegamos mais depressa aos carros (e a casa)!
 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ao raiar da bela Aurora - Cores de Outono

 

Treino a Monsanto - Uma fotorreportagem

 
Depois de uma semana a pensar longamente sobre o significado de Auto motivação, procurei a minha lá em casa, mas não a encontrava. Revirei gavetas e armários, fui à arrecadação, abri os trolleys de viagem e nada, nada. Tudo vazio, tudo escuro... até que me cheirou a geosmina e vi as cores de outono e lembrei-me onde é que ela estava, num recanto escondido da minha cabeça.
 
 
E hoje, às 7 da manhã lá estava, bem acompanhado de mim próprio, à entrada do trabalho a pôr o GPS a funcionar. Comecei a correr, Direção Monsanto!
 
Lá estava ele à minha espera

Outono em todo o lado

O Monte Santo dá as boas vindas

Morning Glory
 


Mas afinal foste correr ou tirar fotografias?

 E depois entramos nos trilhos
 


As cores de outono... o cheiro a terra molhada... os sons dos melros e dos pássaros numa alvorada sinfónica são uma experiencia fabulosa. Não me apetecia voltar.

Os raios de sol misturados com a neblina matinal tornam-se algo de físico, como se fosse braços de luz que descem por entre os ramos a acariciar a erva.



Ah é verdade, foram 12 kms.



sábado, 13 de dezembro de 2014

E agora, algo completamente diferente!



 Caras leitores, caros leitores

Na sequência  de um longo período de  um longo período de inatividade desportiva forçada, decorrente de uma pubalgia que me inflamou o púbis mas também os adutores, o meu peso corporal sofreu um incremento significativo. No sentido de contra balançar esta tendência, foram tomadas medidas restritivas de ingerência de hidratos de carbono e de aumento da ingestão de água.
Desta forma, junto se apresenta o relatório de evolução do peso.
1 – A primeira conclusão é de que se regista uma diminuição de peso na ordem dos 5,97%.
2 – Pese embora se registe uma tendência de redução, nas últimas semanas esta tende a estabilizar.
 
3 – Se isolarmos o efeito de sazonalidade, conclui-se que a redução de peso é transversal a todos os dias da semana, pese embora, a falta de observações ao Domingo.
4 – Partindo das médias de cada dia da semana, salienta-se que o dia com menos peso será sábado e o dia com maior peso a segunda, o que significa que o fim de semana é uma rebaldaria alimentar.
 
5 – Aconselha-se a implementação de práticas gastronómicas, no decorrer do fim de semana que previnam o crescimento de peso para segunda.
Da próxima vez seria interessante, contabilizar a água ingerida, bem como das calorias gastas de forma a estudar uma relação entre as três variáveis (peso, água e calorias) através de estudos estatísticos e criando uma regressão linear entre os três.
Despeço-me com amizade

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Em Novembro foi assim...

 

Depois de um mês de outubro dedicado à recuperação de uma lesão no ligamento lateral externo do joelho esquerdo, tinha destinado começar a recuperação em novembro. As ordens do médico iam no sentido de começar a dar mobilidade ao joelho, aumentar a carga, mas sem correr, pelo menos enquanto houvesse o mínimo de dor. Ginásio, bicicleta e natação eram as actividades permitidas.
E assim foi. Logo na primeira semana do mês voltei à piscina e à bicicleta no ginásio... mas à segunda semana... KO. Uma gastroentrite grave, com desidratação severa, pôs-me a soro durante dois dias e a canjinha durante mais dois. Contando com o dia em qua a gastro começou a manifestar-se, foram quase cinco dias praticamente sem comer. Escusado será dizer que treino... nem vê-lo. E na semana seguinte, quando regressei, como custou. Parecia não ter forças para nada.
De maneiras que novembro não correu exactamente como planeado. Apenas nove treinos, quase todos de recuperação, e nada de corrida ou treinos longos na bicicleta. O joelho está praticamente bom, já voltei a correr na passadeira e espero na próxima semana aventurar-se com 5kms na rua. Veremos...

A parte boa disto tudo (regresso aos treinos + cuidados na alimentação + gastroentrite) é que recuperei um pouco na parte do peso. Quase quatro quilos perdidos num mês. Não foi mau, não senhor.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014


UMA MARATONA NO NORTE – MARATONA DO PORTO 2014

Depois da participação na Maratona de Lisboa em Outubro, uma nova “aventura” surgiu com o início de Novembro.

Na véspera, pelo início da manhã 4 autocarros estacionados no Campo Grande eram preenchidos por atletas. O destino era a cidade do Porto, O objectivo, a maratona.

A viagem foi uma relaxada deslocação com paragem na estação de serviço do Pombal.
Das conversas iniciadas sobre a corrida, família e política, passou-se para frases soltas e acenos de cabeça circunstanciais.
Começaram a surgir os primeiros phones nos ouvidos e tablets luminosos.

Nesta viagem aproveitei a companhia do Pedro R do Clube de Corrida. Fizemos uma planificação da deslocação e acomodação.
Através da internet apercebemo-nos que havia alguém a organizar uma deslocação colectiva ao Porto. Com a agregação de várias pessoas conseguia-se, talvez, um preço simpático para a viagem de ida e volta ao Porto. Nunca pensámos que sairia tão barato (12€50) e que seriam 4 autocarros. O problema da deslocação estava resolvido.

Ao longo da viagem fomos afinando os pormenores quanto ao levantamento dos dorsais, estadia e refeições.
Quase tudo foi conseguido excepto a questão dos duches pós corrida.

Por volta das 13H00, chegámos ao Porto, via ponte do Freixo.
A zona ribeirinha apresentava-se tranquila, um sol acolhedor fazia-se sentir e aqui e ali, turistas de mapa na mão admiravam o rio.

O local de estacionamento era excelente. À beira rio, mesmo ao lado da antiga alfândega do Porto e a 5 minutos da praça de táxis. Mesmo como convinha.

No entanto 4 autocarros ao mesmo tempo, traz sempre algum “congestionamento humano” e foi isso que explicou a demora no levantamento dos dorsais.
O edifício antigo, em pedra, mas remodelado, albergava todo os “serviços” da organização. Foi aqui que levantámos os dorsais e os activámos no sistema, recebemos todo o merchadising da corrida (mochila, tshirt, brindes dos patrocinadores, fotos instantâneas e panfletos promocionais das próximas maratonas e mapa turístico da cidade).

Chegámos a todo o lado e só não fomos ao almoço de pasta oferecido pela organização porque tínhamos uma refeição típica á espera.
Demorámos quase 1h nesta “busca” pelos dorsais e afins. A fome já apertava.
Mas de táxi foi um pulo até ao Campo Alegre e ao Capa Negra. E ai, meus amigos, demos cabo de umas francesinhas. Que categoria!

Com a gula saciada e o físico retemperado, iniciámos a 2ª parte do plano. “Assentar tenda”!
O plano era simples: íamos até à Rotunda da Boavista, apanhar o metro de superfície na casa da música até ao Bulhão, na Rua Santa Catarina e fazer o check in na residencial.

Correu tudo na perfeição excepto as máquinas dos bilhetes. Não aceitaram cartões multibanco.

Na rua muitos atletas com camisolas técnicas faziam o seu passeio vespertino.

A residencial tinha tanto de castiço como de acolhedor. Ficámos na “penthouse” e a quantidade de escadas e a inclinação das mesmas faziam doer a vista. A meio fazia-se o check in. Pelo sim, pelo não, também estava uma cadeirão, não vá as pernas fraquejarem.

Num pensamento rápido vislumbre-me no dia seguinte, quando viesse buscar as malas. Estas escadas iriam fazer miséria.
O chão de madeira “rabujava” sob o nosso peso. Era um prédio antigo.

Má noticia, o late check out e o merecido banho, depois da prova, só podia ser garantido até às 14h. Bom, teríamos que utilizar os duches da organização.

Com o check in feito e as malas arrumadas, fomos dar uma olhadela aos arredores e procurar sítio para jantar.

Ficámos numa zona simpática.
Central, perto de uma zona comercial movimentada (incluindo uma via fechada ao transito cheia de lojas e inclusive um centro comercial).

Com o início do crepúsculo, a temperatura foi descendo e serviu de desculpa para não termos ido à zona ribeirinha, aos clérigos e aos aliados.
Por sorte o centro comercial era grande. Deu para fazer a compra da fruta para amanhã e “despachar” um prato de massa, sempre útil para uma véspera de maratona.

Foi já nos preparativos para a corrida do dia seguinte, que o Pedro R. se apercebeu que tinha-se esquecido das meias de corrida. A única loja que encontrou aberta foi dos chineses e as meias, bem as meias ……não eram propícias para a prática desportiva! Aqueles pés iriam sofrer bastante amanhã!

Seria uma noite descansada. Calma e tranquila. Mas a excitação pela participação na prova, um travesseiro diferente e um gato com insónias tornaram a noite mais longa do que se previa. Mas não tardou a aparecer as primeiras luzes da manhã.

A meio do pequeno almoço apercebi-me que a divisão estava cheia. A residencial estava cheia de participantes da maratona. Parecia uma armada francófona!

7H15. Ponto de situação:
Indumentaria vestida, pequeno almoço tomado, fluxo intestinal regularizado. Próximo passo: ir para o frio e procurar um táxi. Ambas as coisas estavam “à mão de semear”. E assim foi no frio da manhã, que de táxi chegámos ao início da prova.

Tínhamos os Jardins do Palácio de Cristal como vizinhos. Os participantes eram uma multidão em constante movimento. Todos se preparavam para as 8H30. Os últimos xi-xi´s eram acompanhados por chá e café oferecidos pela organização.

Pusemos a nossa “bagagem” no autocarro da organização, fizemos o ultima aquecimento e entrámos no pelotão faseado existente para a ocasião. Colocamo-nos no grupo mais lento do pelotão. Não havia pressa (nem pernas) para velocidades maiores!

Mesmo antes do tiro de partida foi tirada a divisão que separava os últimos da maratona com os primeiros participantes dos 16 km´s (Family Race). Ponto negativo para a organização que até este momento estava impecável. Gerou-se alguma confusão. Fomos assim com acompanhamento extra logo no primeiro quilómetro.

Tinha combinado com o Pedro R. que cada um ia no seu andamento. Na chegada iríamos encontrarmo-nos na carrinha das bagagens ou se tivesse a chover nas instalações dos duches. E assim, logo nos primeiros quilómetros, abordei a contenda sozinho.

Os primeiros quilómetros iriam me levar até Matosinhos e ao Porto de Leixões. Algumas pessoas na rua puxavam por nós.

Depois da subida do início da prova chegámos à rotunda da Boavista e seguimos para o estádio do Bessa, zona residencial dos xadrezistas. Voltámos a avenida da Boavista e dai até ao Castelo do Queijo, passando pela entrada do Parque da Cidade (que seria o final da maratona).

É um luxo desta cidade: O rio e o mar, como vizinhos de “porta ao lado”. Foi assim que vislumbrei o mar entre a surpresa e a satisfação. Felizmente, o vento era fraco. E foi em velocidade moderada e prevista ( 6 minutos por Km), que dei de caras com as gentes de Matosinhos e as suas rotundas espaçosas.

O sol não aparecia e cada vez mais nuvens surgiam no horizonte.

A saída de Matosinhos coincide com a descida dissimulada para a foz. Achei a zona fantástica. Um jardim acompanhou-nos até a foz com uma vista fantástica e uma calma que parecia Domingo. Espetacular! Ao longo do jardim existia uma ciclovia para os turistas mais desportistas. Hei-de voltar a este lugar. De qualquer forma voltaria a visualizar tal local, na volta da maratona.

Circundei a costa “tripeira” e entrei na margem do rio Douro. O rio seria a minha companhia nos próximos 20 Km´s.

O itinerário de corrida foi extendido nos km´s seguintes e os atletas começaram a rarear. Passei por edifícios antigos, casas ao abandono e outras cheias de vida. Em frente, o azul do rio cruzava-se com o cinzento do asfalto. Era a parte (da maratona) mais solitária. Deu para pensar em muitas coisas inclusivamente, no que seria o almoço logo após o final da maratona!

Um pouco antes da metade da maratona, atinjo o primeiro abastecimento de sólidos. Até a esta altura não tinha falhado qualquer abastecimento de água. A temperatura era amena e o sol continuava coberto pelas nuvens.

Não necessitava, mas como estava curioso, servi-me das esponjas molhadas. Sim, dão jeito e diria um jeitaço em dias de calor. E dá um ar mais profissional a quem de fora nos vê a passar!

A isotónica era em copo, o que deixou-me algo enrascado por causa do solavanco da corrida. Fecharia o abastecimento com meia banana. Estava seguro até ao próximo abastecimento, até porque levava no bolso uns figos secos para desenrascar qualquer fome inesperada.

A passagem na ribeira foi a loucura. Entre os turistas e locais a aplaudir, as varinas davam palmadas nas costas de meter respeito! Logo a seguir utilizamos a lindíssima Ponte D Luís para passar para o lado de Gaia.

Já ia de olho nesse itinerário, quando fazia a margem norte do rio.
Até ao abastecimento dos 25 Km´s foi passar de esplanada em esplanada, sob olhares atónitos dos clientes. Bom local para o namorico….pensei eu. No verão à noite, deve ser fantástico estar por aqui, com as luzes do Porto a “pintar” as águas do rio.

O 25º Km foi atingido.
Continuamos na margem sul do rio. Passei pela Afurada e cheguei ao Cabedelo. Era hora de voltar!

Por esta altura os joelhos já gemiam de tanto passo dado. No resto, a máquina rolava sem solavancos.

No abastecimento dos 30 Km´s, ainda em solo Gaiense, servi-me de uma garrafa de isotónica e marmelada. Nunca cheguei a ver pacotes de gel (em toda a prova). Não cheguei a perceber se tinha chegado tarde ou se eles (os pacotes de gel) alguma vez foram disponibilizados.

Deixei a questão de lado, quando voltei a ver novamente a Ponte D Luís. A margem norte estava de volta. Seria o regresso à procedência.

Agora sim, iria ser a doer. Por causa dos quilómetros já percorridos, pelos quilómetros que ainda faltavam percorrer e pela solidão que seria os próximos quilómetros.

Por ser o caminho de volta, inconscientemente, tentei aumentar a velocidade, de forma a chegar mais depressa à meta. Mas ainda faltavam muitos quilómetros.

35º Km, o abastecimento do “vai ou racha”. Entre a fruta, as águas e isotónicas e as esponjas, havia aqueles que se sentavam, outros que se deitavam, os que gemiam e outras que cantavam.
Entre a lucidez e a loucura, todos partilhavam as agruras da corrida.
Numa tenda de campanha da Cruz Vermelha alguém protestava. Isto é uma guerra!

Voltei a estrada, voltei à batalha.

Cada vez mais lento, tendo havido alturas em que a corrida e a marcha se confundiram, passei novamente pela foz do Douro, o jardim que antes me tinha parecido um paraíso. Agora, e com toda a minha fúria, queria deixa-los pelas costas.

Queria os 42 Kms, queria a meta, queria acabar!

A capacidade cardíaca estava funcional, mas os joelhos……..era um suplício.

No abastecimento dos 40 Kms, fui buscar uma garrafa de água, só para me entreter e me esquecer das dores.

Mas quando levei a garrafa à boca e olhei o horizonte, com Matosinhos lá no fundo, encontrei um céu negro, da mesma cor do asfalto que pisava.

Vinha lá tempestade!
E veio rápido demais, sem aviso e sem misericórdia!

2 Km´s feitos entre relâmpagos e trovões, chuva e vento.

Não merecíamos!

A meta, mais que o final da prova, era “porto de abrigo”.

Com o relógio a apontar as 4h30, cheguei, acenei, parei e refugiei-me por debaixo do toldo das imperiais. A chuva era tanta que fazia subir o nível do copo de cerveja. Já não era cerveja, era água com cevada!

                                           (Com a historia da chuva só me lembrei de desligar o relogio já la iam 4H48!)

Queria sentar-me, queria tirar a roupa molhada, queria um banho quente, queria comer, queria…………………

O raciocínio prático surgiu logo a seguir a ter deitado a cerveja fora.
Num pulo, fui buscar o meu saco de pertences ao autocarro da organização. E de seguida procurei abrigo. Encontrei um lugar livre, entre 2 prédios, mesmo ali ao pé.

A chuva era tanta que não me aventurei a percorrer a distância que separava dos duches.
E com isso, não consegui encontrar-me com o Pedro R.

Era altura de fazer ponto de situação e elaborar um plano de contingência.
A chuva e o facto de o autocarro de regresso partir as 17H, fez-me abdicar do duche.  Não era tão relevante, afinal foi tal a molha que tinha apanhado, que na verdade, só faltou o shampoo.
A muda de roupa estava garantida e ainda bem que tinha uma toalha no saco. Foi assim que me sequei e mudei de roupa ao pé de tantos outros.

O telemóvel, a carteira e tudo o resto tinha ficado na residencial.
Como iria resolver esta situação? Sentei-me a descansar e a comer uma barra energética. Perdia o meu olhar na garrafa de vinho do porto oferecida a todos os finishers da maratona.

Lembrei-me das moedas que tinham-me sobrado do táxi da manhã. Estes trocos tinham de dar para chegar ao bulhão.
Sabia de antemão que o metro de superfície não chegava ao jardim da cidade, onde me encontrava.
Estava na hora de me desenrascar. Aquela hora já não havia autocarros providenciados pela organização, directos ao centro da cidade.

Foi com esperança que vi um autocarro parado numa paragem. E foi lá que eu iniciei o regresso. Os trocos deram para ir até a estação de metro mais próxima (Sete Bicas).De lá fui directo à estação do bulhão. Estava a chegar ao destino.

Começou novamente a chover. Felizmente a residencial era já ali.

Como imaginei na véspera, subir a escadaria da residencial não foi fácil. E quando cheguei ao tal cadeirão, para um descanso merecido, encontrei-o ocupado por um gato gordo, tresmalhado e sonolento. Então este tinha sido um dos causadores da minha noite intermitente! Em forma de vingança dei-lhe uma sapatada e destronei-o do trono. Estávamos quites.

Felizmente consegui contactar o meu colega de viagem, que entretanto já me tinha tentado contactar. Tinha tido mais sorte que eu. Como tinha acabado mais cedo, tinha conseguido fugir a chuva e tomado um duche quente.

O tempo apertava e sabendo que a viagem de metro entre o bulhão e a casa da música era directo e rápido, ainda fomos ao centro comercial almoçar. Coisa ligeira! É que ainda tínhamos um longo caminho de regresso até Lisboa.

Até à próxima cidade do Porto!









segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Correr em Odivelas, “correr em casa”


Neste Domingo participei na 3ªedição da Corrida D.Dinis em Odivelas. Foi como “correr em casa” J. O percurso da prova passava à “porta de casa” e contei desta vez com dois espectadores especiais, a minha esposa e o meu filho J.

O percurso da prova era cheio de “altos e baixos”, havia umas quantas subidas e umas quantas descidas. Na minha perspectiva, trata-se de um percurso variado, exigente e interessante para uma prova.

A partida foi junto ao pavilhão Multiusos. Os primeiros 3 kms consistiram em “voltas” pela urbanização colinas do cruzeiro, sendo que o 3ºkm coincidia com a zona da partida e depois o pessoal encaminhava-se para a parte mais antiga e para o centro de Odivelas. Percorri os 3 primeiros kms em aproximadamente 14:20.

Os kms seguintes foram relativamente tranquilos com uma “mini-subida” depois do 4ºkm, sendo que passei a placa do 5ºkm com 24:03. Há algum tempo que não fazia 5 kms em perto de 24m. Neste momento percebi que era concretizável fazer um tempo na prova abaixo dos 50m.

O km seguinte foi em piso plano e deu para perceber que teria hipóteses de fazer a melhor marca pessoal dos 10 kms, uma vez que o relógio marcava 28:40 aos 6kms. Para o alcançar sabia que não poderia abrandar ou facilitar, mas ainda iriam aparecer a subida junto à estação de metro e a subida dura da Av. Abreu Lopes.

Procurei manter o ritmo e passei os 8kms (junto ao metro) em aproximadamente 38:30, imediatamente antes das difíceis subidas que o km 9 reservava para os participantes. Com hipóteses de fazer um bom resultado, dei o meu melhor e “corri atrás do record pessoal”.

Passei a placa do km 9 com 44:00 de prova. Nos treinos que faço por Odivelas não incluo o trajeto deste km, mas foi sem dúvida a vez que corri ali mais depressa de todas as vezes que passei por aquele trajeto.

Último km a dar o máximo e tempo na meta (junto ao pavilhão multiusos) de 48:20. Melhor marca pessoal dos 10 kms.


Foi uma bela prova J.

Para mim os resultados são apenas indicadores, não corro para ganhar a ninguém, não participo nas corridas com o objectivo de bater records, corro pelo desafio pessoal que cada prova proporciona, participo pela experiência que cada prova proporciona e isso ajuda-me a me conhecer melhor.

Aproveito para mandar um grande abraço aos colegas do Team J.


Boas corridas para todos! Divirtam-se!

domingo, 16 de novembro de 2014

Treino em Mons Sanctus - Trail Agridoce


 
Há dias em que o caminho que nos surge à frente nos parece turvo atrás de uma cortina que nos faz arder as pupilas dos olhos. Há dias em que toda a esperança pode explodir dentro de nós.

(Constelação de Caranguejo... não estão a perceber pois não? é assim mesmo)
 
Esta semana tive um dia em que as estrelas choraram e as ao mesmo tempo  que a esperança me enchia a alma. Acreditam na migração das almas? Confesso que sou muito céptico mas gostava que assim fosse.
(Já vos disse que adoro trilhos?)
 
Foi com este misto de emoções, sem saber muito bem o que sentir, um pouco conformado, aceitando que a vida é assim, estupida, que no fim de semana resolvi ir correr para Monsanto, curiosamente o nome continua no âmbito do sagrado e da introspecção.

Mons Sanctus!  Ainda estão para descobrir o santuário que lá haveria. Ou será que o monte todo era um santuário?
 

Cheguei numa manhã coberta por uma manta de humidades ao parque do Calhau, determinado a esticar para os 40 minutos de corrida consecutiva o meu record pós lesão púbica.
Comecei por dar umas voltinhas à volta do parque de merendas.
(adoro trilhos)
 
Depois passeei pela minha alameda preferida de cedros. Ir e vir até ao Aqueduto das águas Livres, por entre poças que me "obrigaram" a sair daquele estradão e para a "selva".

 E com alguns kms feitos resolvi experimentar outras paragens, talvez por vicio próprio, talvez por efeito dos medronhos.
 
(quase prontos a comer/colher)

Mas aquela atmosfera húmida, o verde, os cânticos dos melros, os trilhos por entre as árvores, fazem-me novamente sonhar com os trails... E acabei por fazer algumas asneiras por ir por trilhos. Não tanto quando me meti por eles adentro, mas quando sai deles por uma rampa a testar os adutores.

 
Voltei às voltas calmas do parque de merendas. A velocidade não foi grande coisa, acima dos 6 ao km, mas o objectivo também não era esse. Era o aguentar os 40 minutos e consegui-o.

Mas os sobes e desces fizeram as suas mossas nos abdominais. E no final, aproveitei a existência de um circuito de manutenção para fazer pranchas, agachamentos, splits e alongamentos. Muitos alongamentos... 
 
Da próxima vez vou ter de fazer com mais calma, ou menos tempo. Só quero chegar à hora de corrida lá para as Sãos Silvestres.
(Eu quero ir por ali correr... perninhas deixem por favor)

De resto, adorei as vistas, os sons de mil pássaros diferentes que habitam o parque, as cores e a calma. Porque precisava mesmo disso. De calma e do bichinho dos trails a atacar de novo, de facto tenho de confirmar sou um apaixonado por esta experiencia.
Estou desejoso de voltar!!!