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domingo, 20 de novembro de 2011

10 kms D.Dinis - Odivelas (report by Rui)

Sem saber como vi-me metido numa prova de 10 kms. Eu que ainda há uns meses quase "morri" para fazer uns meros cinco quilómetrozinhos... Uma dezena era para mim uma distância quase inalcançável, até porque nos treinos que tenho feito nos últimos seis meses nunca tinha superado a marca dos 7,5 kms. Mais uma vez a oportunidade surgiu à porta de casa, na 1ª Corrida D.Dinis, em Odivelas. Eu, o Joel e o Ricardo alinhámos logo nesta prova. O Ricardo, por motivos de força maior, acabou por não alinhar.
O primeiro obstáculo começou por ser a roupa. A manhã estava fria, mas ao mesmo tempo estava Sol, o que me deixou num dilema sobre o que havia de vestir. Já tinha decidido que ia de t-shirt, a dúvida era se levaria a camisola térmica que uso no BTT ou um casaco fino. Optei por levar as duas peças e depois logo decidiria. No aquecimento decidi despir o casaco e levá-lo à cintura. Boa decisão. A camisola térmica - como aliás já me tinha provado várias vezes - é mais do que suficiente para uma manhã fria.
Cerca de 1000 participantes reuniram-se à partida e lá fomos. O Joel, com um ritmo mais alto, arrancou de imediato e ao fim de 500 metros já não o via, muito graças à confusão que se gerou. Eu tinha decididido fazer uma corrda calma. Tinha o objectivo de 1h10m, mas a meta maior era mesmo chegar ao fim. Sinceramente tinha "medo" de rebentar por volta das 6kms, mas também sabia que se chegasse bem a essa marca conseguiria chegar ao fim, pois os 4 kms finais eram a descer.
Já a fase inicial foi terrível. Se alguém me dissesse, à passagem dos 3 kms, que faria um tempo final de 1h 03m 26s diria que estava louco. Na realidade por essa altura estava de rastos, e ainda não tinha atingido as maiores subidas do percurso. Essa era, para mim, a maior dificuldade desta prova, as subidas. O treino que faço é maioritariamente em terreno plano, pelo que não sabia como ia reagir à irregularidade do terreno. No BTT o meu ponto forte são as subidas, no atletismo é claramente o meu calcanhar de Aquiles.
No final do km3 vi-me obrigado a parar a primeira vez, logo a seguir à 1ª subida. Estava de rastos. Bebi um pouco de GoldDrink e continuei até ao final do km4 altura em que, após mais uma subida, tive de abrandar de novo. Aproximava-se mais uma subida e optei por descansar antes de voltar a correr até ao final do km 7. Mais uma subida e mais uma paragem. Uma saqueta de gel recuperante, mais GoldDrink, e arranquei. estava a 3 kms do fim e sentia-me muito bem nessa altura, até porque o caminho que restava era a descer. Porém a meio da descida, ao km8, senti uma dor estranha na zona abdominal. Não era a chamada "dor de burro", era algo mais agudo que me dificultava o movimento natural do corpo quando se corre, mas acima de tudo estava a desconcentrar-me. Abrandei um pouco, fiz pressão na zona dorida e apelei ao espirito de sacrificio. Continuei a correr e ignorei a dor. O que é certo é que passado uns 500 metros já não sentia nada e já não voltei a parar até ao final.
Na meta encontrei o Joel, já na fase dos alongamentos. Tinha feito um tempo fantástico... Já eu tinha feito 1h 03m 26s, muito muito bom. Ainda para mais tendo em conta que era uma prova acidentada. Correr não é o maior dos meus prazeres, mas ao mesmo tempo devo confessar que gosto disto das provas. Gosto sim senhor... Qual será a próxima?

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