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domingo, 30 de setembro de 2012

A minha primeira meia-maratona

Há muito tempo que se falava, no seio do nosso grupo de corrida, desta meia-maratona, mas só o Ricardo tinha avançado para a inscrição. Na parte que me toca não me achava capaz de chegar aos 21 quilómetros e, sinceramente, não fazia questão de experimentar. Os treinos semanais chegam-me para o que quero tirar da corrida, que é o exercício físico para a perda de peso.
Mas a poucos dias da prova tudo mudou. Um amigo tinha um dorsal a mais e desafiou-me para "saltar" directamente dos 10 kms para os 21! Homem que é homem não recusa desafios e eu não demorei muito a aceitá-lo. Passei então a pensar no que poderia acontecer. Sabia, dos treinos que faço, estar apto para chegar aos 12 ou 13 kms, mas a partir daí não fazia ideia de como me comportaria.
Para só ter de me preocupar com a minha prestação tratei de pensar em todos os pormenores, desde  as melhores meias para calçar até à melhor forma de proteger os mamilos. Ponderei e ponderei sobre a t-shirt a usar e estive até à última para decidir sobre o uso do corta-vento. Felizmente - sei-o agora - tomei todas as decisões certas. As meias foram confortáveis, a t-shirt do grupo JRR portou-se lindamente e ainda bem que não levei casaco pois acabou por fazer muito calor. Outra parte foi a alimentação e hidratação. Jantei um bom prato de massa, mas sabia que o comeria de manhã também seria muito importante. Ia sair de casa às 7h30 e a prova só arrancava às 10h30. Tomei um bom pequeno-almoço e saí de casa munido de uma banana, uma barra de chocolate e cereais e uma garrafa cheia de GoldDrink. Que óptima decisão. Fui comendo e bebendo ao longo do tempo de espera e quando comecei a correr estava devidamente alimentado e hidratado.
O início da corrida foi uma grande confusão, algo perfeitamente natural para uma prova deste género. Os dois quilómetros feitos ainda em cima da ponte foram muito lentos, mas a um ritmo suficientemente bom. Ao Km3 já tinha perdido de vista, no meio da multidão, o resto da malta do JRR e mais dois parceiros de prova. Restava-me um e decidi manter-me com ele enquanto pudesse. Felizmente para mim ele adoptou um ritmo confortável, a rondar os 5'40''/km e estivemos juntos até ao Km17.
Pelo meio adoptei a regra do BTT de beber antes de ter sede e comer antes de ter fome. Em quase todos os abastecimentos recolhi água quase só para molhar a boca. Ao Km8, como tinha previsto, ingeri o primeiro gel energético. Passei a marca dos 10 kms com 58'45'' e mantinha um ritmo interessante. Acima de tudo sentia-me bem e continuei a sentir-me bem até aos Km16. Por essa altura tive uma pequena quebra e esse Km pareceu durar uma eternidade. Recuperei e ao Km17.5 inseri o segundo gel e voltei a hidratar e tive um boost animico ao perceber, ao Km18, com 1h44m50s, que o objectivo de acabar abaixo das 2 horas era tangível.
Decidi então aumentar o ritmo. Olhei para o meu parceiro que me acompanhava desde o Km3 e ele disse "vai" e eu fui. Percorri a etapa final da meia-maratona num ritmo mais alto ao que vinha mantendo, mas acabei por falhar o objectivo por menos de dois minutos, com 2h01m45s.
 
O balanço é, apenas e só, positivo. Fiz tudo bem e correu-me tudo bem. Daqui a duas semanas há mais - Corrida do Sporting - e daqui a um mês também - Maratona BTT Taska do Xico.

Para a posteridade fica a foto da equipa JRR.
Ricardo, Joel e Rui



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