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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Maratona de Lisboa 2012, por Estafetas - 4º Percurso

Coube-me o 4º percurso da Maratona de Lisboa em estafetas. Fazendo parceria com o grupo do blog JRR Desporto, estava apontado que a passagem de testemunho seria feita lá para as 11h45,  para os lados de Belém.

Equipado com uma camisola interior, porque o frio era muito e o sol mostrava-se a espaços, decidi chegar um pouco antes da “hora marcada” (com os cumprimentos da “patroa” que logo depois de me ter deixado, decidiu dar uma volta no IKEA …agora imaginem a que horas almocei !!!).

Aproveitei para fazer o aquecimento até ao local das estafetas e logo me cruzei com o Ricardo que em grande velocidade se dirigia para a curva que iria direcioná-lo para a parte final do seu trajeto.

Fixei “poiso” no local das transições.

A seguir foi um conjunto de momentos característicos de uma corrida em estafetas:

- Momento “Bolas….que o gajo nunca mais chega!”. 
Pode ter sido apenas 10 minutos, mas pareceram horas, até ver o Ricardo de elástico na mão (não, não havia nenhum problema com os calções do Ricardo, o elástico era uma espécie de pulseira que iria servir de passagem de testemunho).

- Momento “Açúcar para quem começa, potássio para quem chega!”.
Quando vi o Ricardo decidi comer o meu mini KitKat para começar logo a queimar açúcar “fresquinho” e prevenir alguma caimbra mais chata no Ricardo (que ainda tinha um longo caminho até a casa). E afinal, uma banana sabe sempre bem depois de uma prova!

- Momento “Então companheiro….isso vai?”
Comecei a passar os colegas da secção que faziam a maratona. Para eles tinha sempre a preocupação de perguntar se estava tudo bem. Para o Carlos e o André, para alem da preocupação, relembrei-lhes o cozido à portuguesa da passada 4ª Feira. Para alem, de uns sorrisos o André ainda disparou um flash. Uns heróis, esta malta porreira, qualquer dia espero, também, estar a somar 42 km de uma só vez!

- Momento “União Europeia”
Nesta corrida escolhi a Itália como alvo da minha estima e simpatia “em bem receber”. Coincidência…..só apanhei corredores nativos do sexo feminino (vá se lá saber porquê!!!). Soprei-lhes sempre um “Forssszzzaaa” quando passava por elas. Estavam tão cansadas que apenas soltavam uns “Buuffssss”. Se calhar era algo em Italiano!

- Momento “O quê??  Também corres!!”
Pois, cada vez mais a corrida tem mais aderentes. Desta vez encontrei ………..o meu vizinho da frente!. E estava a correr os 42 km. Grande surpresa!. Quem sabe um parceiro de treinos de corrida no futuro! ….quem sabe….


Momento “Então mas a subida nunca mais acaba??”

Virei no Terreiro do Paço, fui até à Praça da Figueira, dirigi-me para o Martim Moniz e comecei a Almirante Reis. Tudo calmo, tudo seguro. Não é uma subida acentuada mas, “farta que se farta”!. A meio já ia “empanturrado” da longa subida. Passei o Intendente, passei os Anjos e cheguei à Alameda. A coisa piorou, pois a subida aumentou. Alguém disse que a subida acaba lá ao fundo, onde está o autocarro. Eu já deveria ter experiencia de que normalmente estas referencias são apenas para beneficio psicológico. Mesmo assim, decidi acreditar. Passei o autocarro e ainda havia mais subida. Não havia tempo a perder com resmungos. E a Almirante Reis estava a acabar. Mesa de abastecimento mesmo na entrada para a João XXI. Não sei se foi a agua, se foi o fim da subida, ou das duas coisas, o certo é que o animo voltou.

Momento “Então mas ainda mais meio estádio!!??”

Falta 2 km, falta 1 km. A distancia da Maratona era a mesma das estafetas e portanto “guiava-me” pelas informações marcadas para os maratonistas. As retas infindáveis davam lugar as curvas rápidas. Uma curva, e a seguir começo a ver de “esguelha” o edifício da REN. Era a minha referência de que o “passeio” estava a acabar. Entro no complexo da Inatel, passo por umas “balizas” que penso ser a meta. Nada disso, ainda faltava meia volta no “tartan” e lá fui ….




Por fim, dirijo-me para o carro. As 4 medalhas de participação fazem-me lembrar os rebanhos de ovelhas no Alentejo. Demorei cerca de 59 minutos na minha prova. Sinto-me mais desapontado que cansado. Meto a mão ao bolso e tiro de lá um papel pequeno.
Na véspera, tive o jantar de Natal da empresa. O meu lugar foi o 57. Quando me sentei e olhei para o papel identificativo do lugar, assumi de forma consciente, que esse poderia e deveria ser o meu tempo nas estafetas. Falhei por 2 minutos. Falhámos o top 100.

Tive para deitar o papel fora.

Agora tenho-o à vista lá em casa.



Ficou a lembrança de uma manhã de domingo bem passada, a correr com amigos e desconhecidos. Sabe sempre bem!

Mas espero, daqui a 1 ano, com um sorriso nos lábios, deitar o papel fora!

1 comentário:

  1. Gostei particularmente dos momentos:
    -“Açúcar para quem começa, potássio para quem chega!”
    -“União Europeia”!!

    PS: Epá, eu não demorei assim tanto!!!

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