Páginas

domingo, 29 de janeiro de 2012

A barreira caiu!

29 de Janeiro de 2012 marcou o quebrar de uma barreira da minha parte: as dos 10 kms / 1 hora!
É verdade, 59'02s. Foi na corrida Luzia Dias, no Lumiar, prova na qual me inscrevi com o Ricardo. O Joel inventou uma desculpa esfarrapada para não comparecer, e ainda bem. Se em condições normais ele já faz os 10 kms em 52 minutos, estando com "eles" apertadinhos acredito que a Lebre Atómica fizesse a coisa em menos de tres quartos de hora, deixando-nos envergonhados. Assim foi bem melhor! ehehe

Bem, adiante.

Esta prova divide-se, para mim, em três fases. Até aos 5 kms, até aos 7 kms e até à meta.

Comecemos pelo início. Pela primeira fez inscrevemo-nos como equipa JRR. Levantar os dorsais foi, por isso, um mar de tranquilidade. Passámos ao lado da confusão e em 5 segundos tínhamos na mão todo o material necessário para  a prova. Colocámos os dorsais, configurámos os nossos gadgets, demos um ligeiro aquecimento e lá fomos.
Nos primeiros dois quilómetros corremos lado a lado, mas a meio do 3º km percebi que estava muito bem. As minhas pernas pareciam ter vida própria e queria correr mais do que eu estava a deixar. Parece uam frase idiota, eu sei, mas é a melhor forma que tenho para explicar o que senti na altura. Olhei para o Ricardo e pareceu-me que ele tinha encontrado o ritmo certo e então comecei a acelerar um pouco, nada de especial. Olhei de novo para trás, para ver se ele dava algum sinal de me acompanhar, mas nada. Decidi então faer-me à vida. Até ao km 4,5 senti-me excelente. Percebi que estava a fazer um grande tempo e ia num ritmo muito bom. Mas por essa altura começava a sentir-me um pouco cansado. Apontei à marca dos 5 kms de forma a melhorar o meu tempo a essa distância, e atingi o meio da corrida com 26'58s. Muito bom. Nessa altura abrandei. Aprovetei o abastecimento líquido para meter o gel no bucho, descansei durante uns 200/300 metros e lá fui. Nessa altura ainda olhei para trás, na esperança de o Ricardo me ter apanhado, mas nada.
Até ao km7 não sabia bem o que esperar da prova. Ia confortável, é verdade, mas não conseguia ainda perceber o tempo final que me estava destinado. Até essa marca que atingi com 40 minutos certos, dois a menos do que média da hora, 42'. Com essa almofada decidi que não podia deixar escapar a oportunidade de terminar a prova abaixo da hora e entrei numa nova fase, com esse objectivo.
Subi um pouco o ritmo e fui, acima de tudo, controlando o tempo. Passei aos 8 kms com 46 minutos, mantendo a vantagem de dois minutos que sabia que iria ser fundamental para o último quilómetro. Porém, à entrada no parque da Quinta das Conchas, começou-me a doer o pé direito. Bolha... Tentei ao máximo ignorar a dor e quando cheguei ao km 9 ia com 52 minutos. A vantagem mantinha-se. Mas sabia que o último km era duro, uma subida valente em terra batida que podia faer mossa. E fez. Apareceu a dor de burro. Essa conjugada com a dor no pé obrigou-me a fazer boa parte da subida a pé, tendo atingido o cume com 57 minutos. Tinha menos de três minutos para atingir a meta que não tinha noção de onde estava colocada. Aumentei o ritmo ignorando todas as dores e quando vi o portal da meta comecei a festejar interiormente. Tinha conseguido o objectivo de fazer 10 quilómetros em menos de 1 hora! E logo ao fim da minha segunda corrida. Espectáculo! Creio que o meu tempo foi de 58'59s, mas só parei o cronómetro aos 59'02s, por isso é esse que conta. Não interessa, a barreira da hora caiu.

1 comentário:

  1. Boa prova Rui!
    Epá, acho que não baixava os 50minutos. Corri 6 kms nas colinas e fiz 32m45s.
    O desafio é fazer menos de 50m depois do puto nascer!

    ResponderEliminar