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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A atitude no dia-a-dia


Desde já esclareço que não é meu objectivo valorizar ou desvalorizar qualquer clube ou qualquer grupo de pessoas, mas sobretudo abordar a questão da atitude.
Vi apenas alguns minutos deste jogo mas deu para compreender aquilo que li hoje num artigo do Sapo intitulado “O futebol-paixão esteve nas bancadas do Dragão”. De um lado o FC Porto, favorito na eliminatória, do outro lado o Eintracht Frankfurt, uma equipa alemã (com história) que está classificada no 15º lugar do campeonato alemão mas a fazer uma boa campanha na Europa.
Logo à partida, cerca de oito mil adeptos do Eintracht Frankfurt compareceram no estádio do Dragão para apoiar a equipa alemã. O total de espetadores no estádio foi de “apenas” 25000. 8 mil adeptos de uma equipa que no seu campeonato está a lutar para não descer de divisão num jogo fora de casa no estrangeiro e a meio da semana? Incrível! E não só compareceram como apoiaram a equipa de início ao fim!
No jogo em si estiveram a perder por 2-0 e ainda conseguiram empatar.
Li o seguinte: “os adeptos do Eintracht não estiveram no Dragão só a marcar presença. Eles cantaram, vibraram e até cantaram ao desafio entre eles, sempre em clima de festa, por pura paixão ao desporto”.
 “Do outro lado, o público portista limitava-se a apupar os jogadores, do FC Porto, e a gritar sempre que estavam em desacordo com a equipa da arbitragem”. Tradicionalmente em Portugal, seja qual for o clube, é isto que acontece quando os jogos correm menos bem à sua equipa.
Será que algo semelhante só acontece em Portugal nos estádios de futebol ou também acontece em empresas, estradas, ruas, supermercados ou até em algumas casas? O que acontece quando as coisas correm menos bem? Todos reclamam? Procuram-se “culpados”? Há críticas e julgamentos? Há respeito? Há tolerância? As pessoas apoiam-se e são solidárias umas com as outras? Procuram-se soluções?
Parece-me que seria desejável que em Portugal se passasse a criticar menos e se julgar menos. Isto não significa que não devemos ser exigentes e responsáveis (sobretudo com quem governa a sociedade), antes pelo contrário. Uma cultura de exigência e responsabilidade colocada em prática provavelmente contribuiria com que o foco da sociedade fossem as soluções.
Porque não, ser exigente e ao mesmo tempo ser tolerante. Não confundir tolerância com fraqueza, pois são coisas completamente diferentes.
Em 1º lugar sermos tolerantes com nós próprios. Podem existir momentos menos bons, mas podemos nos lembrar que há sempre aprendizagens a tirar e que temos capacidades (dentro de nós) para lidar com as situações em vez de “lutarmos contra elas”. No meio da situação claro que por vezes não é fácil ter o discernimento necessário (e acontece por vezes a todos) mas vale a pena nos lembrarmos que cada ser humano tem muito valor e lembrando isso a atitude pode ser muito melhor e ficamos a nos sentir muito melhor J.

Divirtam-se J!

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