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terça-feira, 21 de outubro de 2014

O QUE FOI, O QUE ACABOU DE SER E O QUE PARA AI VEM ……




Quase 2 meses passaram desde o início desta nova temporada atlética. Vamos chamá-la de Ano Corredor 2014-2015.

Depois de um verão com duas semanas de férias e uma mão cheia de treinos para a Maratona Rock and Roll Lisboa, iniciámos as corridas com a Corrida do Tejo.

- Corrida do Tejo 2014

Quero acreditar que é apenas uma coincidência mas tanto as t-shirts técnicas da Corrida do Tejo como da Maratona de Lisboa, deste ano, eram “pintadas” a cor verde. Verde, verde florescente, verde urticaria ………….verdalhasco!

Aparte da cor. Tudo perfeito!
Fizemos (eu, o Eduardo e o Fernando) a ida para Algés em forma de corrida. Aproveitávamos assim, para fazer um treino de 20 Kms (ida para Algés, em forma de aquecimento, participação na corrida em forma de treino). Estava nublado mas calor, um abafado tropical nada “famoso” para estas “andanças”.

E foi ver uma onda verde “cor de alface” por aquela marginal a fora.
E foi ver vários amigos, no mesmo pelotão. Um cumprimentos à pressa e um “até já” prometido.

A vista era fabulosa!
É de facto uma prova elitista, não pelo facto de ter um certo tipo de corredores específicos, mas sim pelo facto de proporcionar um ambiente que normalmente só alguns “vivam” em provas de vagas muito limitadas.

Adiante, os km´s passaram a correr, como é óbvio!

Passamos o Macdonalds e usámos a última subida para “mirar” a meta.

Quando apanhamos alguém a querer parar no último Km da prova, somos uns gajos…………..Insuportáveis. E foi o que aconteceu à moça que ia parar, talvez por causa da respiração ofegante, talvez por causa da fadiga muscular, ou talvez por causa das duas situações.
Um empurrão voluntarioso e palavras de incentivo. Foram 10 minutos de puro sacrifício. Foi um “azar” termos passado na altura “errada”!
Sorte ou azar, correto ou errado, o que é certo é que lá acabou a prova e o “ai meu deus” transformou-se em “obrigado e abraços”. Valeu a pena o esforço!

O local de encontro é sempre o mesmo (para nós e para todos os outros).
Portanto a confusão era muita no Rabo da Baleia!
Mas era uma “confusão boa”!
O convívio estava a saber tão bem que me esqueci dos alongamentos!
Soube bem este passeio na linha de Oeiras!

E assim se passou mais uma semana. Faltava duas semanas para a Maratona de Lisboa!
Os dias iam passando.
Casa-trabalho………………trabalho-casa……………e alguns treinos à hora de almoço.

Mais um Domingo e mais uma corrida………..


- Corrida do Destak 2014

Trocamos de linha.
Deixámos os queques da linha e entrámos na capital das tias!

Desta vez, só com o Eduardo, fomos pôr o carro na meta e de lá voltámos a correr 10 kms até Carcavelos, rumo à partida portanto.

Tempo ameno, nem frio, nem calor, nem seco, nem abafado. Como se quer………….

Na partida, optámos por uma velocidade controlada. Dava para admirar as vistas. Quem á nossa frente andava e quem ao lado por nós passava. E mar tranquilo lá fazia o seu deslize na areia da praia!

A surpresa foi mesmo o final. A chuva apareceu de surpresa e foi um refrescante final. Encontrámos caras conhecidas, por baixo dos toldos das arcadas e das lojas.
Fomos pondo a conversa em dia até a chuva amainar.

E já faltava pouco para a maratona!

- Maratona Rock and Roll Lisboa 2014

………..e assim chegamos ao dia 5 de Outubro. Os cinco, mais o “Luzio Pepe Rápido”, tinham local e hora marcada: 8H30, Hipódromo de Cascais.

A logística foi montada com uma simplicidade de se orgulhar.

As 6h45 estava no Parque das Nações para ir buscar o Rui e o Fernando e mais o Luzio.

7h15, parámos em Massamá e trocámos o transporte. Até Cascais íamos com o Eduardo.

7h45 a chegada ao início da aventura.

O local foi bem escolhido. A volta que contornava o espaço do hipódromo servia o aquecimento. As bancadas serviram para os preparativos.
Mas no espaço ao lado, ai sim já se sentia o nervoso.
Tratava-se do espaço de entrada do hipódromo. Num dia normal serve de parque de estacionamento. Mas neste dia servia para variadas situações: ponto de encontro, local de aquecimento, urinol, bengaleiro, local de reza e spot fotográfico.

Os minutos passavam, o nervoso crescia!

8H30, o tiro de partida foi dado. A subida na partida serviu para demorar os desejos de boa prova e na captação do sinal do GPS no relógio.

Ambiente fantástico!

Acredito que 40% do pelotão provinha do estrangeiro. Uma lufada de “caras frescas”!
O itinerário era igual ao do ano passado excepto a volta de 3 Kms em Cascais que substituiu a passagem pelo centro de Oeiras. Pena mas, não podemos ter tudo!
De resto, a organização esteve irrepreensível, sobretudo em relação aos abastecimentos.
Até mesmo os criticados copos de isotónico foram ultrapassados, em nº pelas garrafas da mesma bebida.

Passagem aos 10 Kms na Parede. Ponto situação: Eduardo e Fernando iam lá á frente (parecia que o entusiasmo suplantava os receios decorrentes da primeira maratona!)

Eu e o Filipe (que foi ter connosco directamente à partida) e o Rui fazíamos o trio da retaguarda.

Encontrámos o Eduardo no “acto mijatorio” logo a seguir à Parede. O homem voltou a ganhar terreno e conseguiu alcançar o Fernando.

O Luzio Pepe Rápido, esse já devia ir lá bem longe!

Depois da passagem por Oeiras, procurávamos as caras conhecidas que nos tinham prometido presença algures no trajecto. Foi só, depois da etapa das bandeiras, logo antes do túnel da Cruz Quebrada, que ao virar uma esquina, fomos recebidos numa gritaria. Era o Zemi e a Família Rodrigues!
E que bem que soube! Neste tipo de provas é importantíssima esta força exterior!

A metade da maratona foi atingida em Algés.

Entretanto fui perdendo o Rui. A inflamação, no tendão do joelho esquerdo, estava a atacar em força. Pensei que pudesse ser algo passageiro. Mas só no final da prova é que o voltei a ver.

Entretanto o caminho até ao Cais do Sodré fio se fazendo. Com mais cansaço nas pernas, com os joelhos mais “moídos”. O chão da Ribeiras das Naus e da Baixa de Lisboa “gastou-me” o resto da minha paciência que ainda me sobrava.

E de novo a parede dos 35 Kms´ atacava. E novamente deixei-me ir abaixo. É possível que tivesse ultrapassado este obstáculo, se tivesse alguém a fazer companhia. Talvez sim. Talvez não. O que é certo é que depois do abastecimento do gel comecei a abrandar, cada vez mais devagar, cada vez mais derrotado. E parei. E voltei a correr, depois andei. Parei novamente e recomecei novamente.

Com este “corre, não corre” gastei mais de 30 minutos em 4 Km´s. Foi pena.
Não é algo que me tire o sono, mas novamente “tropeço” no mesmo Km. O 35!

Da mesma forma surgiu, da mesma desapareceu o cansaço, quando vislumbrei lá ao fundo o Parque das Nações. Voltei novamente com “ganas” de correr. Porque é que isto acontece? Será do percurso feio de Santa Apolónia ao Parque das Nações? Será do cansaço natural depois de 35 Km´s a correr? Ainda não percebi!

Já na avenida principal tudo parecia alegria!
Encontrei amigos, que já tinham acabado a maratona/meia maratona, a puxar por quem ainda estava acabar.

A meta já lá estava ao fundo, era hora de acabar o sacrifício atlético.

Admito que os minutos seguintes, depois da meta, foram feitos quase sem consciência.
Este ano, ou a saída da meta estava bem organizada ou o facto de ter levado mais tempo a percorrer os 42 Km´s, fez com que não tenha apanhado grande aglomerado à saída.
O que é certo é que passei a meta, tirei uma foto, deram-me uma medalha mais um saco com lembranças e mais um gelado e quando dei conta estava fora do recinto da meta.


Ainda fiquei sozinho, alguns minutos, no lago das bandeiras.
Estava cansado e rabugento e precisava de esticar os músculos.
Para me levantar é que foi complicado. Quando me dirigia para o autocarro-bengaleiro, encontrei o Eduardo e o Fernando. Fomos todos juntos para o lago dos vulcões. Era hora de pôr os pés e pernas de molho. Foi lá que me contaram que tinham acabado a prova sempre a correr e, como é óbvio, estavam contentes pelo feito. Eu também, claro!

Passamos os 20 minutos seguintes como autênticos septuagenários, na orla da praia a molhar os pés na água fria e salgada. E soube muito bem!

Alguns minutos depois, chegou o Rui. A coxear e cansado, com mais uma maratona no bolso. Esta tinha sido “arrancada a ferros”!

O convívio demorou-se mais um bocado.
O tema de conversa foi sempre a maratona e as experiências sentidas.
Sempre com os pés de molho claro!

Também soube bem o irmão do Eduardo, nos ter ido lá buscar. Se há coisa, que não temos vontade, depois de uma maratona, é guiar um carro.

Soube também, que tinha corrido tudo bem com o Filipe. Naquela hora já ia a caminho de casa.


O resto do dia era de cada um.
Cada um à sua maneira iria descansar e recuperar do “passeio” desse dia.


- E agora algo completamente diferente!

Agora que já passaram duas semanas da Maratona de Lisboa, já me sinto recuperado.

Voltei a fazer os treinos de distancia mínima (5 – 15 Kms),
O que foi já lá vai!
Não me vou esquecer do Km 35.

Daqui a duas semanas vou apanhar um autocarro para o Porto.

Pois é, este ano ainda vou voltar aos 42 Kms.
Lá em cima.
Muito já me têm dito sobre a prova.
Coisas boas!
Vai ser fazer turismo em corrida!

Se vai correr tudo bem?
Claro que vai!
Eu depois conto.





4 comentários:

  1. "Estava (...) rabugento"

    Qual é a novidade??? lol

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  2. Grande Pedro! Em primeiro lugar parabéns por chegares ao fim! Em segundo lugar sei bem o que tu tens passado para fazer estas maratonas. Muita força

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  3. Muito bem! Também fiz a Maratona de Lisboa este ano outra vez, mas este ano eu cá notei muito aglomerado no fim, especialmente na zona onde estavam a dar os gelados.

    Abraços,

    Unleash the runner in you

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