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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Trail de Monsaraz - Uma crónica que não é de corrida



 
O almoço de sábado lançava o mote para o fim de semana perfeito - pennes de azeitona com tomate cherry fiambre salteados, salsichas de peru e queijo. Já tinha saudades de a dieta me deixar cozinhar massas.  De sobremesa, um  episódio da guerra dos tronos.

O Eduardo e o Pedro foram-me buscar às 14:30 e os três estarolas seguiram viagem até Monsaraz num silencio alimentado pelo calor e pela digestão. Pouco a pouco, as palavras e as frases iam-se formando e a galhofa instalando-se. Dado que há muito tempo que não faço trails, fizemos o resto da viagem a discutir as últimas experiencias de Trails na região centro, Sicó e Vila Velha de Rodão.
 

Monsaraz recebeu-nos com um final de tarde que, com a luz e o calor, massajava o corpo de dentro para fora até um estado de langor geral. Instalamo-nos numa Hotel com um quarto (2 camas individuais atenção, nada de bocas) e uma sala com cozinha (uma cama demasiado pequena para mim mas ideal para os outros dois).

A casa e o Hotel Rural eram muito castiços. O hotel compunha-se de várias casinhas em estilo alentejano, com 2 piscinas, uma para miúdos e outra para graúdos. A vista do hotel era deslumbrante, principalmente para o alto do castelo. Isto hoje parece um blog de viagens.
(a luz encandeia)



(o calor amolece)


(reparem no pormenor da cria no ninho)
Muito timidamente pedimos para antecipar o pequeno almoço para as 8:00 (começaria às 8:30), no dia seguinte aprenderiamos que o hotel tinha sido tomado por trilhistas.

(os três estarolas)
 
 Dado que isto dos trails não é só corridas, ou seja, isto dos trails é corrida, isto dos trails é património cultural e paisagistico, isto dos trails é contacto directo com a natureza, isto dos trails é gastronomia, isto dos trails é companheirimo e isto dos trails é auto conhecimento. Por isso esta crónica não é sobre corrida.
(Eduardo o responsável pela maioria destas fotos)

Saímos e fomos dar uma volta (re)conhecer a vila medieval de Monsaraz, vila que se esperguiça no topo de um monte que se ergue por cima do Grande Lago Alentejano. Havia gente, muita gente, principalmente Espanhóis. Ficamos a conhecer todos os recantos e cruzamentos entre aquelas ruelas de xisto e as casas caiadas.
 
Sem querer os nossos olhos iam tomando nota dos diversos restaurantes típicos. Todos com um excelente menu e vista, quer para o grande lago do Alqueva quer para o vale que fica do outro lado do monte. Fomos até ao castelo e à arena de touros que está integrada nas muralhas do castelo. Passamos a este passeio em Monsaraz a tirar fotos.
 
 
O próximo objectivo era levantar os dorsais a reguengos, e lá fomos já com mais palhaçada no caminho. A piada do dia foi termos de comprar uns relógios da CARMIM

 

Fomos jantar num restaurante típico (o Aloendro), decidindo secretos ou lagartos com folhas de couve com alho salteadas (muito muito bom). À sobremesa foi um bolo rançoso (doce de gila e amêndoa) acompanhado de umas fatias de laranja. A duas coisas juntas ficavam excelentes com o a laranja a cortar o excesso de doce.
(Excelente)
 
No Alentejo come-se tão bem, é a zona de Portugal onde se come melhor! Mas tão bem, tão bem.  
 
 
(Monsaraz by night)
 
 
(Quem é quem?)
 

 Mas tão bem, que tivemos de ir rapar frio a Monsaraz outra vez para ajudar à digestão e dormir melhor, porque no dia seguinte Monsaraz ia pedir mais de nós do que aquilo que estaria disposto a dar. Mas isso são outros quinhentos.


 
(O Fim do 1º capitulo)

 

 

 

 

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