quarta-feira, 28 de maio de 2014
Corrida Entre Verde(Serra) e Azul(Mar)
Muito Azul e muito Verde.
Também o Branco, o Branco das nuvens que brincava com o Azul do céu atravessado por raios Amarelos do sol.
Lá em baixo o Castanho da terra calcado com o Cinzento das pedras tornavam-se uma tela do muito Verde.
Verde arborização que tentava tocar no muito Azul.
O Azul mar, o Azul tentação.
Na Malveira combinada, a encostada na serra de Sintra, estaria o inicio da prova e para lá fomos, eu e o Zemi, à procura dos nossos dorsais e do local de partida.
Ainda bem que fomos cedo, antecipamo-nos à confusão dos retardatários e assim tivemos a possibilidade de estacionar onde queríamos e pusemo-nos a estudar o tipo de trilhos que iriamos encontrar na corrida. E claro, para afinar pequenos pormenores. Mesmo aquela situação do plástico que continha o dorsal e que por coincidência tinha também um código de barras. Nos trails, o plástico tem o seu porquê. O formato todo-o-terreno deste tipo de corrida obriga a uma atenção especial na durabilidade e integridade do dorsal. E tudo o que tem código de barras é passível de ser lido por uma luz laser. Este trail não era excepção. E assim foi no inicio e no fim. Felizmente tivemos tempo para voltar a pôr o dorsal no peito com o respectivo plástico. A imagem de rookies já ninguém nos tirava.
Excelente o panorama que nos assaltava os sentidos ao longo das passadas vigorosas que marcavam o ritmo na prova.
A diversidade arbórea era invejável e mesmo sendo uma zona pouco extensa, permitia horas e horas de estudo. Memorizei o local para uma posterior passagem e ainda aproveitei para apanhar umas sementes de capuchinha e de feijão selvagem.
Passado o 1º Km, as arvores deram lugar a plantas rasteiras e a terra batida transformou-se em rochas e gravilha.
Apartir dai corremos em paralelo como mar e os nossos pés começaram a "bandear" ao sabor dos ângulos das rochas que formavam a pista da corrida.
Nesta altura perdi o Zemi e os trilhos tornavam-se menos largos.
Nova mudança de direcção e com o mar nas nossas costas apontámos para o casario elitista no topo da montanha. O sofrimento duplicou mas a vontade de lá chegar dava ordens às nossas pernas para não pararem.
Cada cruzamento de trilhos e caminhos tinha alguém da organização a direcionar-nos para a opção certa. Só se perdia quem queria!
Um abastecimento aos 5 Km´s e outro aos 10 Km´s (dispensável na maior parte das provas até 13 Km´s, mas benvindo face ao calor da manhã, permitia o refrescar do corpo e da mente.
Mais uma mudança de direcção, desta vez as montanhas ficaram na rectaguarda, o mar nos nossos olhos. Esta foi a parte mais rápida da prova. Era sempre a descer. Tão a descer, que esqueci-me da prevenção e deixei as pernas ao rolantim!
Teria sido um momento Marvel, se a sorte não estivesse comigo. Na rapidez da descida e na confiança desmesurada bato com a ponta do ténis numa pedra saliente e teria sido um voo à super-homem, mas sem capa, sem a faculdade de voar e quase de certeza sem dentes!
No entanto consigo ganhar equilíbrio na passada seguinte e ufff ………volto à condição de comum mortal!
Lá em baixo retomamos o inicio da prova e por entre o arvoredo e intricadas passagens damos de caras com mesmo portal que nos serviu de partida.
Já está, a minha quota anual de trails está atingida!
Os meus joelhos agradecem, e os mesmo pés festejam.
E qual foi o Momento Invulgar(mente delicioso) da corrida?
O pão com chouriço no saco das lembranças!
Então e o tempo?
Não penses mais nisso,
Come mas é o pão com chouriço!
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E que momento Kodak seria o momento Marvel... MUAHAHAHAHAH!!!
ResponderEliminarEstas provas na Natureza são especiais!
ResponderEliminarNão sei porquê mas cada vez se fala mais de comida neste blog! LOL