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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

30ª Edição 20 Km Cascais


                                                    30ª Edição 20 Km Cascais


Como podemos descrever o tempo na manhã do passado dia 10/02 ? …. Basicamente um estado “ não chove …nem deixa ensolarar”!

Era esse o nosso pensamento, no caminho (via marginal) para Cascais. Por companhia, tinha o Eduardo R. e o Filipe P. (este ultimo fazendo parte de uma equipa de atletismo adversária directa….mas em versão salutar!)

“Menos mal”, pensámos nós, quando chegámos ao estacionamento junto ao mercado. “Não levamos chuva!”, mas levámos corta vento e T-shirt térmica, para enganar o frio.

Com um Fevereiro, a dar uma ultima amostra do Inverno, estávamos às 10H em ponto, a passar pelo inicio da prova.

Cerca de 2000 par de pernas decidiram dar o peito ao frio e ao vento, que sabíamos iríamos encontrar lá mais para o meio da prova. Malta bem disposta, algumas matrafonas, um super-homem, mas sobretudo muita malta animada.

Os 5 Km´s iniciais, mais não eram que uma volta à vila de Cascais, com uma subida íngreme pelo meio e uma descida acentuada, que nos levava novamente ao inicio da  partida. Era uma espécie de apresentação à localidade. Nessa altura, ainda havia fôlego para conversa de circunstancia, cumprimentos em forma de passadas compridas, piadas sobre indumentarias de alguns corredores e gracejos  sobre algumas “lebres” que entretanto surgiam no horizonte.

Guardei o meu fôlego para alturas mais exigentes. Já conhecia a prova, devido à minha participação no ano passado. Do que me lembro dela? …uffff…….um começo grandioso a fazer slalom´s entre corredores, mas quando chegámos ao Guincho, passei de Bestial a Besta, valeu-me na altura a companhia do Cristiano (o nosso “Para-Vento” com pernas), que nos abriu caminho até ao Km 13 (como se fossemos uma equipa de ciclismo). Apartir desse Km, ele deixou a cabeça do mini pelotão, que entretanto se formara, desejou boa sorte e ficámos por nossa conta.

Mas nesta edição não tínhamos o Cristiano, portanto tivemos que ser mais inteligentes.

Na passagem da meta, aos 5 Km´s, ultimo vislumbre à bela baía de Cascais. Serena como a manhã.

Entretanto, dou uma olhadela para trás. Já tinha perdido o Eduardo. Fiquei na duvida, se ele teria ficado pelos 5 Km´s (versão mini da prova), já que no caminho para a prova, vinha a dizer que não sabia se iria aguentar os 20 km´s.

Apanhei  embalagem ao Km 6, do Carlos A, com um andamento diabólico. Olhei para o Filipe. Ele deu sinal positivo e lá fomos “na roda dele”. Entre um passo e outro, lá nos foi dizendo que havia uma feijoada à espera dele, lá por casa. Ao km 10, perdemo-lo de vista.

Nessa altura, quando passávamos pela  Dª Analice (ver historia de vida em http://oarrumadinho.clix.pt/2012/10/a-incrivel-e-comovente-historia-de.html ), já estávamos a ficar um pouco fartos do vento. A imagem da baía de Cascais, calma e tranquila, tinha ficado para trás. Agora, era um Atlântico furioso, que nos “decorava” o horizonte.

No Km 12, chegámos finalmente ao retorno da prova. Deixei a praia do Guincho para trás. Mas também o Filipe. Fiquei com a companhia do vento que afinal estava lateral. Frustração!. Pensei que o teria pelas costas, para ajudar nos Km´s que faltavam.

No regresso,  vislumbrei o Eduardo, com a sua passada controlada. Fiquei contente. Afinal não tinha desistido. Óptimo!. Ainda para mais, fazendo a maior parte da prova sozinho. Mostrou também força mental.

O que é certo, é que fiquei mais animado. No ano passado, a fase Km 13 – Km 18, provocou-me um desgaste brutal. Na altura, sem consumo prévio de agua, com vento contra e sozinho, ainda “meti” um gel ao Km 15. Tarde de mais. Foi um “arrastamento” sofrido até à meta. Não consegui apreciar a parte final da prova, já que o ultimo Km é fantástico, com a baía de Cascais a dar-nos os parabéns.

Neste ano não cai no mesmo erro. O vento existia. Era uma variável não controlável. No entanto, na agua, não me armei em “herói”, e por isso, desde o inicio vim a consumir agua, como se “fuel” tratasse.Na companhia, tive sorte de encontrar uma boa parceria e durou até ao Km 18. Passámos juntos a “subida lenta” da Guia, Uma boa ajuda, portanto.

Os últimos 2 Km´s foram, surpreendentemente, agradáveis e suportáveis. Na descida para a meta, com a baía como “pano de fundo”, ainda tive um colega de equipa como companhia. Dizia-se “preso por arames”, mas nos últimos 100 mts, parecia que estava a iniciar a prova. Parecia um foguete!

Felizmente, este ano tudo correu bem. Até o joelho esquerdo se portou à altura do acontecimento. E até deu para tirar 10 minutos à edição do ano anterior (este ano fiquei-me pela 1H44 minutos).


Enquanto esperava, aproveitei para procurar o meu nome na T-shirt deste ano. Passo a explicar. Todos os nomes dos participantes de uma edição desta prova são inscritos na T-shirt oferecida na edição seguinte. Basicamente, a T-shirt oferecida deveria ter o meu nome, devido à participação no ano anterior e …………….lá estava!



Na volta para o carro, ainda procurei pelas “tias”, que estão para Cascais, como os travesseiros para Sintra (não existem segundas intenções nesta frase!!). Não as vi. Se calhar era muito cedo. Se calhar tinham ido para o Carnaval do Algarve.

E assim, tirada a fotografia de grupo, retornámos a casa e a um almoço reconfortante.


2 comentários:

  1. Belo relato da prova. Também lá estive e realmente é uma prova muito porreira e sem dúvida para repetir.
    Abraço e boas corridas.

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