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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Walk on Rock – Trail de Sesimbra 2013

Um dos objectivos para este ano era a participação num trail, de forma a perceber como seria este tipo de prova.

A prova do Ultra Trail de Sesimbra, seria uma boa oportunidade para avaliar este tipo de competição.

Em parceria com o Ricardo e o Joel, decidimos escolher a distancia de 20 km. Assim, jogávamos pelo seguro, e não “embarcávamos” em distancias demasiado longas.


Em pleno centro de Sesimbra, às 9H em ponto, iniciámos a corrida. Com uma mochila, de trail emprestada, nas costas, levava para além da minha garrafa de isotónica, uma barra energética e uma quantidade “simpática” de passas. Também levava a garrafa de agua do Joel, no pressuposto de irmos juntos. Nada mais errado!

À saída de Sesimbra, primeira grande subida, primeiro grande obstáculo, os primeiros calhaus. Da gravilha passou-se para as pedras mais irregulares.

Contra o combinado, deixei o meu grupo de companheiros e por causa disso, privei o Joel da sua garrafa de agua. E em toda a corrida, para além do peso da mala nas costas, levei o peso na consciência por tal situação.

Depois da grande subida, uma vista espetacular para a costa recortada, um vislumbre fantástico para a baía/praia do Forte do Cavalo (penso que seja o nome correto).
 

Segui o caminho de pedra. E mais pedra. E mais……

Aqui já ia com o meu stock liquido no fim. Não percebi a opção de ter um posto de abastecimento aos 3.5 Km e outro aos 9.5 Km. Acho que fazia mais sentido ter esses dois abastecimentos aos 5 Km e aos 10 Km. Portanto foi com grande secura, que cheguei ao abastecimento dos 9.5 Km. Resisti à Coca-cola fresca e escolhi Isótonica, um gomo de laranja e um quarto de banana. A sede era tanta, que aquele ponto parecia (e era de facto) um “oásis no deserto”.

Até esta altura, tinha usufruído um pouco de terreno com relva, o que tinha dado para descansar as plantas dos pés dos vários calhaus aguçados espalhados no chão,
 

Novos caminhos se seguiram e muitos, muitos mais calhaus.

Um novo abastecimento sem copos e de repente uma pedreira. Uma espécie de ambiente “Mad Max” acompanhou-me nos quilómetros seguintes. Nesta altura já tinha bebido a garrafa de agua do Joel (mais peso na consciência), e optava pela estratégia “Correr a descer – Subir a ingerir”. Nos caminhos planos tentava ganhar o tempo perdido.

Engraçado este tipo de prova, a teoria dos “grupos informais” surge com grande frequência. O meu grupo tinha uma “gazela” (que mais tarde seria mordida por um cão), uma lebre que entretanto perdeu o cantil, um peso pesado e um nortenho com uma ligeira torção no tornozelo. Não estivemos sempre juntos, mas estivemos a passar sempre uns pelos outros. Basicamente a nossa velocidade era semelhante, mas cada um tinha o seu próprio ritmo nas zonas de abastecimento, nas subidas e nas descidas.

A ultima grande subida foi feita (finalmente e felizmente) em asfalto e a entrada no castelo de Sesimbra foi feita com grande alivio. Não só porque a restante distancia seria feita a descer, mas também porque ali se localizava uma (a ultima) zona de abastecimento.

Continuei na ingestão da Isotonica, agua e para rematar umas tostas com doce que foram como “lenha seca para lareira incandescente”.

A descida foi a loucura total, tal a velocidade com que corríamos para a meta.

A “gazela” do grupo ia com uma velocidade tal que assustou um cão que por lá passeava. Em defesa, o cão mordeu-lhe a coxa. Fiz uma análise à bem dita coxa, e descrevi o quadro clínico, 2 arranhões feitos pelos caninos, mas pouco profundos. Nada que preocupasse.

Achei o final um pouco agridoce. O ultimo quilometro foi feito no passeio principal de Sesimbra. Nenhum corredor estava delineado para os atletas. Portanto era “slalom” entre as famílias que por ali passeavam ou arriscar pela estrada com carros.

A meta tinha um locutor que em “viva voz” anunciava a nossa chegada (soube bem), mas informação do tempo de chegada não era apresentada. Tive que ir perguntar o tempo de prova.

Por fim, o abastecimento na meta era bastante satisfatório.

Ainda não percebi porque é que passado mais de 48 horas não existe a classificação on-line da prova (e respectivos tempos), para já não falar da prometida foto de chegada à meta.

Conclusão

Em relação a esta prova: Acho que existem algumas coisas a melhorar pela organização.

Em relação ao tipo de prova: É engraçado, apesar de achar que as provas mais verdes (com mais arvoredo), sejam mais apelativas.

Mas continuarei a optar pelas corridas de estrada. Fica a intenção de fazer um trail por ano. Para já chega.

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