Levantei-me, tomei um bom pequeno almoço,
vesti-me. A camisola da prova era o dorsal, pelo que mesmo que apertada na
minha cintura abdominal tinha que a vestir. Eu e a minha mulher fomos apanhar a
Maria Teresa, descemos rumo a Algés e encontrámo-nos com uns amigos dela.
Depois de uma muito breve
corrida de aquecimento, rumámos à box de partida para fazer uma coreografia de
aquecimento (muito fraquinho para quem já fez aquecimento cardio ao ritmo de
funaná...), ainda tivemos que ouvir o discurso do presidente de câmara em
funções mas nunca eleito Paulo Vistas, candidato às próximas eleições, e de um
candidato a vereador que quando refere que no dia anterior tinha estado com o
“Dr. Isaltino Morais”… é abafado por uma vaia monumental.
De repente, e sem ter dado por isso, inicia-se a
corrida. Com muita confusão, dado os 11.000 “atletas” presentes, lá vamos
ultrapassando por aqui e por ali, por cima do passeio, de lado esgueirando-me por entre ombros adversários até encontrar um espaço onde
conseguisse correr ao nosso ritmo.
Ao nosso ritmo não, a Maria Teresa vira-se de
repente e diz "Isto é muito lento para mim!" e inicia-se um novo
ciclo de perfurações por entre a massa humana. Nesse momento, um jovem de vinte
poucos anos, alto de porte atlético (que nojo) apercebendo-se da vocação natural desta rapariga
para as ultrapassagens, rapidamente se interpõe entre nós e aproveitando as
aberturas criadas segue a rapariga e eu aos poucos perco-os na multidão.
Mas, passada aquela confusão inicial, vou bem no
meu ritmo, acabando por ultrapassar um ex-colega que já não via à muito tempo,
e curiosamente um vizinho que não sabia que também corria.
Segue-se a rampa para o Alto da Boa Viagem, a
parte difícil do trajecto, desacelerando faço-a com algum esforço, mas por obra
do destino, por ir atrás da horda de pessoas, acabo por fazer a subida toda,
não aproveitando o túnel para me poupar a mais alguns metros de subida. Ainda
tenho tempo de ver o Torrinha a passar por mim lá em baixo no túnel e de tentar
fazer um sprint falhado para o tentar apanhar.
Bom, cansado da subida, aproveito a descida até à
curva do Mónaco para tentar recuperar. Já em Caxias começo a notar uma dor no
abdómen direito. Já há muito tempo que não tinha dor de burro... entretanto
aparece-me outra dor do lado esquerdo e sou obrigado a meter pé a fundo e
recuperar a respiração durante uns quilómetros.
Já em Paço d'Arcos tento voltar ao meu ritmo, mas
mal acelero a dor volta. Repito a dose em Santo Amaro e o resultado é igual.
Pese embora o meu corpo me pedisse para parar de correr e começar a andar,
recuso-me a fazê-lo.
Subo a rampa do Inatel e chego à rotunda de
Carcavelos, onde me dá o 2º fôlego e desato num sprint de passada larga até à
recta da meta. Mal vejo o tempo de corrida no portal a ultrapassar inexoravelmente
os 58 minutos, varre-me uma onda de desilusão. Lembrei-me vagamente dos 51:55
feitos em Julho.
No final, não havia banana, apenas maçã, que não é
a mesma coisa.
Entretanto e para perceber o que se tinha passado
fui ver a evolução dos tempos por km, concluindo que foi o alto da Boa Viagem e
o sprint atrás do Torrinha que acabaram comigo.
Tenho que aprender a gerir
melhor o meu ímpeto:
1 - 5:36 (inicio confuso)
2 - 5:19
3 - 5:33 (subida do alto da boa viagem)
4 - 5:24
5 - 5:32 (Caxias)
6 - 5:46 (Paço d'Arcos)
7 - 5:48 (Santo Amaro de Oeiras)
8 - 5:53 (rampa Inatel)
9 - 5:18 (sprint final)
10 - 5:10
No final a Sofia podia ter quebrado o record pessoal dela, podia mas não quebrou porque estava inscrita como Maria Teresa ;)
"Maria Teresa"... LOL
ResponderEliminarHá dias assim... mas um gajo vai lá na mesma! LOL
ResponderEliminarPara a próxima é melhor! ;)
Obrigado pela Força
EliminarComo dizes logo no início, foi a 1ª corrida da época e depois de algum tempo de paragem, por isso, agora é sempre a melhorar e vais ver que no final da época ainda te vais rir dos 51m55s feitos em Julho.
ResponderEliminarAbraço e boas corridas
É assim mesmo. Obrigadão! Abç
EliminarCorridas há muitas! ... Umas resultam melhor, outras pior, vamos vivendo e aprendendo.
ResponderEliminarMais depressa ou mais devagar, o importante é fazer o que nos dá prazer.
Ah! E quebrei o meu record em provas oficiais, sim ... :) Mas isso pouco importa.
And again and again
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