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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Corrida do Tejo – Um dia para esquecer

Era a primeira prova da temporada 2013/2014, após um defeso a tentar curar uma pubalgia, onde o meu ritmo foi afectado: da minha melhor marca para os 10 kms 51:55, passei para os 54 minutos em treino.

Levantei-me, tomei um bom pequeno almoço, vesti-me. A camisola da prova era o dorsal, pelo que mesmo que apertada na minha cintura abdominal tinha que a vestir. Eu e a minha mulher fomos apanhar a Maria Teresa, descemos rumo a Algés e encontrámo-nos com uns amigos dela.

Depois de uma muito breve corrida de aquecimento, rumámos à box de partida para fazer uma coreografia de aquecimento (muito fraquinho para quem já fez aquecimento cardio ao ritmo de funaná...), ainda tivemos que ouvir o discurso do presidente de câmara em funções mas nunca eleito Paulo Vistas, candidato às próximas eleições, e de um candidato a vereador que quando refere que no dia anterior tinha estado com o “Dr. Isaltino Morais”… é abafado por uma vaia monumental.

De repente, e sem ter dado por isso, inicia-se a corrida. Com muita confusão, dado os 11.000 “atletas” presentes, lá vamos ultrapassando por aqui e por ali, por cima do passeio, de lado esgueirando-me por entre ombros adversários até encontrar um espaço onde conseguisse correr ao nosso ritmo.

Ao nosso ritmo não, a Maria Teresa vira-se de repente e diz "Isto é muito lento para mim!" e inicia-se um novo ciclo de perfurações por entre a massa humana. Nesse momento, um jovem de vinte poucos anos, alto de porte atlético (que nojo) apercebendo-se da vocação natural desta rapariga para as ultrapassagens, rapidamente se interpõe entre nós e aproveitando as aberturas criadas segue a rapariga e eu aos poucos perco-os na multidão.

Mas, passada aquela confusão inicial, vou bem no meu ritmo, acabando por ultrapassar um ex-colega que já não via à muito tempo, e curiosamente um vizinho que não sabia que também corria.

Segue-se a rampa para o Alto da Boa Viagem, a parte difícil do trajecto, desacelerando faço-a com algum esforço, mas por obra do destino, por ir atrás da horda de pessoas, acabo por fazer a subida toda, não aproveitando o túnel para me poupar a mais alguns metros de subida. Ainda tenho tempo de ver o Torrinha a passar por mim lá em baixo no túnel e de tentar fazer um sprint falhado para o tentar apanhar.

Bom, cansado da subida, aproveito a descida até à curva do Mónaco para tentar recuperar. Já em Caxias começo a notar uma dor no abdómen direito. Já há muito tempo que não tinha dor de burro... entretanto aparece-me outra dor do lado esquerdo e sou obrigado a meter pé a fundo e recuperar a respiração durante uns quilómetros.

Já em Paço d'Arcos tento voltar ao meu ritmo, mas mal acelero a dor volta. Repito a dose em Santo Amaro e o resultado é igual. Pese embora o meu corpo me pedisse para parar de correr e começar a andar, recuso-me a fazê-lo.

Subo a rampa do Inatel e chego à rotunda de Carcavelos, onde me dá o 2º fôlego e desato num sprint de passada larga até à recta da meta. Mal vejo o tempo de corrida no portal a ultrapassar inexoravelmente os 58 minutos, varre-me uma onda de desilusão. Lembrei-me vagamente dos 51:55 feitos em Julho.
No final, não havia banana, apenas maçã, que não é a mesma coisa.

Entretanto e para perceber o que se tinha passado fui ver a evolução dos tempos por km, concluindo que foi o alto da Boa Viagem e o sprint atrás do Torrinha que acabaram comigo. 

Tenho que aprender a gerir melhor o meu ímpeto:

1  - 5:36 (inicio confuso)
2  - 5:19
3  - 5:33 (subida do alto da boa viagem)
4  - 5:24
5  - 5:32 (Caxias)
6  - 5:46 (Paço d'Arcos)
7  - 5:48 (Santo Amaro de Oeiras)
8  - 5:53 (rampa Inatel)
9  - 5:18 (sprint final)

10 - 5:10

No final a Sofia podia ter quebrado o record pessoal dela, podia mas não quebrou porque estava inscrita como Maria Teresa ;)

7 comentários:

  1. Há dias assim... mas um gajo vai lá na mesma! LOL

    Para a próxima é melhor! ;)

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  2. Como dizes logo no início, foi a 1ª corrida da época e depois de algum tempo de paragem, por isso, agora é sempre a melhorar e vais ver que no final da época ainda te vais rir dos 51m55s feitos em Julho.
    Abraço e boas corridas

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  3. Corridas há muitas! ... Umas resultam melhor, outras pior, vamos vivendo e aprendendo.
    Mais depressa ou mais devagar, o importante é fazer o que nos dá prazer.

    Ah! E quebrei o meu record em provas oficiais, sim ... :) Mas isso pouco importa.

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