Quando estão no estrangeiro, de
férias, a visitar locais idílicos, nunca vos deu a vontade de correr por
aquelas paisagens fora, livres?
Pois foi isso que aconteceu,
aproveitei ter adquirido um relógio de corrida novo de uma marca muito conhecida,
modelo 210, e tinha decidido, por um lado estreá-lo, e por outro, para não
perder ritmo, aproveitar a oportunidade de correr num anfiteatro maravilhoso.
Uns dias de férias em Como, no
sopé dos Alpes Italianos, passados em passeios de barco, com vistas
deslumbrantes e odores de floração em extase e em experiências culinárias,
formaram a oportunidade para fazer um treinozito diferente.
Foi assim num final de dia, quente
e irrespirável, que me lancei para purificar o meu corpo das dietas ricas em
hidratos de carbono que vinha fazendo, sim porque em Itália o que não seja Pastas & Pizzas
fica carote.
Assim corri pela marginal,
primeiro pela vertente nascente até ao repuxo, mas não foi totalmente sozinho,
haviam muitos outros corredores. Tive a primeira experiência em correr sobre
gravilha, que é horrível!
No jardim descobri que as
crianças de Como correm e brincam em cima de pedras trabalhadas à cerca de
2.000 anos. Mas de repente...
O tempo pára... o vento pára... o
jardim fica mudo... Uma pequena multidão que se encontra à minha frente, vai-se
abrindo lentamente. As cabeças masculinas como uma onda, rodam todas no mesmo
sentido, e pelo trilho no meio da multidão surge ela, cerca de 20 anos, pululando
com o cabelo moreno preso num rabo de cavalo, vestida com um top, o suor a
escorrer e um sorriso nos lábios...
É verdade que ela podia não
saltar tão alto em cada passada, ressaltando
o corpo e o cabelo. É verdade que ela podia usar uma t-shirt para cobrir a
barriguinha que refletia uma pelicula de suor... é verdade que podia, podia, mas não
era a mesma coisa.
O tempo arrancou... Passado o
templo, corri por cima de água e fui para a margem poente do lago até à Vila
Olmo, com excelentes jardins, muitos corredores mas a gravilha puxa-nos para
baixo.
Regresso para o repuxo e para o hotel sem grande história. 10,0 kms em 55:17 a um ritmo de 5:32 e um total de 781
calorias gastas. Já tenho saudades de gastar 1.000 calorias aos 10 kms.
Para quê escrever uma crónica
assim perguntam vocês? Para transmitir uma experiência diferente? Para fazer pirraça por inveja aos meus
companheiros que fizeram uma aventura no dia da greve e eu não pude participar? Para "arrotar postas de
pescada" a dizer que estive num sitio romântico e chique? Não sei... não sei, o tempo o
dirá.
Zemi....Zemi ....abusaste no tintol não foi? ....Ma qui cadela!!!
ResponderEliminarZémi, Zémi ... Só tu!
ResponderEliminarBelo cenário :)
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