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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Road to Manchester/13 - “Vagas de Corrida”


Dia 1

10H20 – O avião da TAP, com destino a Manchester (UK), chega ao aeroporto.

Inicia-se, assim, a horas, a iniciativa Road to Manchester/13.

Eu e o companheiro Eduardo R  planeámos e concretizámos a primeira participação num evento de corrida fora de Portugal.

Sem surpresa encontrámos frio e chuva. Nada de espanto. Afinal este pais tem uma péssima relação com o São Pedro.

Passadas as exigências de controlo e com as malas na nossa posse, iniciámos a primeira deslocação em “terras de sua majestade”!

Manchester à Runcorn

Apanhámos o comboio para Newton–Le-Willows, onde o anfitrião Antonio R. (Tó) nos iria levar ao centro de estágios em Runcorn. Uma viagem tranquila num comboio a diesel, com um motor que parecia tirado do Séc. XIX.

Tá feito um homem, o amigo Tó!
A última imagem que tinha dele era de um jovem de 17/18 anos, sorridente, introvertido e à procura da sobrevivência num Portugal de “baixa qualidade”.
 Ali estava ele! O sorriso, esse mantinha-se! Mas agora era é um individuo mais desembaraçado, extrovertido e com uma dinâmica profissional de fazer inveja!
Uma mudança para melhor!

Em Runcorn deixámos as malas e voltámos à estrada.

Runcorn à Liverpool

E assim chegámos a Liverpool uma cidade costeira.
Para quem olha percebe que é a porta de entrada (e de saída) de mercadorias.
O seu centro está muito próximo da zona ribeirinha.
O grande mito desta cidade são os Liverbirds, uma espécie de grifos que se encontram nas cúpulas da catedral e que se diz estarem a segurar a cidade de uma submersão no mar!
                                          (Os Liverbirds nas cúpulas da catedral de Liverpool)

O Titanic e os Beatles são outros “fenómenos” da cidade.
No final do dia retornámos ao centro de estágios.

Dia 2
Runcorn à Manchester

Dia seguinte.
Depois de uma actividade de geocaching (www.geocaching.com), partimos para Manchester para uma visita à cidade e “levantar tenda” no hotel reservado.
 

Manchester apresentou-se como uma cidade mais dinâmica que Liverpool.
Nota-se que é uma cidade industrial devido à sua grande indústria localizada ao seu redor.
O seu centro cheio de lojas de grandes marcas e com muita gente, apresentava uma vivacidade contagiante.
Almoçámos por lá e partimos à procura dos dois Manchester´s!
O City não estava disponível (um evento qualquer “inundava” o estádio e arredores).
Fomos para o United. Visitámos os arredores do estádio e a loja vermelha.

É claro que a palavra “Champions” estava espalhada por todo o lado. Antes da retirada para o hotel fizemos um “passeio” pelo itinerário da corrida. Fácil e sem grandes desníveis.


 Dia 3

Bupa GreatRun Manchester
 

Saímos do hotel, contornámos a esquina e …………..um mar de gente!
Muita, muita, mas mesmo muita gente! 40.000 Pessoas!

Confesso que uma onda de pânico se começou a apoderar de nós!
E agora? Para onde ir? O que fazer?
Era uma rua de 4 faixas, numa extensão de cerca de 800 mts.
Focámo-nos no problema! A sua resolução estava nas bandeiras.
A corrida estava dividida por vagas.
A vaga Elite, a vaga Laranja, a vaga Branca, a vaga Verde, a vaga Azul e Rosa.
A nossa identificação estava na cor de fundo dos nossos dorsais. Branco.
 

A estrada estava dividida por compartimentos identificados com bandeiras. Tudo muito bem organizado!
Cada vaga iria partir com 20 minutos de intervalo.
Nada de confusões, com espaço entre corredores. Uma estratégia que devia ser “importada” para a corrida da Ponte 25 Abril.
                               
Uma estrutura metálica elevada a cerca de 4 metros, albergava uma personalidade do Jet Set e um personal trainer que punham cada vaga de corredores a “aquecer” e a “alongar”.
 

                                                                (O que víamos á frente)
                                         ( o que víamos atrás - Não...não sei quem é o pintas)

A hora de partida chegava.

Tiro de partida!

E quando cruzámos a partida, um espanto!

Muitos espectadores batiam palmas e gritavam. Até arrepiou!
Parecia uma prova olímpica! Espectáculo!
Saímos do centro da cidade e 4 Km´s depois estávamos a entrar na zona de Old Trafford.
Em Old Trafford tivemos o privilégio de passar ao lado do estádio do Manchester United, com a imagem de Sir Alex Ferguson a saudar-nos.
 

Apartir daqui foi fazer o percurso inverso.
Foi apartir daqui que deu para ver a verdadeira massa humana que estava atrás de nós.
Milhares e milhares de pessoas! Incrível!
 

Incrível foi também a chegada.

Mais um sentimento olímpico!
                                              (O cansaço de quem entretanto chegava à meta)

As centenas de pessoas que nos motivaram na partida, saudavam-nos na meta.
O próprio sol brilhava de uma forma nunca vista, desde a nossa chegada a estas bandas!
Na meta, um quadro por cada vaga dava o tempo de cada uma.

Chegámos no minuto 53.
Um bom tempo, dado o ritmo de passeio.

Alguns pormenores da corrida:

- Tratava-se basicamente de uma corrida de caridade.
Não havia equipas de atletismo (e por isso a nossa opção por não usar a t-shirt da secção de atletismo).
Basicamente os vários corredores optam por uma instituição de caridade, vestem uma t-shirt da mesma e fazem recolhas de fundos através de familiares e amigos e através da publicitação, através de um dorsal colocado nas costas, com um número e uma referência que podem ser utilizados via SMS no telemóvel;

- Vários corredores mascaram-se e fazem uma corrida “carnavalesca”;




- Vários postos de abastecimentos, um grande chuveiro para refrescar os corredores e muita música ao longo dos 10 km´s;

- Um final emotivo, com centenas de pessoas a puxar pelos corredores (tantos são os aplausos que não apetecia nada parar!);
 

- O saco dado no final. Espetacular!
Tinha agua, bebida isotónica, barras energéticas, bolachas, Pistachos (?) e uma t-shirt.
De facto a única coisa a destoar foi a t-shirt. Muito fraquinha. Nem da marca desportiva, que patrocinava a prova, era! Apelidámo-la carinhosamente de “t-shirt para dormir”!

De volta ao hotel e depois do duche tomado, era hora de fazer “check out” e dar uma volta na cidade e aproveitar para almoçar e fazer algumas compras .

As refeições em Inglaterra são sempre um problema quando não temos cozinha à mão!
Os “nativos” são conhecidos por comer pouco, mal (à base de fritos e take way) e beber muito. Para um latino, é complicado fazer uma refeição. As possibilidades vão desde as sandes às batatas fritas com molho. As prateleiras dos supermercados são a imagem deste paradigma: Saladas frias em abundância e fruta e vegetais super caros!
As doses de coca-cola bebidas, fizeram-nos acreditar que o sistema digestivo dos ingleses devem estar gravemente corroídos. Por isso é que, de quando em quando, ouve-se apelos ao São Gregório!

 
Manchester à Runcorn

Utilizámos novamente o meio de transporte de eleição em Inglaterra (o comboio), e assim retornámos ao centro de estágios.

Ainda deu para relaxar, fazer um golfe, tiro aos pardais e preparar o material de barbecue. Afinal, só anoitece às 9H30 (nesta altura do ano).
 

Uma ementa de salmão, batata cozida e conversa animada, com um pouco de cidra e Guiness. Tudo para contrabalançar uma almoço fraco.

Aproveitámos ainda, para fazer um geocaching nocturno.


Dia 4

Runcorn à Chester  à Runcorn

Ultimo dia antes da partida e a chuva retornou.
Mesmo com a chuva decidimos rumar até Chester, uma vila catita perto de Runcorn.

Conhecida pelo seu relógio altaneiro, esta vila alberga uma simpática rua direita comercial.
 

Um almoço rápido (lá voltámos nós às sandes, mas desta vez ainda havia sopa!), seguido de um passeio à margem do rio. De seguida entrámos, ainda com a companhia da chuva, no parque da vila. Pequeno, mas bem cuidado, deu para conhecer os seus habitantes mais comilões: os esquilos, que vinham comer à nossa mão!

                                                        (Copyright Sr Eduardo Rodrigues)
 
De seguida retornámos a Runcorn, para a última noite.


Dia 4

Runcorn à Manchester

….e assim bem cedo, “levantámos acampamento” e aproveitando boleia do anfitrião, retornámos a Manchester onde o nosso airbus da TAP estava estacionado.

Tó e Deni obrigado pela estadia e pelos passeios.
Vocês foram GRANDES!

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