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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Meia Maratona dos Descobrimentos – Correr com D. Sebastião

9H15: Uma brisa cortante marítima abraça os muitos corredores que aceitaram o desafio de num domingo de Dezembro “despachar” 21 km´s (ou 10 km´s) em “running mode”.

A porta do Museu da Marinha foi o ponto de encontro/abrigo. O ajuntamento engrossava a olhos vistos. A Sofia, o Rui, o Ricardo e o Zemi do blog JRR, mais o Filipe, o Pedro Ribeiro, o Eduardo e o Fernando do Clube de Corrida tinham aceitado o desafio. O grupo não estava de todo fechado, porque mais companheiros da SSCGD e de participação individual chegavam aos poucos. Foi de certeza uma das maiores participações de conhecidos que me lembro de ter visto em corridas neste ano.


O frio esse, também não dava tréguas. Os óculos escuros eram complementos de utilidade duvidosa. Más línguas insinuaram que serviam para os flash´s  das cameras fotográficas.

Os aquecimentos faziam-se ao som das conversas. “Matava-se” assim o frio fisicamente e psicologicamente. Até aquela altura o D. Sebastião persistia mas não demovia.


                        (A nova moda do aquecimento nordico: Vestir-se de coelho e fazer o aquecimento deitado) 

A melhor ideia foi mesmo a formação do pelotão de partida. Com tanto corpo humano junto, o calor enfraquecia os tremores.

Com confusão q.b. encarámos o início da corrida com um “até que enfim”. Afinal não queríamos perder o calor que entretanto ganhámos com tal ajuntamento.

Passagem pelos Jardins de Belém e carburámos subida a cima até ao Estádio dos Belenenses (estádio com o melhor miradouro de Portugal). Mesmo com um jogo “engonhado” a vista está sempre garantida.

Que bem calhou a subida. O seu final lembrou-nos que a parte mais complicada estava feita.

Entretanto a descida até Algés desmembrou o grupo. Do meu subgrupo consegui reter o Filipe comigo. O Rui tinha-se escapado no início da descida. O Eduardo mais o Fernando “rodavam” um pouco mais atrás.

Pensei que com a subida a todo o gás, o D. Sebastião pudesse surgir, tamanho o esforço e o nevoeiro. Nada disso.

Entretanto retomámos novamente ao itinerário principal dos descobrimentos e pela segunda vez passámos pelo Jardim de Belém.

Um “deja vu”, fez-me lembrar que naquela manhã percorria uma parte do itinerário da maratona de 6 de Outubro. Na meia hora seguinte relembrei em “slides mnemónicos” alguns desses momentos.

Entretanto o Filipe literalmente, puxava por mim. Temi que pudesse acontecer o mesmo que na maratona, ou seja, vê-lo encostar às “boxes” devido ao entusiasmo desmesurado. Felizmente não aconteceu. E se eu temia por um D. Sebastião desaparecido mas não esquecido, tinha um Super Filipe a “comer asfalto” como se “não houvesse amanhã”.

Não fomos ao Rossio, como definido no site oficial. Depois do empedrado que antevia o Terreiro do Paço (uma espécie de quilometro em modo saltos altos), fomos em direcção a Santa Apolónia e um pouco mais à frente.  “Nunca mais arranjam esta parte da cidade” ….pensei eu!

Fizemos o retorno em alta rotação, e tal regresso permitiu “puxar” por quem nos antecedia e sermos “galvanizados” por quem nos perseguia.

O abastecimento ao 15º km fez-me efectuar “ponto de situação”: o sol tinha suplantado o frio e o algum vento que soprava fazia ricochete no “colete à prova de frio” que o esforço da corrida nos tinha emprestado.

Mesmo assim, temi o D. Sebastião, e na preocupação de tal aparição, quase “perdi” o Filipe. Mas “amarra forte é laço de sorte”, portanto tempo depois, acabei por deixar os temores para trás, e lá fomos a todo o gás para prometida “ilha dos amores”, terra prometida identificada com a palavra “META”. Não era terra de ninfas, mas houve um sortudo que encontrou uma na zona de massagens!

Fomos engrossando o grupo, no ponto de reencontro. Nesta rota dos descobrimentos todos (uns com mais esforço que outros) tinha ultrapassado o seu “adamastor”! Eu pela minha parte tinha ultrapassado o meu. Saquei do papel higiénico escondido no elástico dos calções. É que até ver a minha desregulada flora intestinal (o D. Sebastião portanto) estava dominada.


“Quem vai aos descobrimentos, precavê-se em terra” 

2 comentários:

  1. Grande Pedro, boa prova. Tenho que passar mais tempo nas massagens. Eu escuso de esconder o papel as pessoas que me conhecem já sabem que o trago...

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  2. Também relembrei várias vezes o dia 6 de outubro... Felizmente sem o mesmo problema, digamos... digestivo. :)

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