9H15: Uma brisa cortante
marítima abraça os muitos corredores que aceitaram o desafio de num domingo de
Dezembro “despachar” 21 km´s (ou 10 km´s) em “running mode”.
A porta do Museu da
Marinha foi o ponto de encontro/abrigo. O ajuntamento engrossava a olhos
vistos. A Sofia, o Rui, o Ricardo e o Zemi do blog JRR, mais o Filipe, o Pedro
Ribeiro, o Eduardo e o Fernando do Clube de Corrida tinham aceitado o desafio.
O grupo não estava de todo fechado, porque mais companheiros da SSCGD e de
participação individual chegavam aos poucos. Foi de certeza uma das maiores
participações de conhecidos que me lembro de ter visto em corridas neste ano.
O frio esse, também não
dava tréguas. Os óculos escuros eram complementos de utilidade duvidosa. Más
línguas insinuaram que serviam para os flash´s
das cameras fotográficas.
Os aquecimentos faziam-se
ao som das conversas. “Matava-se” assim o frio fisicamente e psicologicamente.
Até aquela altura o D. Sebastião persistia mas não demovia.
(A nova moda do aquecimento nordico: Vestir-se de coelho e fazer o aquecimento deitado)
A melhor ideia foi mesmo
a formação do pelotão de partida. Com tanto corpo humano junto, o calor enfraquecia
os tremores.
Com confusão q.b.
encarámos o início da corrida com um “até que enfim”. Afinal não queríamos
perder o calor que entretanto ganhámos com tal ajuntamento.
Passagem pelos Jardins de
Belém e carburámos subida a cima até ao Estádio dos Belenenses (estádio com o
melhor miradouro de Portugal). Mesmo com um jogo “engonhado” a vista está sempre
garantida.
Que bem calhou a subida.
O seu final lembrou-nos que a parte mais complicada estava feita.
Entretanto a descida até
Algés desmembrou o grupo. Do meu subgrupo consegui reter o Filipe comigo. O Rui
tinha-se escapado no início da descida. O Eduardo mais o Fernando “rodavam” um
pouco mais atrás.
Pensei que com a subida a
todo o gás, o D. Sebastião pudesse surgir, tamanho o esforço e o nevoeiro. Nada
disso.
Entretanto retomámos
novamente ao itinerário principal dos descobrimentos e pela segunda vez
passámos pelo Jardim de Belém.
Um “deja vu”, fez-me
lembrar que naquela manhã percorria uma parte do itinerário da maratona de 6 de
Outubro. Na meia hora seguinte relembrei em “slides mnemónicos” alguns desses
momentos.
Entretanto o Filipe literalmente,
puxava por mim. Temi que pudesse acontecer o mesmo que na maratona, ou seja,
vê-lo encostar às “boxes” devido ao entusiasmo desmesurado. Felizmente não
aconteceu. E se eu temia por um D. Sebastião desaparecido mas não esquecido,
tinha um Super Filipe a “comer asfalto” como se “não houvesse amanhã”.
Não fomos ao Rossio, como
definido no site oficial. Depois do empedrado que antevia o Terreiro do Paço
(uma espécie de quilometro em modo saltos altos), fomos em direcção a Santa
Apolónia e um pouco mais à frente.
“Nunca mais arranjam esta parte da cidade” ….pensei eu!
Fizemos o retorno em alta
rotação, e tal regresso permitiu “puxar” por quem nos antecedia e sermos
“galvanizados” por quem nos perseguia.
O abastecimento ao 15º km
fez-me efectuar “ponto de situação”: o sol tinha suplantado o frio e o algum
vento que soprava fazia ricochete no “colete à prova de frio” que o esforço da
corrida nos tinha emprestado.
Mesmo assim, temi o D.
Sebastião, e na preocupação de tal aparição, quase “perdi” o Filipe. Mas
“amarra forte é laço de sorte”, portanto tempo depois, acabei por deixar os
temores para trás, e lá fomos a todo o gás para prometida “ilha dos amores”,
terra prometida identificada com a palavra “META”. Não era terra de ninfas, mas
houve um sortudo que encontrou uma na zona de massagens!
Fomos engrossando o
grupo, no ponto de reencontro. Nesta rota dos descobrimentos todos (uns com
mais esforço que outros) tinha ultrapassado o seu “adamastor”! Eu pela minha
parte tinha ultrapassado o meu. Saquei do papel higiénico escondido no elástico
dos calções. É que até ver a minha desregulada flora intestinal (o D. Sebastião
portanto) estava dominada.
“Quem vai aos
descobrimentos, precavê-se em terra”
Grande Pedro, boa prova. Tenho que passar mais tempo nas massagens. Eu escuso de esconder o papel as pessoas que me conhecem já sabem que o trago...
ResponderEliminarTambém relembrei várias vezes o dia 6 de outubro... Felizmente sem o mesmo problema, digamos... digestivo. :)
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