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domingo, 29 de dezembro de 2013

São Silvestre, o que esteve para ser e afinal não foi



E pronto. Está feito o ano em termos de provas. E logo com a São Silvestre de Lisboa, a corrida que seria marcante por marcar tantas coisas que foram previamente marcadas. Depois de tantas e tantas conversas sobre como, durante um ano inteiro, não conseguíamos estar os seis juntos numa prova, a São Silvestre de Lisboa ajustava-se que nem uma luva. Todos inscritos já foi uma festa. Depois camisolas para todos, com direito a almoço e tudo. Outra festa... Faltavam os quases.

O primeiro quase foi o Zé. Ele diz que estava doente, mas eu suspeito que ficou foi em casa a acabar o resto do peru de Natal. E foi-se o primeiro objectivo de estarmos os seis juntos numa prova.

O segundo quase veio do Pedro. E, uma coisa destas, só poderia ver dele mesmo. Depois de tantas e tantas conversas, não percebeu que a camisola que lhe foi entregue no dia anterior, 24 horas antes, era afinal... para usar...

E o terceiro quase foi meu. Tinha definido que seria nesta prova que iria melhorar o meu tempo aos 10 kms, definido em 48m10s. E seria nesta prova porque, se tudo correr conforme o planeado, será a minha última corrida de 10 kms durante muito tempo. Talvez só regresse aqui mesmo, para a São Silvestre de 2014. Até lá provas de corrida só de 20 kms para cima.

Mas não deu. Arrancámos todos juntos no último terço do pelotão de 8000 atletas e bem tentei furar. Nos primeiros dois quilómetros só fiz zigue-zagues, mas nunca consegui manter um ritmo abaixo dos 5 min/km. Soube de imediato que se quisesse baixar do minuto 48 teria de me esforçar bastante. À passagem do Cais do Sodré, e finalmente com espaço, tratei de dar à perna. Aproveitei as laterais da 24 de Julho e ataque com tudo o que tinha. Andei sempre por volta dos 4m30s/km, sempre no limite. Passei os 5 kms com 23m53s, pelo que o objectivo era possível de alcançar, mesmo depois dos primeiros quilómetros complicados. Mas faltava a subida da Avenida da Liberdade. E foi aí que perdi tudo. Depois daquele esforço a tentar recuperar tempo, não consegui manter o ritmo na subida. Quase desmoralizei, mas na rotunda do Marquês recuperei as forças e comecei a sprintar na descida. Lá no alto, aos 9kms, olhei para o relógio uma última vez e estava com 44 minutos certos. "Será que consigo descer isto em menos de 4 minutos?", pensei eu. Decidi então não voltar a olhar para o relógio e dar o meu máximo na descida. E dei, mas mesmo assim não foi suficiente. 48m24s na meta, 15 segundos a mais do que necessário para bater o meu recorde pessoal, 25 segundos a mais para cumprir um objectivo do ano, baixar dos 48 minutos nos 10 kms. Mas acabei satisfeito. Dei tudo o que tinha. Não dava para mais.

Quanto ao Team JRR foi chegando aos poucos, todos com a sensação de dever cumprido. E todos com muito frio. Dispersámos rapidamente, certamente com muitos pensamentos sobre como será 2014 em termos desportivos... Pessoalmente falarei disso no habitual texto de balanço anual.

2 comentários:

  1. Vá... parem lá de bater no Pedro!!!
    O rapaz já deve estar cheio de nódoas negras...

    Estava a brincar! Podem continuar!! LOL

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  2. Arranja lá espaço na agenda para uma corridita de 10 kms em 2014 para bateres o record! Nem que seja em Dezembro (corrida do sporting ou outra parecida).
    Força para o triatlo e duatlo!!!

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